A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou por volta das 10h. que foram registradas condições de “bloqueio/aglomeração” em 12 estados, somando-se ao Distrito Federal, com 70 incidentes no total. A corporação, que fez inúmeras movimentações no dia anterior para investigar ônibus vestidos de eleitores, apesar da proibição do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), não informou bloqueios por parte dos manifestantes no nordeste na segunda-feira.
Vídeos circulam na tela queimando pneus em trechos da BR-163 em Mato Grosso. A rota é um sentido vital para o embarque de produtos agroalimentares de Mato Grosso para os portos do Arco Norte, como Miritituba, em Itaituba, Pará.
A concessionária Rota do Oeste, que administra a rodovia, mostrou em relatório às 8h50 o fechamento nos seguintes pontos: Nova Mutum, nos kms 594 e 602; Lucas do Rio Verde, no km 691; Sorriso, km 746; e Sinop, no km 835. A corporação também discutiu o bloqueio da BR-364 no km 395 e da Rodovia dos Imigrantes, Trevo do Lagarto, km 524 da BR-070.
Segundo a Rota do Oeste, também houve um bloqueio em Rondonópolis no quilômetro 119, mas depois a estrada foi liberada.
A reportagem procurou a Secretaria de Segurança de Mato Grosso, mas não conseguiu tocá-los. A PRF mato-grossense também jogou, mas não respondeu imediatamente.
Em contato, a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), que está em estreita discussão com o governo Bolsonaro, disse que se reuniria “pela manhã para avaliar” a situação. Ele disse se apoiava os protestos.
A CNTA emitiu um relatório às nove horas da manhã relatando 19 problemas de fechamento de estradas, somando seis em Mato Grosso, seis em Santa Catarina, 2 no Rio Grande do Sul, 2 no Paraná, um em Minas Gerais e um no Rio de Janeiro.
Em Barra Mansa, Rio de Janeiro, há interrupção em qualquer um dos sentidos da Via Dutra, sentido de interligação entre o estado e São Paulo, no km 281, segundo boletim das 9h19 da concessionária da rodovia, CCR. RioSP, da CCR.
Os protestos geraram cerca de 26 quilômetros de roubo no total e uma operação de contingência instalada no quilômetro 303 da estrada para o Rio de Janeiro para desviar o trânsito, segundo a concessionária. O FRP no local, disse RioSP RCC.
A PRF de São Paulo também citou dois focos anteriores de protestos nas rodovias federais BR-153 e BR-116, dizendo que os trechos já haviam sido liberados.
O deputado federal Nereu Crispim (PSD-RS), presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Caminhoneiros Autônomos e Celetistas, disse em um e-mail oficial que os caminhoneiros evitarão protestar contra o resultado das eleições.
A categoria “não participa e não participará de nenhum movimento para impedir ou bloquear estradas para protestar e questionar os resultados finais das eleições que elegeram o candidato Luiz Inácio Lula da Silva como o novo presidente do Brasil”, disse.
A PRF informou que permanece atenta aos bloqueios, “fiscalizando todas as ocasiões e com um trabalhador efetivo na tarefa de garantir um caminho geral para todos os cidadãos”.
(Com informações adicionais através de Maria Carolina Marcello e Rodrigo Viga Gaier)