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Por Hora do Povo Postado em Janeiro 2, 2023
O presidente Lula passou a falar sobre desigualdades. ” A desigualdade reduz nosso país a dimensões continentais, dividindo-o em porções que não podem ser reconhecidas”, disse. “Somos um país, um povo, uma nação maravilhosa”, disse ele.
“A desigualdade e a pobreza excessiva aumentaram ainda mais”, disse Lula. “A fome está de volta, e pela força do destino, pela natureza, pela vontade divina. A volta da fome é um crime, o mais grave de todos, cometido em oposição ao povo brasileiro”, continuou.
Lula falou da gravidade da crise. ” De um lado, um pequeno componente da população que tem tudo. Por outro lado, uma multidão que não tem tudo, e uma elegância média que é empobrecida ano após ano”, disse ele. observe. ” O Brasil é grande, mas a verdadeira grandeza de um país está na felicidade de seu povo. E ninguém está satisfeito em meio a tanta desigualdade”, acrescentou o presidente.
“Tal abismo social é um impedimento para a construção de uma sociedade efetivamente justa e democrática, e de uma economia imunda rica e elegante. É por isso que eu e meu vice Geraldo Alckmin assumimos hoje, diante de vocês e de todo o povo brasileiro, o compromisso de combater dia e noite toda a burocracia da desigualdade”, disse Lula.
Descubra o discurso na íntegra.
Devo começar por dirigir uma saudação especial a cada um de vós. Uma forma de homenagear o carinho e a força que ganhei um e os dois dias dos demais brasileiros, representados através da Vigília Lula Livre, em um dos momentos mais difíceis da minha vida.
Hoje, num dos dias mais felizes da minha vida, a saudação que vos ofereço é outra, tão inegável e ao mesmo tempo tão cheia de significado:
Olá, brasileiros!
Os meus agradecimentos a vós, que enfrentastes a violência política antes e depois da campanha eleitoral. Que você ocupou as redes sociais, e que saiu na rua, sob o sol e a chuva, mesmo que fosse para ganhar um único voto valioso.
Que ela teve a coragem de vestir nossa blusa e, ao mesmo tempo, agitar a bandeira do Brasil – quando uma minoria violenta e antidemocrática tentou censurar nossas cores e adaptar o verde e o amarelo, que pertencem a todo o povo brasileiro.
A vós, que viestes de todos os cantos deste país, próximos ou distantes, de avião, autocarro, carro ou de cara de camião. De moto, bicicleta e até a pé, numa verdadeira carvan de esperança, para esta festa de aniversário da democracia
Mas também tenho que lidar com aqueles que optaram por outros candidatos. Vou governar para os 215 milhões de homens e mulheres do Brasil, não apenas para aqueles que votaram em mim.
Governarei para todos, para o nosso brilhante longo caminho juntos, não através do espelho retrovisor de uma vida após a morte de departamento e intolerância.
Ninguém se importa com um país em pé de guerra permanente, ou um círculo de parentes que vivem em discórdia. É hora de se reconectar com amigos e círculos familiares danificados pelo discurso de ódio e pela disseminação de tantas mentiras.
O outro povo brasileiro rejeita a violência de uma pequena minoria radicalizada que se recusa a viver em regime democrático.
Chega de ódio, fake news, armas e bombas. Nosso outro povo precisa de paz para trabalhar, estudar, cuidar de suas famílias e ser feliz.
A disputa eleitoral acabou. Repito o que disse na minha intervenção após a vitória de 30 de Outubro sobre querer unir o nosso país.
“Somos um país, um povo, uma nação.
Somos todos brasileiros e compartilhamos a mesma virtude: nunca desistimos.
Embora todas as flores sejam arrancadas de nós, uma a uma, pétala por pétala, sabemos que é hora de replantar, e que a primavera virá. E a primavera chegou.
Hoje, invade o Brasil, de braços dados com esperança.
Meus queridos amigos e amigas.
Recentemente, reli o discurso da minha primeira posse como presidente, em 2003. E o que li deixou ainda mais evidente como o Brasil regrediu.
Em 1º de janeiro de 2003, aqui nesta mesma praça, meu querido deputado José Alencar e eu nos comprometemos a restaurar a dignidade e a autoestima de outros brasileiros, e assim o fizemos. Investindo na vida dos mais pobres, e nós estamos investindo. Cuide maravilhosamente da aptidão e da educação, e nós cuidamos.
Mas o grande compromisso que assumimos em 2003 de combater a desigualdade e a pobreza excessiva e de garantir a todos e cada um dos utilizadores deste país o direito ao pequeno-almoço, almoço e jantar todos os dias, e cumprimos esse compromisso: acabamos com a fome e a miséria e reduzimos particularmente a desigualdade.
