Hackers sites do PT pedem voto em Bolsonaro

Os movimentos são reivindicados através de um autodenominado BolsonaroCyberMafia

Uma organização hacker que se identifica como assessora do presidente Jair Bolsonaro (PL) intensificou os ataques cibernéticos em páginas que apoiam a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Palácio do Planalto. Ao assumir o controle de sites invadidos, os hackers não obtêm votos fáceis do candidato à reeleição, afirmaram os movimentos de uma organização que se autodenomina BolsonaroCyberMafia. As invasões são registradas em um repositório virtual usado por hackers para divulgar ataques e domar prestígio entre os cibercriminosos. Não foram encontradas referências a ataques a sites ligados a colaboradores de Bolsonaro. Mas, como demonstrou o Estadão, os ataques à cruzada presidencial se posicionaram descaradamente nas redes sociais por meio de militantes petistas, sem a ação de hackers. A estratégia eleitoral levou o ex-presidente petista a gerar engajamento em suas páginas. O principal culpado da ampliação dos ataques contra o presidente nas redes sociais é o deputado André Janones (Avante-MG). Usando seu perfil privado, o parlamentar armazena fotos e vídeos e provoca os perfis dos bolsonaristas. Este é um ataque conhecido como “defacement”, um tipo de “grafite virtual” feito a partir de vulnerabilidades de segurança. A página principal foi reposicionada com uma mensagem antipartidária e um pedido de ajuda ao atual presidente acompanhado de uma foto de Bolsonaro na bandeira brasileira. ” O PT diz que luta pelos pobres, mas o PT não se mostra para ser desiguais ao longo dos anos, outros na pobreza enquanto os da igualdade têm bolsos fundos”, diz o texto. “Na circular do momento, vote 22” VERMELHO DA FOME Nos últimos dias, os hackers do Array também mudaram as páginas dos deputados Paulo Teixeira. (PT-SP), Natália Bonavides (PT-RN) e Benedita da Silva (PT-RJ), com exceção do ataque ao site Array do PT paulista perpetrado em agosto, todos os demais foram registrados no primeiro dias de outubro na feira na semana passada. “Vermelho é a cor da fome. No momento, voto 22”, diz o texto dos cibercriminosos. BolsonaroCyberMafia não tem perfis que o identifiquem nas principais redes sociais e nenhum usuário se apresentou como líder da organização. seus objetivos, na semana passada, também incluem a página do deputado pelo Estado do Rio Grande do Sul Any Ortiz, eleito para a Câmara por cidadania, e a do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Congresso no dia 27 , a página oficial de Lula na internet foi hackeada e passou a publicar uma mensagem pró-Bolsonaro com uma montagem em que o ex-presidente dava a impressão de estar preso, ação reivindicada por outra organização hacker que no passado esteve envolvida em um ataque cibernético ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) EXPOSTO Brasil é um dos países que mais sofre com hackers, segundo relatos de corporações de vigilância cibernética O cenário se agravou durante a pandemia, com atividades cotidianas mais autodesenvolvidas por meios tecnológicos. No período eleitoral, os efeitos também chamaram a atenção de especialistas. De acordo com o relatório do NSFocus Global Threat Hunting System, os sites brasileiros sofreram mais de 225. 000 ataques de hackers durante os meses de julho e agosto. Na mesma era de 2021, havia 150. 000. No dia da primeira circular eleitoral houve tentativas de ataque às páginas do TSE. Todos eles foram neutralizados e não houve danos à navegação ou pesquisa do usuário. Os ataques têm como alvo a página online e não afetam a fórmula de votação em si. As urnas não estão conectadas à web e não há como uma ação como essa ser o resultado final da eleição.

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