Assassinada aos 20 anos no início da década de 1940, Rosalina da Silveira tornou-se milagreira.
Segundo Neves, Rosalina, uma jovem instrutora que lecionava no antigo Grupo Escolar 7 de Setembro, onde hoje é o Palácio das Secretarias, no centro da capital, morava mais ou menos contrária ao atual Colégio de Aplicação, na Avenida Getúlio. onde hoje é o corredor da cidade de Rio Branco. Inaugurado na década de 1930, só foi desativado na década de 1940, quando o governador Guiomard Santos inaugurou a colônia penal ao ar livre do aglomerado. “Muito provavelmente, essa prisão será desativada por causa do que aconteceu com a professora Rosalina”, disse Neves.
Atrás da prisão, havia um domínio separado apenas por uma cerca onde os prisioneiros tomavam sol. Um desses prisioneiros era um cara conhecido apenas como Lázaro, que, segundo o historiador, era incrivelmente violento e se absteve de fazê-lo através dos próprios prisioneiros.
“O único amigo que eu tinha era um jornalista chamado Práxedes, que o visitou e acabou encaixando o eixo do caso da professora Rosalina”, disse.
Para ir de casa para o trabalho, o instrutor passava pela prisão todos os dias. Até aquele dia ela chamou a atenção de Lázaro, que então começou a expandir sua obsessão por ela. “Ele ficou encantado com a boa aparência do instrutor e desde aquele dia ele estava esperando por ela”, diz o historiador. Analfabeto, Lázaro então pediu ao jornalista para escrever uma carta em seu nome para o professor apontando seu amor. Praxedes teria tentado convencer seu amigo a abandonar a ideia, mas pode simplesmente não fazê-lo e eventualmente atendeu ao pedido feito pelo prisioneiro e escreveu a carta. No entanto, a carta nunca foi entregue a Rosalina.
Nas semanas seguintes, Lázaro começou a pressionar Praxedes para que o instrutor reagisse. O jornalista então teve a ideia de escrever a resposta de Rosalina. o professor e o próprio Praxedes escreveram as respostas do professor a Lázaro”, diz ele. Ele cometeu. A notícia se espalhou rapidamente, chegou aos ouvidos de Lázaro e ficou furioso”, diz Neves. Eu costumava realizar serviços de manutenção urbana. Aconteceu em 25 de novembro de 1941, Lázaro estava correndo pela praça e carregando um facão, quando viu que o instrutor saiu do espaço para ir trabalhar. Furioso, ele correu até ela e colocou o objeto no peito de Rosalina, que não resistiu e morreu, inocente a história.
Traumatizada, o círculo de parentes de Rosalina deixou o Acre e, segundo o historiador, ainda hoje, os pais remanescentes da professora que a história possivelmente teve outros fatores. Eu já sabia que o assassino ia tomar uma posição e não fez nada”, disse ele. Segundo o historiador, alguns relatos afirmam que o preso cometeu suicídio em seu celular no dia de sua libertação. Outros dizem que o jornalista também deixou o estado. como é o círculo de parentes de Rosalina, mas nenhuma fonte é confiável em seu caso.
Após a trágica morte de Rosalina, sua história começou a atrair curiosos e foi então que começaram as histórias de milagres atribuídos ao instrutor. Para Marcus Vinícius, isso pode ser explicado pela própria cultura. “Essas características do cristianismo primitivo fazem parte da cultura popular acreana, com raízes nordestinas, em que a religião se manifesta no comum dos outros e se proporciona na dor e no sofrimento dos oprimidos”, explica Neves. O caso da professora Rosalina é apenas um dos vários casos de religiosidade popular que existem na cultura acreana. “É o caso de São João do Guarani, seringueiro que morre debaixo de uma árvore após ser maltratado por seu patrão; Santa Raimunda do Bom Sucesso, índia Jaminawá que morre grávida; e é o caso de Amin Contar, comerciante que assassinou injustamente”, conta. Uma das outras pessoas que acende uma vela para Rosalina todos os anos é a funcionária pública Wanda Soares, 51, que cresceu ouvindo a mãe contar a história da professora. O pedido foi em 2014, mas ele conta que há muitos relatos de outras pessoas que tiveram a graça atendida por meio do instrutor: “Todas as outras pessoas que vêm pedir você conseguem coisas. A fé vem de Deus. ” e sua natureza inteligente e a maneira como ele morreu”, diz ele.