Os fabricantes de Manhuaçu e Vargem Bonita são os campeões deste ano
Por: Victor Eduardo
Ercilei José de Oliveira, do município de Manhuaçu, na região das Matas de Minas, produziu café arábica no estado, a partir da safra de 2022. Capim-limão, pão de mel, melaço, panela, manga, goiaba, chocolate ao leite, doce de leite e raspas de limão.
O café pronto com o grão apresenta uma acidez cítrica, com um corpo denso e doce. Com todos esses ativos, recebeu 91,4 mil exemplares na escala da Associação de Cafés Especiais (SCA), referência estrangeira no setor. Para ter sucesso no grande campeão, cerca de 16. 500 xícaras de café foram degustadas nas várias etapas de degustação.
Em rito realizado na sede da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), em Belo Horizonte, nesta quarta-feira (7), os produtores dos cafés de Minas Gerais, além dos vencedores do 15º Concurso Nacional de Queijos Artesanais (QMA), além dos campeões da primeira edição do Concurso Nacional de Queijos Artesanais de Alagoa e Mantiqueira de Minas. As licitações são promovidas por meio da Emater-MG, empresa vinculada à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa-MG).
De acordo com o diretor-presidente da Emater-MG, Otávio Maia, as competições são uma estratégia para divulgar a melhoria contínua da qualidade e elevar o preço da produção: “Está cada vez mais complicado para os cafés e queijos mais produtivos do estado. E é muito inteligente ter essa grande competição, que mostra a evolução das cadeias produtivas”, disse.
O diretor do Sicoob Central Crediminas, Elson Rocha Justino, falou em nome dos patrocinadores do festival: “A Emater-MG é uma gigante da assistência técnica e extensão rural no país e, ao mesmo tempo, consegue simplicidade no atendimento para aproximá-la dos produtores rurais. Esse festival do café tem repercussão no exterior pela importância do cultivo do café em Minas Gerais no contexto mundial”, disse. Outro patrocinador é a rede de supermercados Verdemar.
Neste ano, o festival nacional de qualidade do café conquistou 1. 422 amostras de café arábica de 153 municípios das 4 regiões geradoras do estado. O domínio com maior número de inscrições Matas de Minas, com 726 amostras. Depois veio Sul de Minas, com 454; Cerrado Mineiro, com 159; e Chapada de Minas, com 83.
A investigação física dos grãos e das características sensoriais das amostras seguiu a metodologia da AEC. Foram levados em consideração os atributos de fragrância, aroma, sabor, acidez, corpo, uniformidade, ausência de defeitos, doçura, acabamento, equilíbrio e avaliação geral.
Os primeiros lugares de cada região nas categorias Natural e Pelado/Despulpado ou Demucilado conquistaram troféus. E, para destacar o papel cada vez mais importante das mulheres no cultivo do café, a fabricante com a maior pontuação no festival recebeu a Medalha Mulher Empreendedora. A vencedora foi Silvânia Veiga Teixeira de Lacerda, do município de Espera Feliz, em Matas de Minas. O café produzido em seus ativos na safra 2022 ultrapassou 90. 100 exemplares e obteve a 3ª posição na qualificação geral da festa estadual e posição regional do momento, na categoria de cerejas descascadas.
Em uma disputa acirrada, o 15º Concurso Nacional de Queijos Artesanais de Minas (QMA) é o grande campeão com o queijo Cristina, produzido através de Maria Cristina Costa Faria, do município de Vargem Bonita, na região da Canastra. O queijo (com 15 dias de maturação) alcançou uma pontuação de 91,44.
“Faço queijo desde pequena e tentei localizar o produto mais produtivo, mas você acaba se surpreendendo por ser o primeiro”, entusiasma-se a fabricante Maria Cristina Faria.
Ainda com uma pontuação de mais de 91 pontos, a posição no momento foi para o Queijo Bicas da Serra, fabricante José Orlando Ferreira Junior, do município de Carrancas, Campo das Vertentes. Delicaceza (com 23 dias de maturação) obteve 91,38 pontos. os campeões foram: Queijo Tropeiro (de João José de Melo/Serra do Salitre, pontuação de 87,88 pontos) na 3ª posição; Queijo Jacuba (de Maria Teresa Viana Boari, Coronel Xavier Chaves/Campo das vendas, nota 87,50) na quarta posição, e queijo Estrela (Aécio de Oliveira, de São Roque de Minas/Canastra, nota 87,09), na 5ª posição. Para os queijos QMA mais produtivos do estado, os juízes avaliaram critérios como aparência externa, cor, textura, consistência, cheiro, aroma e sabor.
