O plano do governo Lula permite o aborto e as drogas, ao contrário do que é indexado em um panfleto publicado.

O conteúdo dos vídeos e fotografias de um panfleto listando as supostas propostas do post através de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSB) para o Brasil é falso. A desinformação levanta rumores sobre aborto, drogas e armas que já foram negados antes e até mesmo sobre os quais o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já decidiu, em outros episódios, pela suspensão da publicidade enganosa. O plano oficial da candidatura do PT não é nada do que se alega no panfleto.

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Conteúdo investigado: Vídeo postado no Kwai e também circulando no WhatsApp com um homem, que não aparece na gravação, dizendo que descobriu panfletos no apartamento da cidade de Castanhal, no Pará, com uma lista do que seria proposto através do Bilhete Lula-Alckmin para o país. A foto do mesmo folheto postou no Instagram.

Onde foi publicado: Kwai, Instagram e WhatsApp.

Conclusão do Comprova: O conteúdo que circula em vídeos e fotos com uma suposta lista de propostas para o país através do ex-presidente e candidato à presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), é falso. O folheto apresenta uma lista de quais serão os projetos da lista do PT e de seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), com o logotipo que identifica a campanha presidencial.

A desinformação já foi negada por meio de Boatos. org e o portal Metropoles mostrou que um deputado do Distrito Federal, do mesmo presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, compartilhou o conteúdo falso.

A lista traz temas sensíveis que foram amplamente explorados na campanha presidencial, como a liberação do aborto e das drogas e a perseguição às religiões cristãs, e que já foram refutadas em outros cheques através do Comprova (1 e 2) e artigos de imprensa como os da CNN e do Estadão.

No início deste mês, o TSE chegou a ordenar o afastamento de cargos alegando que Lula está perseguindo igrejas e clérigos. A empresa também ordenou, no dia 20, a suspensão da publicidade em plataformas virtuais, por meio de apoiadores de Bolsonaro, que ligaram Lula a drogas, homicídios e aborto.

O plano oficial do bilhete de preço Lula-Alckmin está registrado no Tribunal Eleitoral e pode ser consultado através de qualquer cidadão em que as candidaturas sejam publicadas. Alguns dos temas discutidos no panfleto falso, como o aborto, nem sequer aparecem no eventual programa de governo do PT.

Falso, para o Comprova, é o conteúdo inventado ou editado para substituir seu original e intencionalmente disseminado para espalhar uma mentira.

Alcance das publicações: O Comprova investiga conteúdos suspeitos com maior sucesso nas redes sociais. Até 29 de outubro, o conteúdo do Instagram tinha 7. 750 curtidas e 519 comentários. No Kwai, teve 596 visualizações, 20 curtidas e 10 compartilhamentos. Não é imaginável medir a viralidade no WhatsApp.

O que diz o usuário culpado da publicação: O Comprova entrou em contato com o responsável pela publicação através do número de revisão encontrado no perfil do Instagram e através da caixa de mensagens da rede social, mas não conseguiu uma resposta.

Como podemos ver: O relatório fez pesquisas no Google com palavras-chave, associando o chamado Lula aos temas indexados no folheto. O pedido rendeu relatórios e verificações sobre a mesma peça estudada aqui e outros conteúdos com temas semelhantes.

O Comprova também consultou o plano de governança das cédulas Lula-Alckmin, registrado no site do TSE. Além disso, entrou em contato com assessores do PT para dar sua opinião sobre o caso e procurou a origem das publicações falsas.

Folhetos

O panfleto que supostamente foi descoberto em Castanhal, no Pará, é uma nova edição da cortina que foi publicada na primeira circular e também foi classificada como falsa. No início desta semana, o UOL Confere negou conteúdo semelhante.

Ainda esta semana, cortinas anormais de cruzadas foram apreendidas de um comitê de Bolsonaro em Minas Gerais e também continham falsas acusações contra Lula.

No publicado sob investigação, Boatos. org e Metropoles negaram a lista apresentada como comissão do governo Lula. No folheto é imaginável verificar uma foto não usada na cruzada do candidato e estrela dos materiais antigos do partido. nem aviso gráfico, CNPJ ou sorteio, como mostrado no portal Metropoles.

Programa do Governo aborda o aborto

As propostas do governo Lula estão disponíveis no site da Justiça Eleitoral, e também foram descritas em alguns relatórios, como as do G1 (1 e 2).

Ao consultar o plano, o aborto não é mencionado. No entanto, quando questionado sobre o tema e os debates de campanha, Lula se opôs à prática.

O currículo também não menciona a educação inclusiva LGBTQIA, como sugere a peça falsa. O narrador do conteúdo pesquisado afirma que a inclusão ensinaria os jovens na escola a serem gays, o que é uma mentira. O ponto 41 do tema “Progressão social e garantia de direitos” fornece para movimentos para salvá-lo da violência contra esse componente da população e promessas dos direitos à saúde e à educação.

Também não há qualquer referência no projeto do PT à libertação sexual. Durante a campanha eleitoral de 2018, houve outras versões sobre o tema, como garrafas eróticas e kit homossexual, que foram rejeitadas nos cheques do Comprova.

