Brasília (DF) – O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) comentou sobre a assembleia que teve à tarde com o presidente derrotado e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL). Segundo o vice de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que venceu no último domingo (30), o atual chefe do Executivo – cujo mandato vai até 31 de dezembro – reiterou seus “compromissos com a transição” e disse que vai colaborar.
“É positivo. O presidente [Bolsonaro] convidou. Estávamos indo embora. Para que eu possa ir ao escritório dele.
“E reiterou o que o ministro Ciro Nogueira e o ministro General Ramos disseram sobre a disposição do governo federal em fornecer todas as informações, colaborações, para que haja uma transição pautada pelo interesse público”, disse.
Essas declarações vieram após uma assembleia entre Alckmin e o presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), ministro Bruno Dantas, no final da tarde desta quinta-feira (3). A reunião com Bolsonaro tomou uma posição antes disso, no Palácio do Planalto, e não planejada.
“O presidente Bolsonaro então fala sobre o conteúdo da conversa. Mas foi, em suma, um dos compromissos em relação à transição. Com base na transparência, continuidade do trabalho, planejamento, previsibilidade”,
Alckmin fez sua primeira parada hoje no Palácio do Planalto, sede do executivo, em Brasília. Em entrevista à imprensa, o ex-governador de São Paulo disse que os quadros da equipe de transição começarão na próxima segunda-feira (7), quando Lula retorna de seu recesso pós-eleitoral.
Além disso, criticou os protestos de apoiadores insatisfeitos com a derrota nas urnas do presidente e candidato à reeleição de Jair Bolsonaro.
Segundo Alckmin, indicado por meio de Lula para coordenar o processo de transição, o bloqueio rodoviário promovido pela militância bolsonarista no último domingo (30/10) viola “o direito de ir e vir”. Os protestos geram perdas para a população.
“O direito de ir e vir é sagrado. Não é imaginável impedir que outros se movam. Isso é sério. Você pode comprometer a saúde de outras pessoas, suprimentos, hospitais, transplantes, vacinas, alimentos, combustível. Perda!
Alckmin descreveu como “frutífera e objetiva” a primeira troca verbal com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), com o general Luiz Eduardo Ramos, ministro da Secretaria-Geral da Presidência, e com um grupo de assessores do governo Bolsonaro.
O vice-eleito também disse que o general Ramos parabenizou a equipe de Lula pela vitória e “desejou que eles trabalhassem”.
*Com de la Uol
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