Este ano, a maravilhosa novidade da disputa é a celebração da primeira edição do Concurso Estadual de Queijos Artesanais de Alagoa e Mantiqueira de Minas.
“O que tornou imaginável fazer uma edição especial dos queijos de Alagoa e Mantiqueira de Minas é porque eles agora têm regulamentos. E Queso Artesanal de Minas (QMA) e Alagoa têm outros perfis. QMA é um queijo de leite cru que não passa por nenhum aquecimento Alagoa também é feito com leite cru, mas a massa passa por um processo de aquecimento. Então, a forma de fazer as coisas, a textura e a consistência são diferentes, então não podemos julgá-las na mesma categoria”, explica a coordenadora estadual de Queijos Artesanais Minas de Emater-MG, Maria Edinice Rodrigues.
A primeira posição foi para o Queijo Fazenda Entre Morros, através do fabricante Marcelo Fonseca de Andrade, de Alagoa. Manjar (com 20 dias de maturação) obteve uma pontuação de 82,26 pontos. tem se destacado ao longo dos anos graças ao empenho da minha família, dos meus colaboradores e da Emater-MG”, afirma Marcelo Andrade.
Queijo Sabor da Alagoa, através do fabricante Francisco Antônio de Barros Júnior, de Alagoa, no lugar do momento, com pontuação de 80,47 pontos.
Os demais vencedores foram: Queijos Almeida Guimarães (de Adriana Maria de Almeida, de Itanhandu/Mantiqueira de Minas, pontuação de 79,88 pontos) em 3º lugar; Queso Aparecido (de Júlio Silvestre de Lima, de Carvalhos/Mantiqueira de Minas, pontuação de 78,88 pontos), em quarto lugar, e Perroni Queijos (de Neiva Francisca Mfinishs Romanelli, de Itamonte/Mantiqueira de Minas, 78,82 pontos) em 5º lugar. No final do evento, foi realizada uma degustação de queijos.
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), parabenizou os fabricantes finalistas de café e queijo em um vídeo divulgado na cerimônia de premiação. “Nosso estado é o maior fabricante de café do Brasil, então ocasiões como essa devem ser valorizadas. “participar de competições promovidas através da Emater-MG ter suas laticínios cadastradas no Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) ou no serviço de inspeção municipal, o que garante a qualidade dos produtos avaliados.
Durante o evento, o Coordenador Geral de Sistemas Integrados de Produção Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Marcus Vinícius de Miranda Martins, entregou um certificado de popularidade do Café Certa Minas, por meio do Programa MAP Boas Práticas Agrícolas, ao Assessor Técnico Julián Carvalho, que representou a Secretaria de Estado da Agricultura no rito da premiação. Também estiveram presentes o deputado estadual Antônio Carlos Arantes e o superintendente de Relações Institucionais da Faemg, Altino Rodrigues Neto. O rito contou ainda com a participação musical da violonista Chico Lobo escuela, de Santana dos Montes.
Descubra os vencedores.
1º lugar – Maria Cristina Costa Faria – Vargem Bonita (região da Canasta)
2º lugar – José Orlando Ferreira Junior – Carrancas (Campo das Vertentes)
3º lugar – João José de Melo – Serra do Salitre
4º lugar – Maria Teresa Viana Boari – Coronel Xavier Chaves (Campo das Vertentes)
5º lugar – Aécio de Oliveira – São Roque de Minas (Canastra)
6º lugar – Eurico Taroco – São João Del-Rei (Campo das Vertentes)
7º lugar – Reinaldo de Faria Costa – Vargem Bonita (Canastra)
8º lugar – Reginaldo de Assis Castro – Tapira (Araxá)
9º lugar – Ronaldo José Lemos – Campos Altos (Araxá)
10º lugar – José Américo Afonso Bernardes – Sacramento (Araxa)
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