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(Foto: Getty Images)
Uma economia global ainda afetada pelo aumento generalizado da inflação e das taxas de juros, a guerra na Ucrânia e a nova onda de covid na China, com uma expansão econômica mais fraca do que no ano passado. E para o Brasil, a expansão ainda é lenta, mas maior do que o esperado.
Isso está de acordo com a primeira projeção do Fundo Monetário Internacional para a economia publicada este ano.
A riqueza global continuará a crescer, mas a um ritmo mais lento do que em 2022 e 2021, quando o planeta se recupera da era de pico da pandemia de covid.
Para 2023, o FMI prevê uma expansão de 2,9%, inferior aos 3,4% e 6,2% dos últimos dois anos.
“Espera-se que a economia global desacelere este ano e no próximo”, disse Pierre-Olivier Gourinchas, economista-chefe do FMI.
O relatório do FMI desta semana fez uma ligeira revisão em alta da economia mundial, e também da economia brasileira: da ordem de 0,2 ponto.
O FMI diz que, apesar de todas as dificuldades encontradas no ano passado, houve algumas surpresas que deram um passo em frente no desempenho global.
Os resultados positivos incluem o consumo das famílias e o investimento pessoal.
Um dos maiores perigos para a economia mundial continua a ser o pico da inflação, que tem sido compensado em vários países por um aumento da taxa de juro de base.
Taxas de juros mais altas implicam inflação, o que torna o endividamento mais caro e reduz a ingestão geral de bens e serviços. Mas, por outro lado, taxas de juros muito altas podem obstruir a expansão econômica e a criação de tarefas e fontes de renda.
Os bancos centrais estão à procura de um equilíbrio: qual taxa de juro é mais produtiva para os preços, mas sem afetar o crescimento económico.
Mas 2022 tem sido um ano desafiador para a economia global. Os preços subiram muito rapidamente, em parte devido à guerra na Ucrânia e em parte devido aos efeitos econômicos da pandemia nos últimos anos.
Como resultado, muitos países aumentaram as taxas de juros, o que prejudicou seu crescimento econômico.
No relatório desta semana, o FMI diz que há sinais de que essas políticas estão começando a ter um efeito sobre os preços.
E o Fundo cita o Brasil como parte disso.
“O núcleo da inflação está caindo em algumas economias que completaram seu ciclo de ajuste, como o Brasil”, disse ele.
O Brasil, uma das primeiras economias a começar a elevar as taxas de juros, no início de 2021. Desde então, as taxas de juros subiram de 2% para 13,75%, o nível atual.
Os Estados Unidos, por exemplo, iniciaram esse ciclo, conhecido como “aperto monetário”, um ano depois, em março de 2022. Em um ano, as taxas de juros subiram de uma diversidade de 0,25% para uma diversidade de 4,5%.
Na quarta-feira (02/01), analistas do banco central dos EUAAumente as taxas de juros novamente.
Ou seja, à medida que esse ciclo de pico de juros no Brasil termina, outros países continuam elevando suas taxas básicas.
No caso dos Estados Unidos, os efeitos das taxas de juros dos mercados emergentes são sentidos em todo o mundo, pois também influenciam a evolução do dólar e o comportamento das ações.
O FMI sugere que o maior efeito de taxas de juros mais altas sobre os custos ocorrerá em 2024.
O Brasil também é citado no relatório para revisar para cima a projeção de expansão da economia da América Latina e do Caribe – de 1,7% para 1,8%.
As razões para a projeção ligeiramente mais alta se devem à “resiliência inesperada da demanda doméstica, a uma expansão acima do esperado nas principais economias parceiras comerciais e, no caso do Brasil, a medidas fiscais acima do esperado”.
O relatório do FMI diz que o Brasil está seguindo a mesma tendência das economias mundiais: uma queda acentuada na expansão em 2023, após dois anos consecutivos de taxas máximas.
Mas a expansão em 2021 e 2022 – que no Brasil 5% e 3,1%, respectivamente – continua sendo uma recuperação da economia após a queda de 2020, ano em que eclodiu a pandemia de coronavírus.
Até 2023, a economia brasileira deverá crescer 1,2%, inferior à dos Estados Unidos (1,4%), Canadá (1,5%), México (1,7%), China (5,2%) e Índia (6,1%), mas superior à do Reino Unido (contração de 0,6%), Rússia (crescimento de 0,3%) e países do euro (0,7%).
Um dos temas destacados no relatório foram as medidas de “apoio fiscal” dos países. No Brasil, uma dessas medidas foi o Auxílio Brasil, que está ajudando as famílias mais frágeis devido à pandemia de covid.
No entanto, sem mencionar o Brasil, o FMI agora adverte que se opõe a tais políticas.
“Muitos países responderam à acusação de viver a crise apoiando americanos e empresas com políticas amplas e não direcionadas que ajudaram a amortecer o impacto”, diz o relatório. Além do Brasil, vários outros países tomaram medidas.
“Muitas dessas medidas se mostraram caras e cada vez mais insustentáveis. Em vez disso, os países tomam medidas específicas que mantêm o espaço fiscal, permitem que os custos mais altos de energia diminuam a demanda de energia e evitem superestimular a economia”.
Em um post no site do FMI, o economista Pierre-Olivier Gourinchas disse que as previsões para a economia global são “menos pessimistas” em comparação com o relatório divulgado há 4 meses.
Ele indexou alguns perigos que ainda persistem para a economia em 2023: