O sagui-de-sagui ou pigmeu é encontrado na região da floresta amazônica brasileira e nas florestas da Colômbia, Peru e Equador.
Você provavelmente ama um animal e até se perguntou se existe uma espécie gigante ou minúscula. Acontece que muitos problemas semelhantes a animais e seu tamanho, em algum momento, envolvem a Amazônia.
Um exemplo é o sagui pigmeu, considerado a menor espécie de macaco do mundo. Também conhecido como sagui do leãozinho, este macaquinho foi descoberto pela primeira vez em 1823 através do naturalista alemão Johan Spix.
Entre 1817 e 1820, o botânico Carl Friedrich Philipp von Martius (1794-1868) e o zoólogo Spix participaram de uma expedição austríaca pelo interior do Brasil, promovida entre a arquiduquesa Maria Leopoldina e o príncipe herdeiro e imperador do Brasil, Dom Pedro.
A aventura começou no Rio de Janeiro, que na época era a capital nacional, e percorreu partes do sudeste, nordeste e norte. No final da expedição amazônica, o casal de naturalistas se separou após chegar à Amazônia, a cidade de Tefé. .
Martius navegou pelo rio Japurá ao norte antes de retornar a Manaus em março de 1820. Spix foi para (então a aldeia de) Tabatinga, às margens do rio Solimões, agora território do estado do Amazonas.
Neste ponto da selva, perto da fronteira com a Colômbia, o zoólogo ganhou de presente, supostamente dos índios Tikuna, um espécime de um pequeno macaco morto. Cerca de 15 centímetros de comprimento (sem contar a cauda) e pesando aproximadamente um. cem gramas, o primata descrito através de Spix e chamado Cebuella pygmaea.
Em seu trabalho, o naturalista indicou que o animal veio da região de Tabatinga, no entanto, não especificou se o sagui na margem direita ou esquerda dos Solimões.
Segundo estudos, o pequeno mede cerca de 15 centímetros e pode pesar até 130 gramas. Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Salford, manchester, Reino Unido, em parceria com cientistas de 4 instituições brasileiras, descobriu (em 2018) que, na verdade, a espécie não é uma, mas duas.
A equipe acumulou que há cerca de 2 ou 3 milhões de anos, o saguito pigmeu se dividiu em duas espécies: Cebuella pygmaea pygmaea e Cebuella pygmaea niveiventris.
Saguis pigmeus são encontrados na floresta amazônica estrangeira, Brasil, Colômbia, Peru e Equador. Eles se alimentam basicamente de insetos e aracnídeos, mas também de frutas, folhas e seiva.
São animais diurnos e arbóreos que se movem silenciosamente dentro da floresta, próximos a cursos d’água, e podem ter uma densidade máxima nesses habitats, ultrapassando duzentos indivíduos/km².
Primatas permanecem no território até que a comida se esgote. Quando isso acontece, eles vão para outras áreas, migrando parte de um quilômetro de cada vez, em grupos.
O trabalho com esta espécie tem registrado populações que variam de cinco a nove americanos que habitam árvores. A cor do terno é uma combinação de marrom e dourado.
A espécie é monogâmade, na qual fêmeas adultas e subadultas são maiores que os machos. Os nascimentos ocorrem duas vezes por ano, com 1-3 filhotes, no entanto, o nascimento de gêmeos é comum.
Os filhotes deixam de ser amamentados quando têm sucesso aos 3 meses de idade, já são seis meses independentes.
O sagui pigmeu é o menos assustado em termos de estado de conservação, de acordo com a Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) de 2008 e o Livro Vermelho da Vida Selvagem Brasileira em Perigo.
Apesar da classificação, a população apresenta um declínio progressivo no número de americanos e é indexada no Apêndice II da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Silvestres (CITES).
As principais ameaças à presença da espécie em algumas localidades são semelhantes às causas antrópicas no meio ambiente, como perda e fragmentação de habitat devido à produção agrícola e pecuária, presença de assentamentos rurais e formação de matrizes rodoviárias. afetando a sobrevivência do mico-pigmeu, devido à redução da disponibilidade e recursos à base de plantas.
As populações da parte alta do Rio Madeira também sofreram uma forte redução populacional, devido ao efeito do desmatamento em espaços próximos e no entorno do complexo HPP do Alto Madeira. A caça internacional em partes do Equador e da Colômbia para comercialização da espécie como filhote é outra coisa que contribui para o declínio populacional, e também é a principal razão pela qual foi incluída no Apêndice I do CITES em 1977-1979 e mais tarde no Apêndice II.
Em terras brasileiras, o mico-pigmeu é encontrado em seis unidades de conservação, somando o Parque Nacional da Serra do Divisor, a Reserva Biológica abufari (margem esquerda do Rio Purus), a Estação Ecológica do Rio Acre, a Estação Ecológica Juamí-Japurá, a Estação Ecológica jutaí – Estação Solimões, Estação Ecológica de Mamirauá, Parque Ambiental Chico Mendes, Parque Zoobotânico e Serra Três Irmãos.
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