O médico pernambucano Jarbas Barbosa elegeu, nesta quarta-feira (28), diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), por um período de cinco anos, na 30ª Conferência Sanitária Pan-Americana, realizada em Washington.
Este Escritório Regional para as Américas da Organização Mundial da Saúde (OMS) se dedica à venda de políticas de aptidão para a região e ganhou relevância na luta contra a pandemia Covid-19.
A e epidemiologista, Jarbas Barbosa formou-se pela Universidade Federal de Pernambuco (1981) e é especialista em público (1983) e epidemiologia (1988) na Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz.
Durante sua carreira, o médico atuou na Secretaria de Estado da Saúde do Estado de Pernambuco (SES/PE), como coordenador do programa DST-Aids da SES/PE, entre 1987 e 1989. Jarbas também atuou como diretor do Centro Nacional de Epidemiologia do Brasil (Cenepi). Ingressou na Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) em 2007 como Chefe de Vigilância em Saúde e Gestão de Doenças, e atuou até 2010.
Jarbas Barbosa também trabalhou no Ministério da Saúde entre 2011 e 2015, primeiro como Secretário de Vigilância em Saúde e depois como Secretário de Ciência, Tecnologia e Compras Estratégicas. Representou o Brasil no Comitê Executivo da OPAS/OMS de 2011 a 2014 e foi Presidente deste quadro orientador entre 2013 e 2014.
O higienista também foi representante do Brasil na Diretoria Executiva da OMS em 2013 e 2014 e diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de 2015 a 2018.
Por 21 votos a 16, Barbosa da Silva foi eleito na quarta circular de uma votação secreta contra o panamenho Camilo Alleyne, depois que nenhum deles obteve a maioria dos 20 votos necessários na 3ª circular.
Nas duas primeiras rodadas, os outros três candidatos foram eliminados: a haitiana Florence Duperval Guillaume, a mexicana Nadine Flora Gasman Zylbermann e o uruguaio Daniel Salinas. Inicialmente, o colombiano Fernando Ruiz Gómez também competiu, mas o governo do presidente Gustavo Petro retirou seu apoio.
Barbosa tomará posse em 1º de fevereiro de 2023 para substituir Carissa F. Etienne, de Dominica, que deixará o cargo após dois mandatos, marcados nos últimos anos pelo confronto com a pandemia Covid-19.
“Não é fácil seguir o exemplo do Dr. Etienne, mas estou, sim, convencido de que, com o mesmo compromisso que temos com a qualidade de vida e saúde, podemos trabalhar juntos”, disse Barbosa Jr. após sua eleição.
“Muito orgulhoso e feliz”, ele prometeu perseguir os valores que forjaram a organização, como a “solidariedade”, e garantir que todos os países trabalhem “de forma coordenada pela qualidade de vida e bem-estar da região”.
Com mais de 177 milhões de casos e 2,8 milhões de mortes, as Américas já estiveram, por vezes, no epicentro da pandemia. De acordo com o relatório apresentado na 30ª Conferência Pan-Americana de Saúde da OPAS, a crise global de aptidão devido ao coronavírus levou a um declínio de 2,9 anos na expectativa de vida desde 2019.
A organização, que completará 120 anos em 2022, tem 35 países membros, do Ártico à Terra do Fogo, e 3 estados: França, Holanda e Reino Unido.
Foi fundada em 1902 como o International Health Bureau para combater a disseminação de doenças infecciosas em um momento de expansão imediata do transporte marítimo.
Em 1923 foi renomeada para Pan-American Sanitary Bureau e mais tarde, em 1958, a Organização Pan-Americana da Saúde.
A OPAS é o Escritório Regional da OMS para as Américas e a empresa de aptidão física do sistema interamericano.