Baía no mapa da música negra mundial

“Uma das expressões mais ricas da música negra no Brasil. “Foi assim que Margareth Menezes apresentou entre 1989 e 1990 os concertos da excursão que fez com o músico americano David Byrne. Foi a primeira cantora do Axé Music a fazer uma excursão estrangeira, quando abriu as telas do fundador do Talking Heads através da elaboração de uma música samba-reggae, um gosto ainda muito desconhecido fora do Brasil na época.

Quando ganhou o convite para fazer parte do projeto, Margareth já havia lançado seu primeiro LP, que inclui Elegibô – Uma História de Ifá e Alegria da Cidade entre as canções. Depois de retornar da turnê, ele expandiu seu sucesso e arremessou seu momento. álbum intitulado “Um Canto Pra Subir”. Este trabalho, que também foi lançado nos Estados Unidos, apresenta Byrne e inaugura a parceria do artista com o fabricante Ramiro Musotto.

A excursão e a parceria com Musotto são peças centrais da estética que Margareth começa a anunciar em sua carreira a partir do momento do álbum. A visibilidade estrangeira que ela adquire também traz referências de outras culturas ao seu repertório e a incentiva a combinar samba-reggae, ijexá e outros ritmos afro-baianos com rock, funk e outros gêneros globais.

O artista nomeou essa união de canções da diáspora negra Afropop e, ainda hoje, é marca registrada de suas pinturas, além de servir de referência para os novos artistas do Estado que aparecem aqui na crônica. pinturas traduzem os tons rítmicos que marcam a música de percussão da Bahia na linguagem da música eletrônica. Embora seja um sabor que se tornou mais potente na última década, foi Margareth, em associação com Musotto, que conduziu os primeiros experimentos nessa direção. no início da década de 1990 no álbum Um Canto Pra Subir.

Em 2001, Margareth assumiu o termo Afropop em seu álbum Afropop Brasileiro, que apresentava o hit Dandalunda. O termo é uma tentativa do artista de marcar uma posição de distância com o Axé Music. No final de 1999, concedeu uma entrevista à Folha de S. Paulo na qual disse ter lutado para aceitar o mandato. “Acho que muitos de nós fazemos coisas que prefiro chamar de afropop”, disse ele ao jornal paulistano.

Margareth Menezes completará 60 anos na quinta-feira (13) e com sua pintura conseguiu elevar o afropop ao prestígio de um movimento musical. Sua pintura tem sido fundamental para a música baiana conquistar uma área no mapa-múndi da música negra, já que sua proposta tem sido mostrada como uma forma difícil de atualizar os toques clássicos dos terreiros, além de ter colocado Margareth como referência estética para a nova geração de artistas baianos.

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