AGU deixa na prisão a defesa de Bolsonaro e Wal do Açaí por irregularidade

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A Procuradoria-Geral da União (AGU) deixou a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na ação por irregularidade administrativa sobre a contratação da ex-secretária parlamentar Walderice Santos da Conceição, Wal do Açaí, designada como sua “funcionária fantasma” na Câmara dos Deputados.

A ação está sendo executada no VI Tribunal Federal do Distrito Federal. No final de dezembro passado, a AGU informou que os advogados pessoais nomeados pelo presidente e pelo ex-assessor assumiriam.

A AGU é um componente do esquema administrativo do governo federal. A estrutura é representar e aconselhar legalmente o executivo.

O Ministério Público Federal (MPF) se opôs à entrada da AGU no processo, argumentando que a ação seria “incompatível com o interesse público”.

A Procuradoria-Geral da República, por sua vez, indicou que está habilitada a “representar judicialmente os servidores públicos, no que diz respeito aos atos praticados no exercício de suas competências”.

A ação por irregularidade administrativa pede R$ 280. 000. La valor corresponde aos salários pagos a Walderice entre 2003 e 2018. De acordo com o processo, ela nunca fez uma atribuição semelhante ao cargo.

O inquérito civil em que se baseia a ação foi aberto em 2018, após reportagem da Folha de S. Paulo informar que Walderice estava correndo em uma loja de açaí em Mambucaba, distrito de Angra dos Reis, no litoral do Rio de Janeiro, quando eles estavam concorrendo na Câmara dos Deputados. Em seu depoimento, ele admitiu que nunca esteve em Brasília. O presidente disse que o ex-secretário tomou o local de trabalho por procuração e, portanto, nunca foi à capital federal.

Para os investigadores, a nomeação de Walderice foi usada para pagar o pessoal fornecido por meio de seu marido, Edenilson Garcia, na casa mantida por Bolsonaro em Mambucaba. Como mostrou o Estadão, o MPF chegou a apontar indícios de um “plano de ruptura” no local de trabalho de Bolsonaro ao apresentar a denúncia.

Em defesa do presidente do ex-parlamentar, a AGU afirmou que Bolsonaro perderá a consulta aos movimentos dos trabalhadores de seu local de trabalho tanto na capital federal quanto em seu estado natal, “para efetivar o contato obrigatório com a população representada”. Array

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