A quantidade e a qualidade dos recursos florestais do Amapá serão medidas a partir de uma coleta de dados iniciada por meio do Inventário Florestal Nacional (IFN), que faz parte do Serviço Florestal Brasileiro (SFB).
Cerca de duzentas pessoas no estado recebem visitas de especialistas para analisar o condicionamento físico e a energia das árvores. Os efeitos terão liderança pública na implementação de políticas de conservação e controle florestal.
E essa coleta de conhecimento também se baseia em entrevistas com cidadãos residentes nas regiões próximas aos pontos. O conceito é perceber sua datação com a floresta e os recursos gerados através dela, como óleos, sementes e a própria madeira.
Há a coleta de solo e material botânico, que irá para a herbaria, conforme explica Humberto Navarro Junior, coordenador geral de estoque florestal e da SFB.
“Eles recolhem porções das plantas que passam para a herbaria do Amapá, na região amazônica, e uma duplicata desse tecido também é enviada para o Herbário Nacional, no Rio de Janeiro. Também em setembro iniciamos atividades que viajam pelo Brasil, coletando dados de 20 a 20 quilômetros”, explicou o coordenador geral.
Em todo o Estado, apenas os espaços indígenas terão uma riqueza de conhecimento. A primeira fase no Amapá tem um atraso de cerca de 6 meses para ser concluída.
“Mapeie o único estado onde não coletamos nada. No Amapá serão 200 amostras, ou unidades amostrais. Em cada unidade coletamos informações, sejam biofísicas ou socioambientais”, enfatizou Navarro.
Dos estados que cobrem a floresta amazônica, Amapá, Amazonas, Pará e Mato Grosso ainda possuem aglomerados no solo. Acre, Roraima e Rondônia já terminaram esta fase.
Os estados do Tocantins e Maranhão estão muito próximos da conclusão dos relatórios. Dezoito estados em todo o país enviaram os relatórios, que estão disponíveis no site do Sistema Nacional de Informações Sobre Florestas.
A arrecadação no Amapá é realizada por meio do SFB, vinculado ao Ministério da Agricultura, com recursos do Fundo Amazônia, controlados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Durante a coleta, os grupos passarão por todos os municípios do Estado para fazer a vistoria em dinheiro.
O Inventário Florestal Nacional é implantado por meio do Serviço Florestal Brasileiro e está previsto no Código Florestal (Lei 12. 551/2021). Trata-se de um levantamento que busca conhecer os recursos florestais brasileiros para fórmulas de políticas públicas e ajudar a identificar métodos e oportunidades para o uso sustentável, recuperação e conservação dos recursos florestais.
Até o final de setembro, mais de 430 milhões de hectares haviam sido inventariados, o que corresponde a 51% do território nacional.
Por Rafael Aleixo, g1 AP — Macapá