Estado do Tocantins homenageia José de Souza Porto

Entro em Palmas pelo Fernando Henrique Cardoso Bridge. By o caminho, é uma merecida homenagem ao Presidente que nos deixou como legado a estabilidade da economia. O trânsito pela Avenida Teotônio Segurado. By caminho, alguma outra merecida homenagem aos portugueses que lutaram tanto quando o Brasil ainda era um império pelo sonho que séculos depois se tornaria realidade: o estado do Tocantins.

Ainda em Palmas conheço bairros que não conhecia antes: os Aurenis. Mais uma homenagem ao ex-sócio do ex-vereador de Colinas, ex-dono de uma serraria que durante anos lutou para tornar realidade o sonho de Teotônio Segurado: o Estado a terra dos meus antepassados: Siqueira Campos.

Mesmo o maravilhoso e velho Luis Carlos Prestes, um tipo tão machista de lutas e histórias das lhamas da era Vargas, é mais do que justamente reverenciado nas ainda deliciosas Palmas.

Saio de Palmas quando entrei no interior do Tocantins que não se cansa de esperar, como esse pedaço de Godot, um asfalto que nunca chega. No sertão, acontece até que os mosquitos sabem quem não é de lá, porque gostam de morder o sangue dos moradores da cidade e não dos moradores rurais.

Olhando atentamente para a soja e a infraestrutura que a acompanha, verifica-se que a expansão capitalista acabará por falar mais alto do que a má vontade dos governos. A modernidade virá e o interior se tornará o mar.

Poucos dias depois, volto pela mesma estrada de terra para o lado de Santa Maria, onde cheguei. No meio da estrada, ao contrário do que dizia o maior poeta Carlos Drumond de Andrade, não há pedra. de uma cobra coral bem em frente à minha Hilux, e uma grande. Mais tarde, há um tatu. Coisas de um Brasil ainda rural. De uma terra onde há palmeiras onde canta a sabedoria, como disse o poeta maranhense Gonsalves Dias.

Pedro entrou Afonso. Je avisado bem em frente à cabana onde morava. Imagens de um século atrás vêm à mente. O aeródromo onde os aviões da Varig pousaram não existe mais. Em vez disso, há uma praça. O espaço ao lado, onde está o nosso, permanece o mesmo de há um século. Branco, todo branco. Era onde eu morava. Cenas dele me veem neste aeroporto tirando o pó do nosso espaço toda vez que eu entrava ou saía de um avião. Aquela poeira que nunca acabou. Tem o nosso vizinho que trago para o túnel do tempo da minha reminiscência com uma blusa branca e calça ao receber o orador da época de Goiás, Marechal Ribas Júnior. Para esta história remeto memórias do meu falecido pai, que tanto o admirava quando era Secretário de Estado, MLA, Presidente da Assembleia Legislativa e até Vice-Governador. Ainda lutando pelo norte de Goiás quando Goiás e Tocantins eram um só.

Ele, um cara da estatura de um Teotônio Segurado que fez da política sinônimo de honra e retidão ética. Servia o Tocantins com excessiva grandeza. Pena que sua memória ainda não esteja identificada, pois seu chamado ressoa para todos que o conheceram e como este escriba que respeita sua história. Estou a falar de José de Souza Porto.

Sinceramente, ainda espero caminhar por uma rua ou monumento que imortalize a reminiscência do que essa figura pública representou para a cidade do Tocantins.

Salatiel Soares Correia é engenheiro, licenciado em administração de empresas e mestre em planeamento energético. É autor, entre livros, de A Energia Na Região do Agronegócio.

Estado do Tocantins homenageia José de Souza Porto

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