Incêndios na Amazônia em 2022 já ultrapassam o total do ano

Dados do INPE algumas semanas antes das eleições mostram o desprezo do governo federal pelo bioma. O Greenpeace denunciou um “emaranhado” de grileiros nos meses que antecederam o fim do mandato, na sexta-feira 19/09.

A fórmula de rastreamento por satélite detectou 75. 592 incêndios entre 1º de janeiro e 18 de setembro, superando o total de 75. 090 registrados nos 12 meses de 2021.

A Região Amazônica vive uma intensificação dos incêndios florestais em setembro, com 18. 374 focos em uma única semana, quase 10% a mais do que o total do mesmo mês do ano passado.

Os dados oficiais, divulgados poucos meses antes da eleição, devem aumentar a pressão sobre o presidente Jair Bolsonaro, que busca a reeleição. Esquecendo o ambiente que seu governo é fortemente criticado em todo o mundo.

Desde que Bolsonaro assumiu o cargo, em janeiro de 2019, o desmatamento médio anual na Amazônia brasileira aumentou 75% em relação à última década. Especialistas apontam que os incêndios são causados principalmente por agricultores e grileiros.

‘Tragédia prevista’

O governo Bolsonaro cortou o orçamento para a cobertura ambiental e tem trabalhado para ampliar a ação das equipes de exploração em espaços e povos indígenas.

A filial brasileira da ONG Greenpeace disse que foi uma “tragédia prevista”.

O porta-voz da entidade, André Freitas, acredita que após quatro anos de uma política antiambiental transparente e objetiva, grileiros e criminosos “viram um cenário melhor” para avançar ainda mais na destruição da selva nos últimos meses do governo Bolsonaro.

rc (AFP, notícias)

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