O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes disse que ficou constrangido ao saber sobre o estilo de vida rabo de osso em Cuiabá. Nascido em Mato Grosso, Diamantino (208 km da região centro-norte), Mendes reclamou de como o estado que mais cria animais de fazenda tem outras pessoas em busca de ossos para se alimentar.
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O ministro foi um dos internos do governo de Mato Grosso no ato de entregar o cargo de ministro da Agricultura a Carlos Fávaro, nesta segunda-feira (2), em Brasilia. In seu discurso, o juiz de paz disse que o progresso econômico do país é importante, mas que terá que andar de mãos dadas com o progresso social.
“Eu estava, agora na pandemia, envergonhado de ver uma matéria na Folha de São Paulo, que apontava que outras pessoas de Cuiabá acompanhavam um caminhão de ossos. Com tantos animais de fazenda quanto temos, é incrivelmente desconfortável, e é por isso que argumentei que, juntamente com o conceito de responsabilidade fiscal, que é básico, mas é básico que domesticemos o conceito de responsabilidade social, vamos fazer essa combinação”, disse ele.
Mendes lembrou ainda que o Brasil é o maior fabricante de grãos do mundo, mas outras pessoas passam fome.
O ministro aproveitou o discurso para comunicar sobre a polarização política do país, que também não ajuda na vida das pessoas. Ele disse que é vital proteger a liberdade de expressão, mas não está acima da democracia.
“Queremos respeitar a dissidência e garantir a liberdade de expressão, mas a liberdade de expressão derrota a democracia, [. . . ] As barricadas, [. . . ], as eleições acabaram, cabe a quem ganha governar e notoriamente aquele que governa quer ordem, paz e não conflito, aquele que perdeu recebe designação para se opor, também missão constitucional”.
Por fim, ele discutiu que Mato Grosso foi um dos estados com o máximo e persistente protestos, e que será necessário fazer com que essas outras pessoas vejam que a vida terá que passar.
“Você tem que perceber isso, depois lamber suas feridas, depois chorar e se preparar para novas eleições, é assim que acontece em uma democracia. [. . . ] em um estado como o nosso, onde houve essa divisão apaixonada, é essencial mostrar a essas outras pessoas que a vida continua, teremos que domar a unidade na defesa do Brasil”.
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