Infelizmente, hoje, 20 anos depois, estamos retornando a uma vida após a morte que pensávamos enterrada. Muito do que fizemos foi cancelado de forma irresponsável e criminosa.
A desigualdade e a pobreza excessiva estão de volta. A fome está de volta, e não pelo destino, não pela natureza, não pela vontade divina.
A volta da fome é um crime, o mais grave de todos, cometido contra o povo brasileiro.
A fome é filha da desigualdade, que é a mãe dos males maravilhosos que atrasam o desenvolvimento do Brasil. A desigualdade reduz nosso país a dimensões continentais, dividindo-o em porções que são reconhecidas.
De um lado, uma pequena parcela da população que tem tudo. Por outro lado, uma multidão que carece de tudo, e uma elegância média que é empobrecida ano após ano.
Juntos somos fortes. Divididos, seremos o país do longo prazo que nunca chega e vive em dívida permanente com o seu povo.
Se hoje precisamos construir nosso longo prazo, se precisamos viver em um país totalmente evoluído para todos, não pode haver lugar para tanta desigualdade.
O Brasil é grande, mas a verdadeira grandeza de um país está na felicidade de seu povo. E ninguém, de fato, está satisfeito em meio a tanta desigualdade.
Meus amigos
Quando digo “governar”, quero dizer “cuidado”. Mais do que governar, cuidarei deste país e do povo brasileiro.
Nos últimos anos, o Brasil voltou a se tornar um dos países com maior desigualdade do mundo. Fazia muito tempo que não notávamos tanto abandono e desordem nas ruas.
Mães caem o lixo em busca de seus filhos.
Famílias inteiras dormindo ao ar livre, frio, chuva e medo.
As crianças que vendem chocolates ou mendigam quando estão na escola estão vivendo os anos de formação completos a que têm direito.
Trabalhadores e desempregados carregam placas de papelão nos semáforos com a palavra que nos envergonha a todos: “Por favor”.
Fila na frente dos açougueiros, para os ossos aliviarem a fome. E, ao mesmo tempo, filas para a aquisição de carros importados e jatos pessoais.
Tal abismo social é um impedimento para a estrutura de uma sociedade de fato justa e democrática, e uma economia imunda rica e elegante.
É por isso que, hoje, diante de vocês e de todo o povo brasileiro, meu vice Geraldo Alckmin e eu estamos empenhados em combater dia e noite toda a burocracia da desigualdade.
Desigualdade de renda, gênero e raça. Desigualdade no mercado de trabalho, na representação política, nas carreiras públicas. Desigualdade na saúde, educação e outros serviços públicos.
Desigualdade entre a criança que frequenta a escola pessoal e a criança que limpa os sapatos na rodoviária, sem escola e sem futuro. Entre a criança satisfeita com o brinquedo que acabou de ganhar de presente e a criança que chora de fome na véspera de Natal.
Desigualdade entre quem joga fora comida e quem come apenas sobras.
É inaceitável que os 5% mais ricos deste país tenham a mesma percentagem de fonte de rendimento que os outros 95%.
Que seis bilionários brasileiros têm riqueza no patrimônio dos cem milhões de pessoas mais pobres do país.
Deixe um funcionário que ganha um salário mínimo mensal levar 19 anos para ganhar o que um super-rico ganha em um único mês.
E é inútil levantar a janela de um carro de luxo para evitar ver nossos irmãos empilhados sob os viadutos, perdendo tudo, a verdade te olha nos olhos em cada um dos cantos.
Meus amigos e amigas.
É inaceitável que continuemos a viver com preconceito, discriminação e racismo. Somos outro povo de muitas cores, e todos nós vamos ter os mesmos direitos e oportunidades.
Ninguém será um cidadão de segunda classe, ninguém terá mais ou menos apoio estatal, ninguém será forçado a enfrentar mais ou menos obstáculos apenas por causa da cor de sua pele.
É por isso que estamos recriando o Departamento de Igualdade Racial, para enterrar o trágico legado de nosso passado escravo.
Os povos indígenas querem que suas terras sejam demarcadas e protegidas de ameaças de atividades econômicas ilegais e predatórias. Querem que a sua cultura seja preservada, a sua dignidade respeitada e a sua sustentabilidade garantida.
Eles não são pedras de tropeço para o desenvolvimento, eles são os guardiões de nossos rios e florestas e um componente básico de nossa grandeza como nação. Por isso, criamos a Decomposição dos Povos Indígenas, para combater 500 anos de desigualdade.
