Apesar da redução de 11%, o desmatamento na Amazônia ultrapassa os 11 mil km²

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O governo Bolsonaro levou o país a uma taxa de 7. 500 km² e manteve os números com um viés ascendente durante os quatro anos de seu governo.

O domínio desmatou 11. 568 quilômetros quadrados na Amazônia entre agosto de 2021 e julho de 2022, segundo dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal via Satélite (Prodes), que são oficialmente conhecidos do Governo Federal, divulgados nesta quarta-feira. 30) por meio do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

O Pará, mesmo depois de reduzir a taxa de desmatamento em 21% em relação ao ano anterior, continua sendo o campeão em 2022, com mais de 4. 000 km² de espaços afetados. Seguem-se Amazonas, com 2. 607 km², Mato Grosso, com 1. 906 km² e Rondônia, com 1. 512 km². Acre desmatou 847 km², Maranhão, 282 km², Roraima 240 km², Tocantins, 27 km² e Amapá, 6 km². Apenas o Amazonas teve crescimento de 13% nas taxas.

“Um estado se destaca e uma tendência muito preocupante já está aparecendo: o Amazonas, que não tem a malha viária que Mato Grosso tem, que promete áreas florestais, tem uma produção agrícola ainda menos abundante, mas, apesar de tudo, seu desmatamento superou o de MT, com um ciclo de máximos que começou em 2018 e se intensificou nos últimos quatro anos, com um acúmulo de quase 150%”, explica Mauro Armelin, Diretor Executivo da Amigos da Terra – Amazônia Brasileira.

Desmatamento no governo Bolsonaro

O desmatamento continuou a aumentar durante o governo de Jair Bolsonaro. Os números do Prodes 2021 (período de agosto de 2020 a julho de 2021) foram de 13 mil km² de domínio desmatado, o maior desde 2006, quando os números começaram a diminuir, mas a partir de 2015, o domínio desmatado voltou a se acumular, principalmente nos últimos 4 anos.

“O regime Bolsonaro é um artifício para destruir florestas. Pegou o país com uma taxa de 7. 500 km2 de desmatamento na Amazônia e o entrega com 11. 500 km2. A única notícia inteligente do atual governo é o seu fim”, diz Marcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima.

Os dados do Inpe estavam em operação desde 3 de novembro, antes do início da Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP27), realizada em Sharm el-Sheikh, no Egito, mas a divulgação só foi feita dez dias após o fim do evento. A cultura de disseminação do conhecimento na COP, mantida desde 2005 por meio dos governos brasileiros, foi prejudicada pelo governo Bolsonaro por dois anos consecutivos.

Um dos destaques da ocasião da COP27 foi o discurso do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no qual ele pressionou que, em seu governo, a redução do desmatamento será uma prioridade, feito que conseguiu em seu último mandato.

Vendas florestais

Apesar das taxas máximas de desmatamento e dos compromissos assumidos em todo o país na última conferência meteorológica, 3 projetos de lei da COP27 (PL) foram aprovados na semana passada, o que mostra que o Brasil ainda se opõe à corrente para agir em favor de uma substituição. escenario. PL 195/21 e PL 2168/21, que flexibilizam o Código Florestal, fazem parte do chamado “pacote de destruição” e do “Saldão das Florestas”, e têm a perspectiva de legalizar o que hoje é desmatamento ilegal.

Para Roberta del Giudice, secretária-executiva do Observatório do Código Florestal (OCF), a aprovação desses projetos diante do conhecimento negativo é irresponsável, e o cenário só será substituído quando houver um compromisso do Congresso de colocar o Código Florestal em vigor. .

“A lei só será bem implementada quando o Congresso Nacional der sinais transparentes de que não haverá mais flexibilização ou adiamento. A aprovação desses projetos na Câmara dos Deputados é totalmente irresponsável, dada a situação existente de desmatamento, aquecimento global e biodiversidade. perdas”, diz Del Giudice.

Por: Nicole MatosEditor: Aldrey RiechelFonte: Amazônia. org

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