O presidente-executivo da Stellantis, conglomerado que combina marcas como Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën, o português Carlos Tavares fez questão de discórdia: o cliente brasileiro quer carros elétricos, mas etanol, disse esta semana.
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A declaração, divulgada por meio do Valor Econômico, foi dada em entrevista coletiva com cães de caça de todo o mundo, ocasião para divulgar os resultados monetários do grupo. A resposta veio depois que Tavares foi questionado sobre os impostos sobre carros elétricos no Brasil.
“Por que, então, outras pessoas trariam carros elétricos para o Brasil?(. . . ) Um veículo elétrico não faz sentido para um carro que pode rodar com 100% de etanol”, disse.
O discurso do CEO está alinhado com o que foi dito recentemente por Antonio Filosa, COO da Stellantis na América do Sul. plantio de cana, em apresentação na presença de QUATRO RODAS.
Carlos Tavares, segundo a reportagem do Valor, é muito pragmático ao analisar veículos elétricos. Segundo os portugueses, o elétrico não é maior do ponto de vista das emissões (o que, aliás, tem sido corroborado através de alguns estudos), ao mesmo tempo que é muito mais caro do que os modelos naturais de álcool.
Por outro lado, é inegável que a propulsão elétrica também está ligada ao conceito de moda e carro de moda. Isso é algo que nunca vai igualar os modelos cem por cento etanol que a Stellantis pretende trazer para o mercado e, nesse sentido, a solução é também vender carros elétricos.
“Pode ser um nicho de mercado. Eu não pretendo deixar isso para o meu concorrente, então eu estarei lá também. “Um pouco provocativo, o executivo não precisou detalhar os lançamentos para o mercado brasileiro, mas disse: “Também traremos carros elétricos para o Brasil para combater outros que acreditam que podem desestabilizar o líder de mercado que somos. (. . . ) Bem-vindo ao concurso »
É muito provável que vejamos um carro a etanol da Stellantis em 2023, mesmo que seja um protótipo. Mas não se surpreenda se a fabricante escolher um de seus modelos para lançar uma edição somente com etanol, servindo de laboratório para o seu projeto.
As previsões para os próximos anos são ainda mais interessantes, com o objetivo de incorporar sistemas eletrificados a esses motores e, no futuro ideal, até mesmo a geração de hidrogênio a partir do próprio processo de reforma a vapor.
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