Não podemos continuar a viver com a terrível opressão imposta às mulheres, que são sujeitas à violência nas ruas e nas suas próprias casas numa base de base.
É inaceitável que continuem a ganhar salários mais baixos do que os homens quando desempenham a mesma função. Terão de conquistar cada vez mais posições nos órgãos de decisão deste país, na política, na economia, em todas as áreas estratégicas. .
As mulheres são o que precisam ser, onde quer que precisem estar. Então, estamos trazendo de volta os Ministérios da Mulher.
Foi para combater a desigualdade e as suas consequências que ganhámos eleições. E essa será a marca do nosso governo.
Desta luta básica emergirá um país. Um país grande, próspero, forte e justo. Um país de todos, por todos e para todos. Um país generoso e unido, que não deixará ninguém para trás.
Meus queridos companheiros.
Reafirmo meu compromisso de cuidar de todos os brasileiros, especialmente dos mais necessitados. Para acabar com a fome neste país novamente. Para tirar o pobre cara da fileira de ossos e colocá-lo de volta no orçamento.
Temos um imenso legado, ainda vivo na memória de todos e cada um dos brasileiros, beneficiários ou não das políticas públicas que provocaram uma revolução neste país.
Mas não estamos interessados em viver no passado. Assim, longe de qualquer nostalgia, nossa herança será o espelho do longo caminho que construiremos para este país.
Sob nossos governos, o Brasil conciliou expansão econômica recorde com a maior inclusão social da história. E é a sexta maior economia do mundo, ao mesmo tempo em que 36 milhões de brasileiros foram retirados da pobreza extrema.
Geramos mais de 20 milhões de empregos com contratos formais e todos os direitos garantidos. O salário mínimo é reajustado acima da inflação.
Estabelecemos um recorde de investimento em educação, desde creches até universidades, para tornar o Brasil um exportador também de inteligência e sabedoria, e apenas de bens e matérias-primas.
Mais do que duplicámos o número de bolseiros no ensino superior e abrimos as portas das universidades aos jovens carenciados deste país. Jovens brancos, negros e indígenas, para quem a faculdade era um sonho, tornaram-se médicos.
Estamos combatendo um dos grandes recursos da desigualdade: a saúde. Porque o direito à vida não pode ficar refém por causa da quantidade de dinheiro que você tem no banco.
Fizemos a Farmácia Popular, que fornecia medicamentos para os mais necessitados, e o Mais Médicos, que atendia cerca de 60 milhões de brasileiros, nas periferias das grandes cidades e nos espaços mais remotos do Brasil.
Criamos o Brasil Sorridente para cuidar da boca de todos os brasileiros.
Estamos fortalecendo nosso sistema único de saúde. E preciso aproveitar essa oportunidade para agradecer especialmente aos profissionais do SUS pela grandeza de suas pinturas durante a pandemia. Eles enfrentaram corajosamente um vírus mortal e um governo irresponsável e desumano.
Em nossos governos investimos na agricultura familiar e nos pequenos e médios agricultores, que são responsáveis por 70% dos alimentos que chegam à nossa mesa. E fizemos isso sem descuidar do agronegócio, que fez investimentos e safras recordes, ano após ano.
Tomamos medidas concretas para envolver a substituição climática e o desmatamento na Amazônia em mais de 80%.
O Brasil se estabeleceu como líder mundial na luta contra a desigualdade e a fome, e tem uma reputação em todo o mundo por sua política externa ativa e orgulhosa.
Tivemos que realizar tudo isso enquanto assumimos todo o dever das finanças do país. Nunca fomos irresponsáveis com o dinheiro público.
Tivemos um superávit orçamentário a cada ano, eliminamos a dívida externa, acumulamos reservas de cerca de US$ 370 bilhões e reduzimos a dívida interna para quase uma fração do que era antes.
Em nossos governos nunca houve e nunca haverá gastos. Investimos e continuaremos investindo em nosso maior patrimônio: o povo brasileiro.
Infelizmente, muito do que construímos em treze anos foi destruído em menos de uma fração desse tempo. Primeiro pelo golpe de Estado de 2016 contra a presidente Dilma. E depois, os 4 anos de um governo de destruição nacional cujo legado a história nunca perdoará. :
700 mil homens brasileiros e mortos por Covid.
125 milhões estão experimentando algum grau de insegurança alimentar muito grave. 33 milhões de pessoas famintas.
Estes são apenas alguns números. Que não são apenas números, estatísticas, indicadores, mas pessoas. Homens, mulheres e crianças, vítimas do mau governo apesar de tudo derrotado pelo povo, em 30 de outubro de 2022 histórico.
