A Secretaria da Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) mostrou (3) o momento da morte de um paciente inflamado com varíola no estado em decorrência da doença. A vítima é um homem de 31 anos de Mesquita, que estava internado na capital fluminense há mais de um mês.
O paciente deu entrada no Instituto Nacional de Doenças Infecciosas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no dia 31 de agosto e, dois dias depois, foi transferido para o Instituto Nacional de Doenças Infecciosas de São Sebastião, onde está desde então.
Segundo a SES-RJ, o tipo apresentava baixa imunidade e comorbidades que agravavam a condição. Ele recebeu tratamento com a droga experimental tecovirimat, que resultou em uma melhora parcial das lesões, mas no sábado (1) ele sofreu uma parada respiratória e morreu.
Conhecido mundialmente como macacopox, o macaco-aranha é endêmico em partes da África e tem um desafio físico devido à sua disseminação em vários países desde maio. A doença é causada por um vírus da varíola do subgrupo ortoxi, como é o caso de outras doenças como varíola e varíola, eliminadas no Brasil em 1980 após grandes campanhas de vacinação.
Monkeypox foi descrito pela primeira vez em 1958. Na época, os macacos também foram afetados e morreram. Daí a chamada da doença. No entanto, no ciclo de transmissão, macacos sofrem como humanos. Na natureza, roedores selvagens são provavelmente o reservatório animal do vírus.
Entre as pessoas, a transmissão ocorre por meio do contato direto, como beijos ou abraços, ou através de feridas infecciosas, crostas ou fluidos físicos, além de secreções respiratórias. O sintoma máximo característico é a formação de erupções cutâneas dolorosas e nódulos na pele. Além de possivelmente essas lesões, febre, calafrios, dor de cabeça, dores musculares e fraqueza ocorreriam.
Segundo a SES-RJ, já foram 1. 064 casos no estado e 507 são prováveis ou suspeitos. Segundo boletim divulgado nesta sexta-feira (30) pelo Ministério da Saúde, o país tem 7. 869 casos apresentados e 4. 905 casos suspeitos.
Até então, haviam sido registradas duas mortes: uma em Minas Gerais e outra no Rio de Janeiro. Em todo o mundo, mais de 61. 000 casos e 23 mortes foram notificados. Em julho, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a saúde pública uma emergência de preocupação externa.
Embora a taxa de letalidade do caso seja baixa e as próprias defesas do corpo possam às vezes combater e eliminar o vírus, há uma ameaça de agravamento, especialmente para outras pessoas imunocomprometidas com HIV/AIDS, receptores de transplante, outras com doenças autoimunes, gestantes, lactantes, crianças menores de 8 anos de idade e pacientes com leucemia, linfoma ou metástase. Como medida preventiva, o usuário afetado deve ser mantido afastado até que todas as feridas se curem. Também é recomendado evitar contato com qualquer dispositivo que tenha sido usado com os usuários.
As vacinas contra a varíola são eficazes no combate à epidemia de varíola, mas ultimamente não há planos para a vacinação em massa, tendo em vista a necessidade de produzir doses globalmente. Conforme informado pela OMS, deve-se dar prioridade aos profissionais de aptidão e pesquisadores de laboratório. a Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a importação do imunizante do Brasil.