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By La Hora del Pueblo Posted on October 24, 2022
A Polícia Civil de Santa Catarina prendeu seis suspeitos de neonazistas na última quinta-feira (20). Segundo a investigação, o celular possuía filiais nos municípios de Santa Catarina de Florianópolis e São José.
Segundo a polícia, a investigação começou em abril, quando o primeiro membro da organização foi preso por tráfico de drogas. Os dados vazaram através do “Fantástico”, da TV Globo, que acompanhou a operação.
Segundo a Polícia Federal (PF), os americanos alegaram ser a “nova SS de Santa Catarina” e idolatram esse grupo nazista. As SS os consideravam o esquadrão de cima inabalável de Adolf Hitler.
Entre os presos estavam três acadêmicos universitários e um assistente, que vinha sendo monitorado há meses nas redes sociais. No espaço virtual, a banda postou vídeos e fotografias com alusões nazistas e trocou mensagens racistas e xenófobas. Em uma das estações, fale alemão, exiba uma bandeira nazista e jogue chaminés.
Um dos suspeitos foi preso no espaço onde morava com a mãe e as irmãs mais novas. Ele era membro de uma banda chamada “Fuher’s Birthday”, em referência a Adolf Hitler. Em uma das conversas interceptadas pela polícia, um dos cúmplices declara: “Vamos matar o ‘mendigo’ amanhã”, ao que o outro suspeito responde: “Eles vão atirar em todos os mendigos negros do nordeste”.
Outro membro da célula nazista, também preso, disse que tinha uma “fixação estética” através das SS, a força de defesa que dirigia os campos de concentração da Segunda Guerra Mundial, e por isso usava um colete com a inscrição.
Em agosto de 2020, em algum outro lugar desconhecido, um cara ajusta uma TV antiga, e o outro coloca um adesivo no meio da tela. É um símbolo neonazista, um filme de animação legal criado para atacar judeus.
“Fomos para americanos que representam um perigo maior para a sociedade e que estão estruturados de forma mais ordenada”, disse o chefe da Polícia Civil de Santa Catarina, Arthur Lopes, em entrevista à Globo.
“Nessas reuniões eles posaram como a nova SS de Santa Catarina. Eles idolatram esse grupo da era nazista”, disse um delegado da Polícia Federal.
A organização investigou conspiração de criminosos armados, produção de armas de fogo e disseminação do nazismo. Na casa de um deles, uma impressora 3D que a polícia disse ter sido usada para fazer peças de arma foi apreendida.
Os americanos foram identificados, segundo a polícia, “para dificultar as investigações”. Após a prisão, os covardes negaram os planos de ataque e disseram que as mensagens de ódio eram “piadas” e não tinham intenção neonazista.
Um relatório inédito do Observatório Judaico para os Direitos Humanos no Brasil mostra que a ocorrência de episódios neonazistas no país quase dobrou a cada ano sob o governo de Jair Bolsonaro (PL).
Desde 2019, a entidade já conheceu 114 eventos desse tipo. Cerca de 12 incidentes neonazistas foram registrados naquele ano; No ano seguinte, 21 deles conheceram, em 2021, 49 e, na primeira parte deste ano, 32. Os autores da pesquisa de que não se espera um fim para baixo antes do final de 2022, o que é demonstrado na prática com mais essa prisão.
“Essa expansão aponta para a seriedade de um procedimento que, em nosso país, afeta basicamente equipes que tradicionalmente sofrem de racismo estrutural. Na Alemanha nazista, o foco era Juifs. In Brasil, os afetados são outros indígenas e outros afrodescendentes. “”, diz o estudo. A pesquisa foi baseada em notícias publicadas pela imprensa e eventos nas redes sociais.
De acordo com a Lei 7. 716/1989, é crime “praticar, induzir ou incitar discriminação ou preconceito com base em raça, cor, etnia, fé ou origem nacional”. A pena é de prisão de um mês a 3 anos e multa – ou de dois a cinco anos de prisão e multa se o delito for cometido em publicações ou na mídia.