As equipas técnicas do Gabinete de Transição, que procuraram durante dois meses nas entranhas do Governo passado, tornaram pública a verdadeira dimensão do drama.
O que o outro povo brasileiro sofreu nos últimos anos foi a estrutura lenta e lenta do genocídio.
Preciso citar, a título de exemplo, um pequeno trecho das cem páginas deste relatório caótico produzido através do Gabinete de Transição. O relatório diz:
“O Brasil danificou recordes de feminicídio, as políticas de igualdade racial sofreram sérios reveses, houve um desmantelamento das políticas juvenis e os direitos indígenas nunca foram tão indignados na história do país.
Os manuais a serem utilizados em setembro de 2023 ainda não começaram a ser publicados; há escassez de medicamentos na Farmácia do Povo; não há estoques de vacinas para lidar com as novas variantes da Covid-19.
Falta de recursos para comprar merenda escolar; as universidades foram ameaçadas de não completar o ano letivo; Não há recursos para cobertura civil e transferências de destino e prevenção de crises. São os outros brasileiros que estão pagando a conta desse apagão. “
Meus amigos.
Nos últimos anos, vivemos um dos piores períodos da nossa história. Uma era de sombras, incertezas e muito sofrimento. Mas esse pesadelo terminou, com o voto soberano, na eleição vital mais alta desde a redemocratização do país.
Uma eleição que demonstrou o apoio do povo brasileiro à democracia e suas instituições.
Essa vitória ordinária da democracia nos obriga a olhar para frente e nossas diferenças, muito menos do que aquilo que nos une para sempre: o amor ao Brasil e a religiosidade inabalável de nosso povo.
Agora é a hora da chama da esperança, da solidariedade e do amor ao próximo.
Agora é a hora de cuidar do Brasil e do povo brasileiro. Criar empregos, redefinir o salário mínimo acima da inflação, baixar os preços dos alimentos.
Criar ainda mais vagas nas universidades, investir em saúde, educação, ciência e cultura.
As obras de infraestrutura são retomadas e o Minha Casa, Minha Vida, abandonado pelo esquecimento do falecido governo.
É hora de atrair investimentos e reindustrializar o Brasil. Lutar contra o clima, substituir e prevenir de uma vez por todas a devastação de nossos biomas, especialmente da Amazônia.
Rompa com o isolamento e reconecte-se com todos os países do mundo.
Este é um momento para ressentimentos estéreis. Chegou a hora de o Brasil olhar para frente e sorrir novamente.
Vamos virar esta página e escrever juntos uma nova falência decisiva em nossa história.
Nosso desafio habitual é criar um país justo, inclusivo, sustentável, criativo, democrático e soberano para todos os brasileiros.
Procurei dizer a campanha: o Brasil tem um jeito. E repito com convicção, mesmo diante do símbolo de destruição revelado pelo Gabinete de Transição: o Brasil tem um jeito. Depende de nós, de todos nós.
Durante meus 4 anos no cargo, trabalharemos todos os dias para que o Brasil supere o roubo de mais de 350 anos de escravidão. Compensar o tempo perdido e as oportunidades perdidas nos últimos anos. Recuperar sua posição preponderante no mundo. E para que todos e cada um dos brasileiros, homens e mulheres, tenham mais uma vez o direito de sonhar e a oportunidade de alcançar o que sonham.
Mas só reconstruiremos e remodelaremos este país se lutarmos com todas as nossas forças contra tudo o que o torna tão desigual.
Esta tarefa não pode ser confiada a um único presidente ou a um único governo. É urgente e obrigatório formar uma frente ampla contra as desigualdades, envolvendo toda a sociedade: trabalhadores, empresários, artistas, intelectuais, governadores, prefeitos, deputados, senadores, sindicatos, movimentos sociais, associações de elegância, funcionários, profissões liberais, líderes devotos, cidadãos.
É hora de reconstruir.
Por isso, conclamo todos os brasileiros que precisam de um Brasil mais justo, unido e democrático: juntem-se a nós em um maravilhoso esforço contra as desigualdades.
Preciso concluir perguntando a um de vós: talvez a alegria de hoje seja o pano cru da luta de amanhã e de um e ambos os dias vindouros. Que a esperança de hoje levante o pão que será partilhado entre todos.
E estejamos em posição de responder, em paz e ordem, a qualquer ataque de extremistas que precisem de sabotar e destruir a nossa democracia.
Na luta pelo Brasil, usaremos as armas que mais preocupam nossos adversários: a verdade, que prevaleceu sobre a mentira; a esperança, que superou a preocupação; e o amor, que venceu o ódio.
Largo Brasil. E há muito tempo o povo brasileiro.