Do governo Bolsonaro ao SP: conheça Tarcísio de Freitas

31/10/2022 14:00, atualizado em 31/10/2022 17:49

Pilotando uma moto em Rondônia em maio do ano passado, Tarcísio de Freitas soube que a rápida travessia da ponte sobre o Rio Madeira foi uma aventura sem retorno. “Capita, vai lá em cima”, ordenou o motorista, o presidente Jair Bolsonaro. , antes de acelerar pelos recém-inaugurados 1. 500 metros de asfalto pela dupla. O ministro da Infraestrutura na época ainda tentou escapar do calçadão, alegando que não tinha capacete, mas foi imediatamente avisado pelo chefe: “Não é para usar. As pessoas querem ver você.

Nesta sexta-feira ensolarada, a mais de 3. 000 quilômetros de São Paulo, Bolsonaro se movimenta a toda velocidade para libertar Tarcísio como candidato a governador do estado mais rico do país. O presidente viu em seu assessor a opção mais produtiva para construir uma plataforma forjada no maior colégio eleitoral. O ministro resistiu à ideia porque gostava de concorrer ao Senado de Goiás. aceitar o desafio.

Nas costas de Bolsonaro popularizou o governador eleito de São Paulo, que está ganhando cada vez mais projeção nas redes sociais com sua fama de entregador, pavimentada com o apelido de “Tarcísio do Asfalto”. Poucos meses após o evento de Rondônia, ele já havia cedido à tensão do presidente da República e ao clamor da militância bolsonarista. Em setembro, alugou um apartamento para o cunhado em São José dos Campos, interior de São Paulo, para mudar seu apartamento eleitoral de Brasília, onde havia comprado bens no valor de R$ 2,1 milhões, para São Paulo. Portanto, ele pode concorrer a governador, a primeira eleição de sua vida.

O caminho que culminou na vitória de Tarcísio nas urnas no domingo (30/10) foi tão acidentado quanto as estradas que ele prometeu pavimentar. A primeira desventura é política. Tarcísio estava no meio de um cabo de guerra entre o PL, o partido que Bolsonaro optou por concorrer à reeleição, e os Republicanos, partido aliado que exigiu mais destaque na eleição para se filiar à coalizão do presidente.

Tarcísio também teve um desafio antigo com Valdemar Costa Neto. No governo dilma rousseff (PT), o governador eleito encurralou aliados do presidente PL suspeitos de corrupção no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). O acordo alcançado através dos líderes de Brasília e as diferenças entre Tarcísio e Valdemar o levaram a se filiar ao partido ligado à Igreja Universal, denominação com a qual o governador eleito teve relações tensas durante a campanha.

Posteriormente, Tarcísio enfrentou uma guerra judicial iniciada pelos beligerantes que tentaram cancelar o registro de sua candidatura por não residir na frente de São José dos Campos comunicada ao tribunal eleitoral como seu domicílio. Devido à concentração das agendas da cruzada na capital paulista, o ex-ministro acabou alugando um imóvel no Morumbi, mesma comunidade onde está localizado o Palácio dos Bandeirantes, para onde se mudará a partir de janeiro. A ordem foi aceita em setembro.

A descrença na vitória de Tarcísio permeou todo o período pré-campanha. O ex-ministro Bolsonaro soube por amigos que sua candidatura seria “engolida” pelo governador Rodrigo García (PSDB), cujo partido governa o Estado há 28 anos. A aliança com o PSD de Gilberto Kassab, que nomeou o vice-governador Felício Ramuth, deu força à campanha, que mais equilibrada entre apresentar ao eleitor um perfil eminentemente técnico ou um aliado inabalável do Bolsonarismo.

Mais uma vez, foi bolsonaro que levou o crédito para o governador eleito, em meio a um conflito estatal altamente polarizado e nacionalizado. A cena de maio do ano passado, na ponte sobre o Rio Madeira, se repetiu em São Paulo. Na véspera do primeiro turno, Tarcísio voltou na moto cicleta de Bolsonaro, sem capacete, para ser guiado pelo presidente em uma motocicleta pelas ruas da capital paulista. No dia seguinte, o ex-ministro se opôs às urnas e venceu o primeiro turno, sete pontos à frente do ex-prefeito Fernando Haddad (PT).

O resultado de Tarcísio, somado ao anti-PT mostrado pelo eleitorado paulista nas urnas, especialmente no interior, fez do ex-ministro o grande favorito para vencer as eleições nacionais. Em poucos dias, ele tinha atraído ajuda de quase todos os componentes. que era um componente da coalizão de Garcia, acrescentando o próprio tucano. Passou a ser chamado de “futuro governador” e a falar sobre os cenários, a distribuição de cargos e a composição de sua secretaria. Recém-eleito, Tarcísio prometeu montar uma equipe baseada em critérios técnicos, mas já enfrentará tensão política para subdividir os espaços do governo a partir de segunda-feira (31/10).

Além de todas as situações exigentes discutidas na campanha, como a conclusão das obras do metrô, a ampliação da malha ferroviária, a estruturação de novos hospitais e a melhoria da qualidade da escolaridade e da segurança pública, Tarcísio terá que enfrentar antes mesmo de assumir o local de trabalho gerou uma crise por meio de sua própria campanha. A Polícia Civil e o Ministério Público estão investigando o episódio envolvendo a morte de um homem em um tiroteio ocorrido em sua agenda na favela de Paraisópolis, na hora certa.

