TRE-TO manda governador para contratações transitórias antes das eleições

O juiz Euripedes Lamounier, inspetor do Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE-TO), deu ao governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) 15 dias para contratos transitórios feitos antes das eleições.

A resolução prevê uma lista completa de todos os contratos provisórios formalizados de janeiro a julho e as respectivas justificativas.

“Dada a demora na oferta do conhecimento solicitado e que esses dados são indispensáveis para a resolução da disputa, é imprescindível aderir ao pedido”, escreveu o corregidor.

Barbosa assumiu o governo do Tocantins em outubro do ano passado por um período de amortecimento após o ex-governador Mauro Carlesse (PL), de quem era deputado, renunciar sob pressão de um processo de impeachment e alegações de corrupção.

Candidato à reeleição e líder nas urnas, acusou através do senador Irajá Silvestre (PSD), também candidato ao governo, de fornecer o aparato público. O senador apresentou uma queixa ao TRE solicitando uma investigação por abuso de poder político. O argumento é que as posições transitórias são alocadas em troca de apoio político.

“Ao concluir e confirmar todos esses contratos transitórios nos três meses anteriores ao início da eleição, sem justificativa de excepcionalidade, urgência ou interesse público, os representados, a força política e o aparato estatal do aparato público, beneficiaram muito da conduta ilícita, violando o artigo 73, inciso V da lei eleitoral, jogando-se diante dos outros candidatos com inúmeras exceções, milhares de contratações transitórias injustificadas, minando a normalidade e a legitimidade da eleição”, lê-se em um trecho da ação.

Em assembleia na sexta-feira, 23, o governador reagiu ao pedido de investigação. “Eles precisam que eu demita 16. 000 pais, eles precisam de mim para demitir professores, enfermeiros, técnicos de enfermagem, nossos chefs e guardas. Para fazer efeito”, disse ele aos seus seguidores, sem citar a ação.

COM A PALAVRA, O GOVERNADOR

O Estado do Tocantins prosseguiu legalmente para toda a contratação de pessoal temporário, antes do final eleitoral de 1º de julho deste ano, tendo 80% deles para enfrentar o chamamento nas áreas de Saúde e Educação, com o objetivo de atender a população tocantinense e cujas competências já estão para 2023, e Segurança Pública, entre outros.

No quadro de saúde, foram contratados médicos, enfermeiros, portadores de macas, entre os profissionais, o que corresponde a 20,47% do total, devido ao maior apelo às cirurgias eletivas, que foram bloqueadas pela pandemia. Entre janeiro e setembro deste ano, foram realizados cerca de 7 mil estágios, além de mais de 22,7 mil procedimentos cirúrgicos.

“Nossa chamada aumentou muito devido a milhares de outras pessoas que simplesmente não podem ser operadas devido aos protocolos seguidos devido à pandemia Covid-19. Portanto, com o alívio dos casos, tivemos que contratar novos profissionais para atender os tocantinenses que eles precisavam há meses. Mesmo assim, ainda temos um déficit de cerca de 3. 000 profissionais”, diz o secretário de Saúde Afonso Piva.

EDUCAÇÃO

A educação também teve que contratar milhares de funcionários transitórios devido à estrutura de 17 novas escolas, 4 delas em tempo integral, e ao status quo do novo ensino médio, por meio do Ministério da Educação, que elevou o dia letivo anual dos alunos de 800 para 1. 000, exigindo a elevação dos profissionais para lecionar o programa. Além disso, o Estado do Tocantins também celebrou convênios com estabelecimentos como a APAE, exigindo a contratação de ainda mais funcionários, que juntos correspondem a 59,43% do total de pessoal temporário em 2022.

“Os contratos firmados por meio do Estado do Tocantins estão dentro do marco legal e respondem à demanda popular por serviços públicos. O crime aqui seria executar os contratos e deixar a população sem serviço”, disse o secretário executivo de Educação, Eder Martins Fernandes. .

Os outros 20% das contratações foram feitas em diversas áreas, basicamente no Estado-Maior.

Egp

Segundo o procurador-geral do Estado, Kledson de Moura Lima, todos os contratos transitórios cumprem as regras estabelecidas pela Lei nº 10, no orçamento, disponibilidade monetária, justificativa através do órgão contratante, entre outros, todos credenciados pelo Estado do Tocantins.

“Todos os contratos seguiram os preceitos legais vigentes. Isso será demonstrado perante o Tribunal Eleitoral quando fornecermos todos os dados coletados através da Procuradoria Geral do Estado com as pastas culpadas”, disse Lima.

FINANCIAR

O secretário de Fazenda lembra que há um saldo positivo em termos de gastos públicos e da solvência monetária do Estado. Em julho, por exemplo, a Sefaz chama a atenção para a desalavancagem do Tocantins, o pagamento oportuno de fornecedores, prestadores de serviços e funcionários, além da renegociação de débitos salariais dedutíveis com bancos. Todos os eixos apresentaram números justos aos anos anteriores.

“Atualmente, a taxa de compromisso sobre a conta salarial é de 42%, abaixo do limite prudencial de 46,55% e bem abaixo do limite máximo imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal, que é de 49%, portanto todos os contratos estaduais estão em conformidade com toda a lei e perfeitamente adaptados às previsões orçamentárias e monetárias” diz o secretário de Finanças Júlio Edstron.

REMESSA

O Estado do Tocantins notificou a resolução emitida na Ação de Investigação Judicial Eleitoral nº 0601528-92. 2022. 6. 27. 0000 na sexta-feira, 23 de setembro e dentro do prazo de 15 dias estabelecido pelo Inspetor Regional de Eleições, o Juiz Relator Eurípedes Lamounier, demonstra todas as informações solicitadas.

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