Luiz Inácio Lula da Silva derrota Jair Bolsonaro e é eleito presidente do Brasil!
247 – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) elegeu-se presidente da República neste domingo (30) com cerca de 57. 132. 197 milhões de votos e 50,68% dos votos válidos, superando Jair Bolsonaro (PL), que recebeu cerca de 56. 175. 568 milhões de votos e 49,32% dos votos válidos. Lula derrotou Bolsonaro por uma diferença de mais de 1,5 milhão de votos. Na primeira circular da eleição, a diferença entre Lula e Bolsonaro ultrapassou 6 milhões de votos.
Aos 77 anos, Lula vence o momento circular das eleições presidenciais pela terceira vez, desta vez liderando um amplo arco de alianças formadas por 10 partidos políticos, representantes da sociedade civil e do capital e até ex-adversários políticos. Essa consulta encabeçada por Lula fez como grandes compromissos a defesa da democracia contra o autoritarismo, a luta contra a fome e a retomada da progressão com a inclusão social da população.
A coalizão Brasil da Esperança enfrentou uma cruzada marcada pelo intenso uso de dispositivos públicos e poder econômico por Jair Bolsonaro, bem como pela disseminação de notícias falsas, casos judiciais de coerção através do eleitorado e episódios de violência política envolvendo bolsonaristas.
Nos últimos dias da cruzada, Lula participou do debate da Globo, que venceu com 51,5% dos indecisos, enquanto Bolsonaro tinha 33,7% da preferência do público, segundo a pesquisa da Atlas Intel. O último ato da cruzada do presidente eleito tomou conta da Avenida Paulista, em São Paulo, que reuniu milhares de pessoas e onde Lula mostrou sua confiança na vitória e reafirmou sua vontade de reconstruir o país.
Lula liderou o Brasil por dois mandatos, de 2003 a 2010, num momento de prosperidade econômica, alívio da pobreza e expansão das políticas sociais. No período, o número total de trabalhadores formais passou de 28,6 milhões em 2002 para 44 milhões em 2010. Ou seja, Lula criou, em 8 anos, mais de 15 milhões de empregos formais.
O poder aquisitivo dos funcionários foi reforçado em seus governos. Nos governos de Lula e Dilma Rousseff (PT), entre 2002 e 2016, o salário mínimo teve um aumento real de 76%. Apenas nos dois mandatos de Lula, o aumento real foi de 57,8%. Além disso, 93,8% das categorias de tinta experimentaram um acúmulo acima da inflação em 2010. Com Lula e Dilma, 36 milhões de brasileiros foram retirados da extrema pobreza e outros 42 milhões se mudaram para a elegância C. Todos os segmentos sociais tiveram ganhos, mas algo sem precedentes aconteceu: os mais pobres ganhavam mais do que os ricos.
Entre 2003 e 2012, os 10% mais pobres experimentaram um aumento de 107% na fonte de renda real, segundo capita, enquanto os mais ricos tiveram um aumento de 37% na fonte de renda acumulada, de acordo com um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. (IPEA). Nos governos Lula e Dilma, a fonte média de renda subiu para 38% acima da inflação.
Lula terminou seu mandato com um registro de popularidade. Em dezembro de 2010, uma pesquisa realizada pelo Ibope (hoje Ipec), encomendada pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI), mostrou que 87% dos entrevistados classificaram a gestão de Lula como “boa ou excelente”.
O ex-presidente Lula é vítima de uma das maiores perseguições políticas registradas na história do Brasil. Em agosto de 2016, Lula denunciou, por meio do Ministério Público Federal (MPF), por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso triplex do Guarujá. A denúncia assinada por Deltan Dallagnol, então coordenador do grupo de trabalho da Lava Jato, hoje deputado federal eleito, não resulta nas acusações contrárias a Lula. Apesar disso, o então juiz federal Sergio Moro, o atual senador eleito, condenou Lula em 2017 a nove anos de prisão, mostrou em tempo recorde uma resolução pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) que acusou Lula de ser lei de registro limpo e se livrou dele das eleições de 2018, ganhou através de Jair Bolsonaro.
Confirmando seu interesse político na desqualificação de Lula, Sergio Moro renunciou ao Judiciário no final de 2018 para chefiar o Ministério da Justiça e Segurança Pública a convite do presidente eleito Jair Bolsonaro (PL). No ano seguinte, o site online The Intercept Brasil revelou conversas pessoais entre investigadores da Lava Jato e o ex-juiz. Os diálogos revelam o conluio entre a acusação e o Judiciário para perseguir e condenar Lula. Em abril de 2020, após apenas 16 meses como ministro de Bolsonaro, Moro anunciou sua saída. do governo Bolsonaro, alegando a interferência do presidente na polícia federal. Pouco mais de dois anos depois, Moro foi novamente o melhor amigo de Bolsonaro ao apontar seu extremista anti-Lula no momento circular da eleição e até acompanhou Bolsonaro nos debates contrários a Lula.
O ex-presidente Lula foi preso em 7 de abril de 2018, após passar dois dias na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo. Ele foi levado para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, construída sob seus governos, onde permaneceu 580 dias como preso político. Durante todo o tempo em que esteve preso na PF, Lula acompanhou uma multidão de apoiadores, que se estabeleceram perto do prédio, criando a Vigília do Livro de Lula. Um documentário do jornalista Joaquim de Carvalho para a TV 247 mostra a luta de Vigília para denunciar a injustiça e a liberdade de Lula.
A decisão de Sergio Moro foi derrubada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em abril de 2021, que determinou que a 13ª Vara Federal de Curitiba não tinha competência para verificar a ação. No mesmo ano, o Ministério Público Federal (MPF) reconheceu o estatuto de limitações. no caso. Defendido pelos advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska Martins, Lula absolveu em juízo em 26 instâncias que se opunham a ele através do dispositivo legislativo da Operação Lava-Jato. Leia um resumo das vitórias judiciais de Lula.
Após sua libertação da prisão em Curitiba, Lula começou a construir um arco de alianças com partidos políticos, movimentos sociais e sindicatos da indústria, figuras da sociedade civil, representantes culturais e de mercado para disputar as eleições de 2022, após fugir das últimas eleições. Cumprimentou o centro, quando incorporou como candidato a vice-presidente o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, que deixou o PSDB para o PSB e foi buscar entre o amplo espectro da sociedade.
A partir de 1º de janeiro de 2023, Lula liderará um país em situações muito piores do que em 2002. De acordo com um estudo, mais de 33 milhões de pessoas sofrem de fome no país e mais 115 milhões sofrem de algum grau de insegurança alimentar. a rede Penssan.
O endividamento atinge 79% das famílias brasileiras e a inadimplência chega a 29,6%, segundo relatório da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgado em 5 de setembro. No âmbito ambiental, o Brasil é alvo de tensões sobre o maior desmatamento na Amazônia para a agricultura e a invasão e mineração de terras indígenas.
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