Idesam, para a sustentabilidade amazônica

Após 18 anos de trabalho de campo na Amazônia, o Idesam – Conservação e Desenvolvimento Sustentável está se consolidando como uma das organizações não governamentais com maior aplicação e maior impacto. Destaca-se no Brasil e internacionalmente, trabalhando com produtores rurais, tradicionais, ribeirinhos e comunidades indígenas. Nesse período, segundo Mariano Cenamo, diretor geral de Novos Negócios da instituição, “nossos quadros já atingiram cerca de 5 mil famílias, distribuídas em 10 municípios da região”.

Os projetos que desenvolvemos, diz Cenamo, “incentivam a busca de respostas artísticas a situações de demanda socioambiental que afetam principalmente os povos mais vulneráveis da floresta”. Portanto, “o Idesam está ciente da importância e frequentemente investe em atividades de caixa, pesquisa, empreendedorismo social, projetos de bioeconomia e estudos clínicos”. A ONG trabalha na caixa de progressão socioeconômica por meio de projetos como o Amaz, o maior efeito acelerador do norte do país, com orçamento de cerca de R$ 25 milhões. Seus investidores vêm com os empresários Dennis e Ilana Minev do Grupo Commol e Átila Denys, da DD.

A ampla diversidade de projetos e programas implementados pelo Idesam já produziu efeitos concretos para a região e o planeta, seja na mitigação climática, controle florestal e tecnologia, ou produção rural sustentável. Sua linha temática inclui Mudanças Climáticas e REDD, Rural Sustentável. Produção Florestal, Gestão e Tecnologia, Pecuária Sustentável, Políticas Públicas, Bioeconomia e Empresas de Impacto. No centro de uma infinidade de projetos de alto impacto estão: movimentação de caixa em empresas promissoras e selecionadas, como a Inatu Amazônia (logotipo coletivo criado em parceria com o Idesam, associações e cooperativas do Amazonas para comercializar produtos da floresta amazônica).

Também é mencionado o Programa Prioritário em Bioeconomia (PPBioeconomía), que consiste em localizar respostas para o uso econômico sustentável da biodiversidade, abrangendo a promoção da ciência, geração e inovação comprometida com o progresso sustentável da Amazônia Ocidental (Acre, Amapá, Amazonas, Rondônia e Roraima); busca e extensão e regata da propriedade; aldeias florestais: Madeira-Purus; Café apuí e campo sustentável; PEC da Amazônia: promoção da pecuária sustentável, monitoramento do bioma BR-319; cidades da selva, a aliança guaraná das Maués e agroecologia indígena.

A ação do Idesam, segundo Mariano Cenamo, segue um processo de maturação e expansão, apoiando as principais corporações e startups com impacto socioambiental positivo, mais um passo no longo caminho traçado na convergência com a longa jornada da Amazônia fundada em uma nova economia de baixo carbono, valorizando a população florestal e o uso sustentável dos recursos à base de plantas. E, assim, contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população, o desenvolvimento socioeconômico, a preservação do meio ambiente e a mitigação e adaptação às mudanças climáticas.

Durante a era de implementação e consolidação de seus objetivos, a ONG tem sob seu controle 8,5 milhões de hectares de florestas conservadas em 34 territórios, 737 hectares restaurados entre movimentos e projetos, 12 setores incentivados, 5. 599 famílias impactadas, 42 corporações e soluções hospedadas e/ou ligadas, R$ 5,9 milhões venderam cadeias de preços sustentáveis, num total de 23 organizações sociais envolvidas. Em reconhecimento à excelência de seu trabalho, o presidente do Novo Negócio, Mariano Cenamo, ganhou em setembro passado o Prêmio Empreendedor Social – Inovação no Meio Ambiente, promovido pela Folha de S. Paulo e pela Fundação Schwab (Fórum Econômico Mundial). Esta é a primeira vez que o prestigioso prêmio é dado ao diretor de uma instituição amazônica.

Sobre o Autor

Osiris M. Araújo da Silva é economista, escritor, membro do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas (IGHA), da Academia de Letras, Ciências e Artes do Amazonas (ALCEAR), do Grupo de Estudos Estratégicos do Amazonas (GEEA/INPA) e do Conselho Regional de Economia do Amazonas (CORECON-AM).

*O conteúdo é do colunista

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *