Aquele que pode democracia se Bolsonaro for reeleito

No momento em que a equipe bate na porta, 30 de outubro está lá. Seremos o próximo presidente do Brasil na eleição mais polarizada desde a redemocratização do país na década de 1980. O presidente Jair Bolsonaro (PL) representa o máximo atraso em termos de democracia e, portanto, o reelege para comandar a nação. Você pode dar assim.

Não é uma questão de conjectura, é uma investigação fundamentada nos movimentos que ele fez em seu primeiro mandato, as declarações que ele fez, e o tipo de faixas que ele endossou e apoiou durante esse tempo.

Bolsonaro, em várias ocasiões, a relevância do procedimento eleitoral brasileiro -um dos mais populares e confiáveis ​​do mundo- fez ameaças contra o Supremo Tribunal Federal (STF), corroboraram a ideia de fechar o Congresso Nacional e proteger a intervenção do exército. no país.

Durante esses quase 4 anos de mandato, manifestações do presidente tomaram as ruas várias vezes para proteger essas bandeiras, totalmente antidemocráticas, que desrespeitam todos os brasileiros, mas acima de tudo, não honram a vida daqueles que morreram lutando pelo Brasil. de volta à vida. Sobre os pilares da democracia: eleição direta de representantes, paridade de votos e liberdade de expressão.

Em 7 de setembro do ano passado, Bolsonaro covardia ataques diretos ao STF, por exemplo. “Ou o chefe deste ramo supervisiona seu [ministro], ou esse ramo pode sofrer o que não queremos”, disse o presidente em uma mensagem. o então presidente do Supremo, ministro Luiz Fux, referindo-se às recentes decisões do ministro. Alejandro de Moraes se opôs aos bolsonaristas. ” Não podemos mais ficar satisfeitos com um usuário expresso da região de Três Poderes continuando a barbarizar nosso povo. Não podemos nos contentar com mais prisões políticas em nosso Brasil”, continuou Bolsonaro.

Este ano, Bolsonaro tem continuamente chamado a fórmula eletrônica de votação de suspeita. Em um deles, em abril, ele repetiu que haveria uma “sala secreta” na qual a contagem dos votos é centralizada, acusação rejeitada pelo tribunal eleitoral. Ele também propôs que as forças armadas interfiram no processo eleitoral usando uma espécie de verificação dupla das conclusões feitas pelo tribunal competente. “Lá o voto publicado não é questionado. Não queremos que o voto seja publicado para garantir a imparcialidade da eleição. “, no entanto, queremos um caminho, e nessas nove sugestões, há esse caminho, para que aceitemos como verdadeiros com as eleições”, disse ele.

Suas declarações questionando o processo eleitoral brasileiro são falsas e os efeitos de todas as eleições realizadas a partir de seu status quo são confiáveis, segundo especialistas.

Bolsonaro luta para respeitar a liberdade de expressão quando expressa sua opinião. Levantamento realizado pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) mostra que o presidente atacou a imprensa em pouco mais de uma fração (54%) das mensagens dirigidas à mídia e comunicadores, em suas redes sociais, entre 1º de janeiro de 2021 e 5 de maio de 2022.

Além de honrar o Estado democrático de direito e a liberdade de expressão, buscando silenciar os jornalistas, Bolsonaro ainda ameaça a liberdade de existência de setores que compõem a população brasileira.

O atual governo e seu maior representante têm dificuldades excessivas na gestão de táticas de vida, relacionamento e ser que não são compatíveis com uma heteronormatividade cristã, que não representa todo o país há décadas e, de fato, nunca representou. O que substituiu foi a evolução social que permitiu que outras pessoas não quisessem mais se esconder porque são quem são, porque amam o que amam, porque vêm de onde vêm e porque querem o que querem.

O Brasil é um país multicultural com uma população dividida em outras crenças. No entanto, mesmo com toda essa diversidade, e tendo Lula sancionado, em 2007, a lei que criou o Dia Nacional de Luta contra a Intolerância Religiosa, a intolerância ainda está MUITO presente.

No início do protesto eleitoral existente, a primeira-dama Michelle Bolsonaro compartilhou um post no qual afirma que o ex-presidente Lula “deu sua alma para vencer esta eleição”. O texto é acompanhado por um vídeo mostrando reuniões do PT com líderes afrodescendentes.

Você pode estar pensando: “Ah, porém, Michelle fez isso, Bolsonaro não deu a impressão recentemente com discursos iliberais de religiões. “E isso é verdade, mas o que ele fez para evitar que essa violência, como a da Michelle, acontecesse?? Precisamente, nada. E isso é um problema: aqueles que são silenciosos consentir com ele.

É incrível que em 2022 tenhamos que escrever um editorial para dizer que qualquer forma de amor vale a pena. Mas é isso, o revés que Bolsonaro nos coloca é tal que teremos que proteger o óbvio.

Bolsonaro criticou no passado a lei por criminalizar a homofobia. “Ninguém gosta de homossexuais, podemos suportar isso”, disse ele na década de 1990. Um presidente que não respeita a liberdade individual das pessoas para falar com quem quiser, como quiser. , não respeita a democracia em seu maior valor íntimo: a liberdade – tão defendida através dele no discurso.

