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Inaugurado como componente das comemorações do centenário da Independência, em 1922, o Museu Histórico Nacional (MHN) comemora seu 100º aniversário na próxima quarta-feira. Dedicado a contar a história do Brasil desde antes da chegada dos portugueses a essas terras, o estabelecimento tem mais de 300 mil peças em seu acervo. Há moedas e fotografias antigas, pinturas, esculturas, livros raros, canhões imponentes, carruagens puxadas por cavalos e carruagens que estimulam a mente dos visitantes. Mas isso não é tudo. Também estão em exposição elementos inegáveis do cotidiano de todos os brasileiros, desde um viés inegável, característico das estruturas populares do país, até utensílios familiares e devotos, não incomuns no cotidiano, mas que são exibidos como um componente do museu nos elementos básicos de tamanho na formação de nossa identidade como povo.
— Buscamos criar novos vínculos com a sociedade para que, nos próximos anos, o museu reflita em suas atividades a diversidade, a pluralidade do outro povo brasileiro e as outras táticas de contar sua própria história”, analisa Fernanda Castro, vice-diretora do MHN.
Por ocasião da data, haverá uma série de ocasiões entre os dias 12 e 14 deste mês. Às quartas-feiras, são programados passeios de alto nível, círculos de troca verbal, oficinas infantis, exibição de curtas-metragens e uma exposição fotográfica, além de apresentações musicais e até o corte de um bolo de aniversário. Nos dois dias seguintes, o seminário “Independência em um museu centenário: mais duzentas, outras histórias” toma posição com mesas de discussão sobre história, reminiscência e patrimônio, além de atividades. Todas as atividades são gratuitas. No dia 12 haverá entrega de senhas a partir das 10 horas. Para o dia, que terá um certificado de participação, é obrigatório se inscrever através do link encontrado no site do museu.
As celebrações centenárias, no entanto, começaram muito antes. Em maio, foi inaugurada a exposição Rio-1922, com cem peças do acervo que, em combinação, criam uma paisagem de como era a vida na cidade na época da inauguração. A exposição, que vai até dezembro, está dividida em 4 módulos, um dos quais é dedicado à Exposição Comemorativa Internacional do Centenário da Independência, ocasião fortemente ligada à criação do MHN.
Para a realização da Exposição Internacional, o chamado complexo calabouço, no centro do Rio – que abrigava uma série de instalações militares desde os primeiros anos do século XVII e que teria sido palco do desmembramento de Tiradentes – foi preenchido e reorganizado para a obtenção do Palácio das Grandes Indústrias, um dos pavilhões mais visitados do evento, e as duas primeiras galerias do Museu.
Com o tempo, o MHN passou a ocupar todo o complexo arquitetônico de Calabouço. Há apenas cerca de 20 mil metros quadrados que já abrigou o castelo de Santiago (1603) e o criminoso de Calabouço (1693), dos quais restam apenas as fundações; a antiga Casa do Trem (1762), que abrigava o “trem de artilharia” da Coroa (armas e munições) e recuperou sua aparição original na década de 1990; a construção do Arsenal de Guerra (1764) e do pavilhão das Grandes Indústrias (1922), onde a biblioteca MHN com seus 65. 000 livros e outras publicações ultimamente opera.
A bibliotecária Eliane Vieira da Silva, 66. Empregada há 39 anos, ela esconde o brilho nos olhos quando evoca a instituição.
— O museu é uma sedução, vem até você e você precisa saber mais, pedir mais, saber mais. É uma posição de diálogo. A arquitetura fala de elementos que, por sua vez, falam dos costumes e da história das pessoas, tudo está interconectado. Um museu não é um lugar para coisas antigas, esse conceito é o antigo. O museu é um lugar de reminiscência e estrutura de longo prazo”, diz Eliana.
Objetos que falam do Brasil
O componente centenário de aniversário do Museu Histórico Nacional continuará até o final do ano. Está previsto para dezembro o lançamento do e-book Histórias do Brasil em cien artículos, que reunirá cem autores convidados para escrever sobre os tesouros do acervo. que têm um componente vital da formação do Brasil.
Entre as peças que serão retratadas no livro estão desde a mesa onde foi assinada a Constituição de 1891 até o raríssimo automóvel Protos-1908 que pertenceu ao Barão do Rio Branco. Com espaço para seis pessoas e carroceria em madeira é um dos dois últimos carros deste modelo existentes no mundo. O carro faz parte da exposição de longa duração chamada “Do Móvel ao automóvel: transitando pela História” que conta com 29 peças entre as quais automóveis antigos, carruagens, berlindas e cadeirinhas de arruar.
Há um objeto que não estará no livro comemorativo, mas que tem lugar garantido entre os preferidos de um dos funcionários mais antigos do museu. Em março do ano que vem o assistente administrativo Juarez Fonseca Menezes Guerra, de 65 anos, completará quatro décadas dando expediente no MHN onde começou como monitor, acompanhando grupos de estudantes que visitavam o espaço. Atualmente Juarez está lotado na reserva técnica, onde fica, escondido dos olhos do público, sua peça preferida: um pequeno e pesado canhão La Hitte, de 1883.
— Tenho um carinho especial por esse canhão porque ele foi fabricado neste lugar onde estamos, no século passado, quando aqui funcionava o Arsenal de Guerra — diz Juarez, que de tão apaixonado pelo lugar onde trabalha desde a juventude, chegou a cursar museologia na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).
Os estudantes que o Sr. Juarez recebia quando começou a carreira como monitor do museu, continuam a ser uma presença constante no espaço. O MHN mantém um núcleo de Educação que atende a grupos escolares agendados e visitantes espontâneos com atividades mediadas especiais.
O MHN disponibiliza ainda audioguias em português, inglês e espanhol, além de uma versão visual, em libras. Parte dos itens em exposição possui maquetes táteis com legendas em braile e as áreas de visitação são todas acessíveis a cadeirantes.
Serviço
O Museu Histórico Nacional está localizado na Praça Marechal Âncora S/N, no centro do Rio, e está aberto para visitação de quarta a sexta-feira das 10h às 17h. e sábados e domingos das 13h às 20h às 20h às cinco da tarde. A entrada é temporariamente gratuita. Não é necessário reservar com antecedência ou retirar o bilhete de preço. Mais dados podem ser encontrados em mhn. museus. gov. br