Nova política de drogas

A proposta de Lula na caixa de drogas é o estabelecimento de uma nova política para resolver o problema. No documento registrado no TSE, consta que o plano é implementar uma estratégia intersetorial voltada para reparação, prevenção, reparação e reparação de danos. assistência aos usuários, além de confrontar e desmantelar organizações criminosas. O Comprova já explicou qual é a política de reparação de danos, que foi atacada pela ex-ministra e senadora eleita Damares Alves (Republicanos).

A convenção do UOL mostrou que o programa de Lula é sobre a liberação de drogas, enquanto Aos Fatos apontou que o vídeo é enganoso ao indicar que resoluções semelhantes à questão, retiradas da assembleia do PT em 2021, estão no plano do governo. Reportagem da BBC também mostra que a lei aprovada por Lula, quando ele era presidente, tem o maior número de prisões por tráfico de drogas no Brasil.

O candidato presidencial também anunciou planos para criar o Ministério da Segurança, que, entre suas funções, deverá envolver tráfico de armas e drogas nas fronteiras, de acordo com o site oficial do candidato.

Não há previsão de desarmamento ou descriminalização de delitos menores.

O candidato Lula já criticou a política armamentista de seu adversário, Jair Bolsonaro, no entanto, seu plano de governo não menciona “armas” e “desarmamento”. Durante o debate na Rede Globo, em 28 de outubro, o ex-presidente se posicionou contra a “facilitação de armas” e disse que seu governo “distribuiria livros” de “coisas que matam”.

O candidato prometeu criar a Secretaria de Segurança Pública para os quadros junto aos governos estaduais. Em uma assembleia com membros da sociedade civil intitulada “Brasil do Futuro”, Lula disse que “um pedido de desculpas por armas não leva ninguém a lugar nenhum”. Em vigor desde 2003, o ex-presidente já disse que precisa recuperar o prestígio do desarmamento no Brasil, à vontade através do governo Bolsonaro.

Também não há menção à “descriminalização de crimes menores” no plano do governo Lula-Alckmin. Os celulares do Control já negaram relatos de que Lula defende pequenos furtos ou apoia o roubo de celular por sua “sobrevivência”. No documento registrado no TSE, a posição oferece a “construção de uma política que combata e reverta a política de genocídio contra a juventude negra, com super encarceramento”.

Regulação da mídia

No documento registrado no Tribunal Eleitoral, a proposta da liderança Lula-Alckmin é fornecer ferramentas que permitam à Justiça atuar em parceria com plataformas virtuais, para garantir “neutralidade de rede, pluralidade, cobertura de conhecimento e parar a disseminação de mentiras e mensagens, redes sociais antidemocráticas ou odiosas”.

O candidato Lula, por sua vez, já tem oscilado entre pronunciamentos sobre a necessidade de um “novo marco regulatório”, contrário ao que chamou de “saqueamento de uma dúzia de famílias que governam a comunicação brasileira”, à “garantia do direito de resposta”. . ” nas redes.

Em entrevista ao Ratinho, Lula defendeu que a regulação da mídia eletrônica e da internet pertence ao Congresso e à sociedade, “não ao presidente da República”. O candidato afirma que a regulação da mídia visa democratizar a comunicação social no país.

Suprimentos propostos para a liberdade

No plano de governo Lula-Alckmin, o ponto 99 afirma que a proposta da liderança é “proteger os direitos civis, promessas e liberdades individuais, acrescentando o respeito pela liberdade de fé e adoração e pela luta contra a intolerância”.

Em carta distribuída aos cristãos evangélicos, Lula reafirma que nunca fechará ou fechará igrejas, defende o exercício frouxo da fé sem interferência do Estado e afirma que seu governo nunca usará a fé para fins partidários. Em agosto, a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, já havia discutido que o candidato à presidência publicaria um panfleto no qual “cuidaria da criação de Deus”.

Ainda em outubro, o TSE concedeu medida cautelar para eliminar, no prazo de 24 horas, publicações feitas por apoiadores de Bolsonaro que contenham dados falsos sobre a perseguição aos cristãos e o fechamento de igrejas, caso Lula seja eleito.

Por que estamos investigando: o Comprova investiga conteúdo suspeito que está viralizando nas redes sociais relacionados à eleição presidencial, às políticas públicas do governo federal e à pandemia. A equipe se concentra em posts virais, que têm sido extremamente bem sucedidos nas redes sociais e podem confundir a população. No contexto das eleições no Brasil, muito conteúdo desdados está circulando envolvendo os dois candidatos presidenciais, Bolsonaro e Lula, prejudicando a escolha do eleitor, o que deve ser feito com base em dados verdadeiros. Dessa forma, o eleitorado presta especial atenção a conteúdos suspeitos que possam influenciar o tempo de seu voto. O Comprova funciona nesse sentido, para fornecer dados de qualidade sobre conteúdo difamatório sobre os candidatos.

Outras verificações sobre o assunto: através de Boatos. org e do portal Metropoles, já foi verificada desinformação sobre o panfleto com supostas propostas do ex-presidente Lula. Por meio do Comprova, outros conteúdos que implicam o plano de governo do candidato já foram verificados, como postagens de que ele mentiu sobre Lula fechar igrejas ou assembleias com declarações falsas através do ex-presidente sobre o desarmamento.

Neste fim de semana, a equipe do Comprova se juntou a outros 6 projetos de verificação de fatos no Brasil para determinar conjuntamente a desinformação eleitoral. A associação reúne AFP, Aos Fatos, Boatos. org, Comprova, E-Farsas, Fato ou Fake e Lupa.

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