O momento da mão em mão será fixado no dia 30
O resultado da primeira circular deixou claro que teremos um momento circular disputado de votação para votação, e uma vez de volta, Minas Gerais só poderá ser o estado que tomará uma decisão sobre quem governará o Brasil pelos próximos 4 anos. O voto nacional dos candidatos Lula, 48,43% e Bolsonaro, 43,20% dos votos válidos, praticamente o mesmo em Minas, onde Lula obteve 48,29% e Bolsonaro, 43,6% dos votos válidos no estado.
Os votos dos mineiros do PT foram posicionados com maior intensidade nas regiões mais pobres do estado, como o Vale do Jequitinhonha e o norte de Minas, regiões que fazem fronteira com o estado com a região nordeste onde Lula saiu vitorioso. No Sul, o Sudeste (com exceção de MG), o Centro-Oeste e componente da região Norte, Bolsonaro o grande vencedor.
Diante dessa situação, insisto que a política econômica, o estilo de progressão a ser implementado nos próximos 4 anos, será o grande pano cru para a captura de votos no momento. Tudo terá a capacidade do atual governo de se convencer da importância de manter o estilo fundado em reformas capazes de reduzir a participação do Estado na economia e do papel do setor pessoal no motor do crescimento do país.
A sociedade brasileira de 1985 até hoje fez duas conquistas maravilhosas que devem ser preservadas. Primeiro, a redemocratização do próprio país, com a eleição de Tancredo Neves e o Plano Real, que devolveu a democracia e a cidadania monetária. No entanto, os partidos e políticos encarregados de salvar a democracia não fizeram muito e não conseguiram gerar o tão esperado crescimento sustentável, capaz de traduzir empregos, lucros e prosperidade para o povo brasileiro. E, em 2015/2016, enfrentamos a pior crise econômica da nossa história, marcada pelo gigantismo do Estado e pelo maior escândalo de corrupção da história.
Do governo Temer, as reformas obrigatórias prometidas desde a posse de Fernando Henrique Cardoso começaram a ser discutidas e votadas.
Jair Bolsonaro é eleito em 2018, aprova a reforma da Previdência, aperfeiçoa a reforma do trabalho árduo e envia ao Congresso a reforma tributária, que em 2021 é pela Câmara e é deixada de lado pelo Senado.
Em 2020, a pandemia Covid-19 devastou a economia e, em fevereiro de 2022, Putin declarou guerra à Ucrânia. A inflação global com alimentos e energia emergentes está punindo o mundo, e o risco de recessão nos países desenvolvidos é real.
Enquanto isso, no Brasil, a arrecadação de lucros federais está em alta, impulsionada por impostos basicamente de lucros corporativos e pela acumulação de contribuições da fonte de lucros dos trabalhadores e contribuições previdenciárias (refletindo a acumulação de emprego), a taxa de desemprego de 8,9% é a menor desde 2015, Teremos o terceiro mês consecutivo de queda da inflação que pode terminar o ano no teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (5% ao ano), o Produto Interno Bruto, o PIB, deve crescer até 3%, depois de ter subido 4,5% no ano passado e o Brasil voltou ao ranking das 10 maiores economias do mundo.
Para mim, esta eleição é um referendo sobre a escolha do modelo econômico. Podemos entre o capitalismo de Estado que prevaleceu até o impeachment de Dilma Rousseff, que nos levou à maior crise econômica da história, e a posição de mercado que o capitalismo colocou em posição do governo Temer e passou pelo governo de Jair Bolsonaro, que votou, propôs e implementou apesar da maior crise de aptidão do século e de uma guerra global em curso ainda não declarada.
Rita Mundim é economista, Mestre em Administração de Empresas e especialista em mercado de capitais e ciências contábeis
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