São Paulo, Minas Gerais e Bahia para eleições no Brasil

“A maior parte do que está em jogo” é São Paulo, colégio eleitoral do país, Minas Gerais e Bahia, disse à Lusa o professor universitário de sociologia política Alexandre Camargo.

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O presidente Jair Bolsonaro obteve 43,2% dos votos válidos na primeira circular das eleições, enquanto o ex-chefe de Estado brasileiro alcançou 48,43%. Ambos têm uma diferença de cerca de seis milhões de votos.

Em São Paulo, o presidente brasileiro conquistou o estado com mais de 1,7 milhão de votos sobre Lula, enquanto o candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) venceu em Minas Gerais com pouco mais de 600 mil votos e conquistou uma vitória esmagadora na Bahia (país historicamente estatal). PT) com mais de 3,8 milhões de votos.

No Rio de Janeiro, o 3º maior colégio eleitoral, Jair Bolsonaro, de onde é, venceu Lula da Silva com quase um milhão de votos, e já está consolidado com a reeleição, no domingo, do governador Cláudio Castro, que pertence ao partido do presidente brasileiro. “Lula da Silva não tem a plataforma no Rio de Janeiro”, disse o analista.

As rodadas momentâneas das eleições para governador de São Paulo, Minas Gerais e Bahia serão decisivas na cruzada presidencial e poderão, a longo prazo, auxiliar entre as eleições presidenciais.

O governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema, já se pronunciou por Bolsonaro, dando “outro canal para Minas Gerais, que é um estado-chave”, disse o professor do programa de mestrado em sociologia política da Universidade Cândido Mendes. (UCAM).

“Em São Paulo e na Bahia haverá um momento de arredondamento, de polarização nacional”, disse, referindo-se a Tarcísio de Freitas (apoiado por Bolsonaro) e Fernando Haddad (candidato de Lula da Silva).

“Em São Paulo, o palco com o Tarcísio de Freitas é bastante impressionante. Ele é quem escapou do domínio das urnas no máximo [das urnas], havia 8% a mais para Bolsonaro”, detalhou, ressaltando que “Bolsonaro terá a plataforma de um candidato que talvez nem tenha a intenção de ter sucesso no momento circular e ainda assim chegou ao topo”.

Na Bahia, o candidato do PT Jerônimo disputará a circular do momento com ACM Neto, que na segunda-feira, como governador já eleito de Minas Gerais, entregou o dele a Jair Bolsonaro, permitindo-lhe alguma outra plataforma da cruzada em um estado que é muito desfavorável a ele. E isso pode ser decisivo para a eleição presidencial.

“Agora, se isso vai se traduzir em votos para Bolsonaro, essa é a dúvida. Porque o que vemos é que o ‘antipetismo’ também tem um limite”, disse o analista.

Também ouvido pela Lusa sobre a Bahia, o professor permanente do programa de pós-graduação em ciência política e do programa de pós-graduação em comunicação da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Emerson Urizzi Cervi, discutiu testemunhar comportamentos destrutivos por meio de membros da cruzada Bolsonaro em um dos estados mais pobres do país.

“Registrei um hábito muito negativo dos bolsonaristas em relação ao Nordeste, um costume muito xenófobo e preconceituoso”, disse.

“Isso pode gerar um efeito bumerangue, tornando o Nordeste ainda mais lula e se Bolsonaro não avançar no Nordeste, ele terá problemas para tirar os seis milhões de votos”, aposta.

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