O governo do Rio Grande do Sul informou nesta terça-feira que a empresa norte-americana Universal Leaf Tabacos tomou a decisão de fechar a unidade de processamento de tabaco em Joinville (SC) e concentrar as operações na fábrica na cidade de Santa Cruz do Sul. Em nota, o Estado informou que o anúncio foi feito em audiência no Palácio Piratini através do presidente da empresa, Cesar Bünecker, do governador Tarso Genro e do secretário de Agricultura, Luiz Fernando Mainardi.
O Valor entrou em contato com o assessor presidencial da Universal, Rodolfo Goldman, mas disse que estava em assembleia e pode não comentar o assunto na terça-feira. De acordo com o jornal catarinense “A Notícia”, a empresa emitiu um comunicado em Joinville informando que a mudança começará sem demora e será concluída no início de 2014, antes do processamento da próxima safra de tabaco.
Segundo o jornal, a empresa informou que a centralização de operações consistentes permitirá um uso mais efetivo de ativos comerciais no Brasil e que o máximo de 93 trabalhadores da fábrica de Joinville – que processa entre 40 mil e 45 mil toneladas de tabaco consistente com o ano para exportação – será convidado a migrar para o Rio Grande do Sul. As instalações de acolhimento de tabaco serão mantidas nas cidades de Santa Catarina do Rio do Sul, Maracajá e Papanduva.
A usina Universal em Joinville foi inaugurada em janeiro de 2006, após o fechamento da unidade instalada no passado em Venâncio Aires, município do Estado do Rio Grande do Sul, vizinho a Santa Cruz do Sul. O investimento foi de R$ 45 milhões e a capacidade de processamento foi de 90 mil toneladas consistente com o ano, o equivalente a parte da extensão da planta de Santa Cruz. Na época, o então presidente Robert Jones disse ao Valor que a resolução foi tomada porque o governo gaúcho limitou o uso de créditos acumulados de aquisição de tecidos brutos em Santa Catarina.
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