Um artigo na revista Nature Ecology
“O conceito da publicação surgiu quando analisamos a perda de conhecimento da taxa por meio do programa Inpe Queimadas”, explica Guilherme Mataveli, pesquisador de pós-doutorado da Divisão de Observação da Terra e Geoinformática do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e pesquisador da FAPESP. companion.
Geralmente, a frequência de incêndios se acumula regularmente nesses dois meses, que correspondem ao momento em que as condições climáticas são máximas favoráveis para queimadas em uma parte da Amazônia. Mas a maior ocorrência de incêndios em 2010 é explicada por um episódio de seca excessiva. Em 2022, não houve nada parecido, ou seja, o acúmulo em pontos quentes estava obviamente relacionado a outros fatores”, diz Mataveli, que estuda, usando sensoriamento remoto e modelagem, a influência da Terra. uso da terra e dossel sobre as emissões de material particulado fino de incêndios nos biomas Amazônia e Cerrado.
Quando a organização dos cientistas analisou onde estavam os hotspots, com base em outros conhecimentos fornecidos em massa no portal TerraBrasilis do INPE, observaram que a maioria (62%) havia ocorrido em áreas de desmatamento recente. Além disso, em comparação com os mesmos dois meses de 2021, a ocorrência de focos de calor em espaços de desmatamento recentes em agosto e setembro disparou para 71%; e alertas de desmatamento emitidos por meio da fórmula de dissuasão do Inpe corroboraram a análise, indicando que o domínio desmatado é 64% maior.
“Outra pesquisa que apresentou efeitos preocupantes foi a localização desses hotspots em relação à elegância da terra, ou seja, se eles estavam em terras públicas, pequenas fazendas ou propriedades pessoais pequenas ou gigantes”, diz Mataveli. Os dados também podem ser descobertos no portal TerraBrasilis do Inpe e são descobertos no Cadastro Ambiental Rural (RAC), uma ferramenta necessariamente autodeclarativa por meio da qual o proprietário de uma propriedade rural entrega dados sobre as características ambientais de seu patrimônio ao organismo culpado. Dos hotspots detectados em agosto e setembro de 2022, 35% ocorreram em terras da Coroa onde o LPR não é necessário, como conjuntos de conservação e terras indígenas. Houve uma acumulação de 69% em hotspots nesses espaços não CAR em comparação com a mesma era de dois meses em 2021. “Nos últimos anos, a Amazônia se tornou mais vulnerável à grilagem de terras e esse acúmulo significativo de incêndios é um dos resultados do processo”, diz o pesquisador.
Metas climáticas
O avanço dos incêndios, do desmatamento, da degradação florestal, da mineração ilegal e da grilagem de terras na Amazônia contraria as metas mundiais do Brasil para combater o aquecimento global, como acabar com o desmatamento ilegal até 2028 e reduzi-lo em 50% até 2030, em comparação com os níveis de 2005. emissões de gases com efeito de estufa.
Além de seus efeitos negativos sobre a biodiversidade e a manutenção de ecossistemas essenciais para a vida humana, como a regulação climática, o desmatamento fora de controle e atividades relacionadas, colocam em risco a economia brasileira. Compradores de matérias-primas, como a União Europeia, estão em processo de aprovação de novas regras que os impedem de adquirir bens produzidos em áreas desmatadas ou degradadas.
“Este artigo responde a um desafio sistêmico que a sociedade terá que enfrentar seriamente. Reverter esse cenário consiste em punir os infratores, implementar políticas públicas eficazes, se comunicar com a sociedade e buscar soluções alternativas, baseadas em ciência de ponta, sustentáveis para a progressão da região”, alerta Luiz Aragão, coautor do artigo.
“Identificar e responsabilizar aqueles que destroem ilegalmente a maior floresta tropical do mundo é uma das difíceis responsabilidades da linha do tempo ambiental que o governo federal enfrenta e que começa em 2023”, diz o cientista, que sintoniza o artigo com Luciana. Vanni Gatti e Nathália Carvalho (INPE), Liana Oighenstein Anderson (Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais), Gabriel de Oliveira (Universidade do Sul do Alabama), Celso H. L. Silva-Junior (Universidade da Califórnia, Instituto de Tecnologia da Califórnia e Universidade Federal do Maranhão) e Scott C. Stark (Universidade Estadual de Michigan). Aragão, Anderson e Gatti também recebem apoio da FAPESP.
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