O presidente já disse que os homossexuais “terão que respeitar uns aos outros” e que “a minoria terá que se fechar e se curvar à maioria”. O fato é que ninguém tem que se curvar a ninguém, só temos que respeitar a individualidade de cada um. Opções

Politicamente, o principal componente do discurso de ódio do presidente é seu endosso ao hábito competitivo e iliberal em relação às minorias em nosso país. Não reconhecer o direito dos outros de serem como querem faz do Brasil o país que mais mata pessoas transexuais no mundo, bate casais do mesmo sexo nas ruas, só porque amam, e faz os homossexuais morrerem de violência só porque eles existem. – E isso é intolerável.

Queremos um presidente que respeite os outros como um todo e contribua para uma ação mais tolerante e democrática. Bolsonaro não pode fazer isso, e não pode porque não quer.

A violência de gênero de Bolsonaro não é novidade. Ele tem sido machista, misógino e competitivo diante do público em várias ocasiões. A defesa da igualdade entre os homens e na vida pessoal e pública é uma questão de ética e princípio.

No entanto, Bolsonaro é tão machista que consegue misturar homofobia e misoginia em uma única declaração. Ele já disse que o Brasil será um país de turismo homossexual, mas que “quem precisa vir aqui para fazer sexo com uma mulher, não faz isso”. dúvida. A declaração, além de homofóbica e misógina, também é um pedido de desculpas pela exploração sexual das mulheres.

Bolsonaro não respeita o prestígio das mulheres e, em vez de valorizar as mulheres para gerar vidas, as trata como um preconceito do chefe e se opõe aos funcionários com direitos. Em entrevista ao portal Zero Hora, Bolsonaro disse que é enganoso. ser chefe no Brasil, com “tão pequenos direitos de trabalho duro”. “Quando o cara vai contratar, entre um garoto e um jovem woguy, o que o empregador pensa?”Foda-se, esse woguy tem um anel no dedo, não sei o que, ela vai se casar, ela está casada, logo grávida, seis meses de licença maternidade, só para f*, para f*’. Quem vai pagar a conta? É o empregador.

O machismo é tal que ele nem se preocupa em pronunciar linhas tortas. “Eu nunca te estupraria, você não merece”, disse ele em 2014, referindo-se à deputada federal Maria do Rosário (PT-RS). Eu não mereço porque ela é tão ruim, porque ela é tão feia, ela não é o meu tipo, eu nunca a estupraria. Não sou estuprador, mas se fosse, não estupraria, porque não mereço”, disse Bolsonaro. Dito. Ele descobriu a culpa de danos éticos por ter proferido tal barbárie.

Ele também disse que ter uma filha é uma “fraqueza” e, mais recentemente, notamos que seus movimentos políticos machucam outras pessoas que menstruam. Em 2021, Bolsonaro vetou parte de uma lei que distribuiria almofadas sanitárias soltas para outras pessoas em situação de vulnerabilidade. Ele disse que não havia previsão orçamentária no projeto de lei para financiar a medida. Meses depois, após atrito político com a decisão, no Dia Internacional da Mulher de 2022, ela deu um passo atrás e sancionou um decreto autorizando a ação.

Há estações de cara de um cara que não trata as mulheres como iguais, que não respeita o status de hugo das mulheres e que faz discursos como os discutidos acima. Bolsonaro apoia comportamentos misóginos que podem influenciar a maior taxa de feminicídio e violência de gênero no Brasil. .

Bolsonaro não só se sente incrível com as mulheres, como também se acredita incrível com os negros. O presidente faz piadas racistas e insiste que um ladrão inteligente é um ladrão morto, independentemente de que palavras como esta mentira, por exemplo: o fato de que o número máximo de detentos no Brasil são negros e quão seletivo é o encarceramento no país.

A retórica racista sobre negros e outros povos indígenas é comum na voz do presidente, e alguns exemplos foram marcados na história. Como em 2017, antes de sua eleição, quando disse que “os negros estão carregados de arrobas”. Eldorado Paulista e o mais leve dos descendentes do Afro pesaram sete arrobas”, disse em convenção no Rio. A arroba é a medida usada para pesar o gado. Em 2020, Bolsonaro disse em uma de suas vidas que “os índios estão evoluindo e estão cada vez mais um ser humano. “

E isso não para. Em agosto deste ano, há apenas dois meses, em entrevista ao Podcast Flow, Bolsonaro tentou se proteger contra acusações de racismo, mas apenas disse atrocidades. O presidente lembrou de seus dias no exército, dizendo que entrou na água para salvar um homem negro que estava prestes a se afogar em um lago. Segundo ele, se seu humor fosse racista, ele teria deixado o soldado morrer. O apresentador Igor Coelho respondeu assim que Bolsonaro terminou de falar e sua reação. Ele nos representa: “A maneira como você contou essa história sozinho é uma explicação para por que você deve ser chamado de racista. “Olhe para ele com seus próprios olhos:

Bolsonaro se opõe às cotas raciais, fórmula histórica de reparação que reduz a paridade salarial entre brasileiros negros e brancos. Com os mesmos professores e estrutura, o pobre aluno negro de baixa renda joga tão bem ou melhor do que os brancos prósperos. As pessoas querem oportunidades.