 

 

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A ordem dada por um membro da cruzada de Tarcísio a um cinegrafista da Jovem Pan para apagar imagens do tiroteio ocorrido entre os seguranças do então candidato e supostos traficantes levantou suspeitas sobre a conduta dos policiais à paisana que guardavam o governador eleito. No último debate, na TV Globo, Tarcísio defendeu seu melhor amigo dizendo que o objetivo era manter o símbolo das outras pessoas que estavam na comunidade. Especialistas disseram que essa prática pode ser uma destruição de provas, o que é um crime. .

Aos 47 anos, Tarcísio será o primeiro governador eleito por São Paulo que não nasceu no estado desde Jânio Quadros (1955-1959), nascido em Campo Grande (MS). A diferença é que Jânio se mudou para São Paulo desde cedo, onde obteve diploma de direito e iniciou sua carreira política, sendo eleito vereador, deputado e prefeito da capital antes de tomar posse do estado.

Nascido no Rio de Janeiro, Tarcísio formou-se engenheiro pelo Instituto Militar de Engenharia da capital fluminense e como militar da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman). É engenheiro militar, praticante em São Paulo, Pernambuco. , Rio Grande do Norte e Amazonas, e até se juntou à Missão de Estabilização das Nações Unidas para o Haiti, liderada pelo Brasil, causando-lhe crises de depressão há alguns anos, segundo relatos de aliados.

Tarcísio Gomes de Freitas (1975) é engenheiro e soldado reserva. Nascido no Rio de Janeiro, Freitas é o ex-ministro da Infraestrutura do Brasil e favorito de Bolsonaro para o governo paulista.

Funcionário de carreira vinculado à assembleia legislativa da Câmara dos Deputados, Freitas é formado pela Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), a mesma frequentada pelo Governo BolsonaroRafael Carvalho/Governo transitório.

Em 2011, chegou ao mais sensível do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), sob o governo da ex-presidente Dilma Rousseff, então, em 2014, à frente da Agência Brasil.

Após o impeachment de Dilma, Tarcísio de Freitas tornou-se membro da Secretaria Especial do Programa de Empresas de Investimento (IPP). No governo Bolsonaro, o político assumiu o comando do Ministério da InfraestruturaMarcelo Camargo/Agência Brasil

No entanto, no final de março de 2022, Freitas deixou o ministério para concorrer ao governo de São Paulo por meio do Partido Republicano. Ele ocupa todo o cargo Presidente da República Alan Santos/PR

Fervoroso católico e apoiador de Bolsonaro, o ex-ministro chegou ao ponto de dizer que Jair “não só selecionou pela população brasileira, mas também escolheu através de Deus” Igo Estrela/Metropoles

Tarcísio é impaciente e confronta aqueles que discordam deleGuilherme Amado/Coluna Metropoles

Enquanto concorria a secretário do PPI e buscasse baixar a concessão da Rodoviária de Integração do Sul (RIS), por exemplo, os auditores precisavam publicá-la, pois descobriram irregularidades no gelo público. O ex-ministro, em aborrecimento, acusou o TCU de levantar suspeitas sem provas Alan Santos/PR

“Os auditores do TCU são os papas do universo. Há um monte de bobagem neste relatório, faz insinuações e não apresenta nenhuma evidência. Temos certeza do que colocamos e vamos fazer até o fim”, disse Freitas na ocasião, Fábio Vieira/Metropoles

Recentemente, as declarações do pré-candidato a governador de São Paulo enfureceram a polícia de São Paulo. Precisamente, em entrevista ao canal do YouTube Money Report, Freitas disse que a proteção pública no Estado é baixa e que uma das razões para isso é um suposto pacto com o crime organizado.

Alberto Ruy/MINfra

Além disso, o deputado também criticou o destino político de Tarcísio, que governa o SP, mas é do Rio de JaneiroRafaela Felicciano/Metropoles

Após um breve período como auditor da Controladoria-Geral da União (CGU), Tarcísio ingressou no conselho de administração do DNIT em 2011, sob o governo de Dilma, uma “limpeza ética” realizada pelo PT no quadro que coletou escândalos de corrupção. e estava sob a influência de Valdemar Costa Neto, hoje melhor amigo de Bolsonaro. Com o enfraquecimento político de Dilma em 2014, Tarcísio e sua equipe perderam suas posições. No ano seguinte, passou pelo festival e tornou-se vereador legislativo na Câmara dos Deputados, onde forjou laços políticos.

Após o impeachment de Dilma, ele retornou ao governo sob o comando de Michel Temer para coordenar os projetos da Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), em taxa de privatizações e concessões federais. Após a eleição de Jair Bolsonaro em 2018, nomeou através de amigos em comum para chefiar o duro Ministério da Infraestrutura, onde ganhou o favor do presidente da República.

Filho de empregada doméstica e funcionário do Banco do Brasil, Tarcísio é casado há 24 anos com Cristiane, que recebeu uma tarefa na Embratur sob Bolsonaro. Juntos, eles têm um casal adolescente que estudou em Brasília, enquanto Tarcísio e sua esposa ficaram no interior de São Paulo. O próximo governador de São Paulo é torcedor do Flamengo e viciado em hambúrguer. Para ser eleito, teve generosas doações de empresários do agronegócio, infraestrutura e segurança pessoal, que financiaram mais de uma parte dos R$ 35 milhões arrecadados por meio dele.

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