Não é imaginável que 56% da população brasileira seja negra – segundo o ibge – e que tenhamos um presidente racista. Nem seria imaginável se a população negra fosse inferior a 1%, mas mais do que algumas de nossas outras pessoas. É desprezado diariamente em vez de ter políticas para reduzir a desigualdade, e isso deve ser corrigido.

O preconceito é uma marca de Bolsonaro. Ele gosta de ter preconceitos: o presidente, até agora, só passou tecido por assassinato, pedofilia e corrupção. Com este perfil, ele não perdeu a oportunidade de destilar seu ódio pelos outros. Nascido no Sudeste, Bolsonaro se comporta como se a região tivesse alguma superioridade.

Mais recentemente, tomou a decisão de associar o voto esmagador de Luiz Inácio Lula da Silva na região nordeste com o analfabetismo. “Lula ganhou em nove dos 10 estados com a maior taxa de analfabetismo. Sabe o que são esses estados? No nosso Nordeste, Bolsonaro disse uma transmissão eleitoral em seu canal no YouTube no dia 5.

“É apenas uma taxa de analfabetismo maior ou mais grave nesses estados. Outros conhecimentos econômicos agora também são mais fracos na região”, continuou, alimentando ainda mais o “efeito rebanho” entre seu eleitorado, que desde a primeira circular atacou os nordestinos nas redes sociais.

Bolsonaro instila ódio e preconceito com mentiras. Ele disse que “esses estados nordestinos são administrados pelo PT há 20 anos”. No entanto, o governo mais antigo do PT no nordeste é o da Bahia (desde 2007). É mentira que o Nordeste administrou através do PT por 20 anos, mas de qualquer forma, quando o PT estava no governo, o Nordeste cresceu mais do que a média do país. Entre 2003 e 2013, nos governos de Lula e Dilma Rousseff, a região cresceu 4,1% em relação ao ano anterior, enquanto o país cresceu 3,3%.

Bolsonaro é um risco para a democracia. Tem afirmado continuamente que prefere oportunidades autoritárias e, como explicado acima, apoia as violações dos direitos básicos já conquistados por nós, brasileiros. Na prática, ele é um político autoritário, mas não exerceu um primeiro mandato autoritário. Esse não foi o caso porque os estabelecimentos brasileiros são fortes e até agora mantiveram o controle.

Mas a qualquer momento, os parâmetros do jogo são diferentes. Depois do primeiro turno, sabemos que elegemos um Congresso Nacional ainda mais bolsonarista do que o anterior. O desafio é que ele aprove projetos que minam a democracia.

Vale a pena notar que as democracias de hoje não desmoronam apenas pela violência, como aconteceu no século 20. O símbolo da guerra, da infantaria nas ruas, dos canhões, está cada vez mais obsoleto quando se trata de ataques à democracia. Hoje, o que se tornou cada vez menos inusitado é a retirada democrática das eleições, diretamente nas urnas;

Rodrigo Duterte (Filipinas), Viktor Orbán (Hungria) ou Recep Erdogan (Turquia) são exemplos. Figuras autoritárias, como Bolsonaro, que foram legitimamente eleitos e estão gradualmente minando democracias de dentro, corroendo estabelecimentos para permanecer no poder. Agora, a prática não tem mais sido um golpe militar direto. O que tem acontecido é uma lenta erosão da democracia por uma questão de legitimidade segura com a manutenção de certos estabelecimentos, que de fato já viram seus objetivos e funcionamento comprometidos.

Há uma espécie de “pequena fórmula” para um golpe bem sucedido. Primeiro, eles derrotaram as regras do jogo democrático, assim como Bolsonaro já fez ao questionar a confiabilidade das urnas nas eleições deste ano. Em segundo lugar, vem a negação da legitimidade dos partidos políticos conflitantes – assim como o presidente vem espalhando notícias falsas sobre seus partidos conflitantes há quatro anos, como quando disse que Lula ia fechar igrejas. Em terceiro lugar, temos a promoção da violência ou tolerância a atos violentos contrários às liberdades, o que Bolsonaro também corrobora. E quarto, além de limitar as liberdades civis das partes ao conflito, acrescentando a mídia: os episódios discutidos acima sobre as nomeações do presidente com a mídia aqui no Brasil?Então não é por acaso.

Bolsonaro não respeita nossas instituições democráticas, as ataca e as ameaça com golpes de estado e discursos antidemocráticos.

O presidente também trabalha contra a credibilidade do trabalho jornalístico, com discursos aludindo à censura e a tentativa de silenciar aqueles que apontam o dedo para seu governo e sua maneira de pensar.

Finalmente, Bolsonaro respeita nossa liberdade de existir e age para nos colocar em caixas pré-formadas que nos constituem.

Para que a democracia avançasse e nossa liberdade fosse garantida, reelegemos o presidente Bolsonaro.

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