Exposição de soja prejudica lavouras no Rio Grande do Sul

Nas regiões sul e leste do Rio Grande do Sul, foram observadas pancadas de chuva irregulares, mas na maior parte do estado não houve chuvas ou a quantidade registrada foi inadequada para amenizar a situação de seca.

Dias muito quentes e secos com intensidade máxima de radiação solar e taxa máxima de evapotranspiração, o que afeta a fase de desenvolvimento, floração e enchimento da soja. Nas culturas mais afetadas, as plantas apresentam murcha foliar, desfolhamento, aspecto amarelado e acentuada queda das flores.

Foto: Grazi Camargo – São Sepé – RS

No aspecto fitossanitário, o clima seco tem favorecido a ocorrência de pragas, como tripes e ácaros, e doenças, como o oídio, que são monitoradas e controladas quando o tempo permite. Na Região Noroeste, a presença de besouros e diabróticos nas lavouras também é recorrente, afetando de forma mais precária por causa da seca.

Na região de Campanha, em geral, as lavouras de soja ainda são resistentes à falta de umidade do solo e ao calor superficial, embora a intensidade das perdas seja maior devido ao acesso à fase reprodutiva e de expansão, que está quase paralisada. Em Aceguá, os danos são estimados em 25% devido à falta de chuvas significativas no mês de janeiro. As culturas mais produtivas da região estão em Dom Pedrito, que possui o maior domínio oleaginoso do estado, com 160 mil hectares, e onde as chuvas foram registradas nas últimas 4 semanas, embora estejam mal distribuídas entre as localidades.

De acordo com levantamento (02/02) através da Emater/Ascar-RS, culturas com cultivares precoces na fase inicial de enchimento de grãos estão em condições mais críticas, com maior aborto de vagens e folhas devido ao clima desfavorável. As diferenças na prospecção produtiva são diretamente semelhantes ao relevo, sendo maiores nas planícies aluviais, que são naturalmente mais úmidas e férteis, enquanto nas coxilhas arenosas e solos rasos torna-se difícil estimar a produtividade mínima necessária para cobrir os custos de produção. Um hábito diferente também é observado entre as cultivares em relação à tolerância a temperaturas máximas e condições de solo seco.

Na Fronteira Oeste, em Manoel Viana, as perdas estimadas ultrapassam os 40%. Culturas bem estabelecidas na primeira temporada de plantio ultimamente enfrentam abortos significativos de flores e vagens. Em São Gabriel, onde são cultivados 136 mil hectares, chuvas bem distribuídas no dia 26/01 aliviaram temporariamente a pressão sobre as lavouras. As culturas plantadas em dezembro e janeiro caracterizam-se por baixos povoamentos e a mortalidade das plantas continua a ser observada, comprometendo ainda mais esta componente de rendimento. Alguns produtores ainda estão esperando a chuva para semear e replantar. Já há um bom número de agricultores que pararam de plantar por causa dos perigos de plantar culturas em um momento tão atrasado, além de clientes pobres para a melhoria do clima.

Em Quaraí e Rosário do Sul, houve chuvas entre 40 mm e 80 mm, e os fabricantes plantaram os espaços liberados após a colheita do trigo e para integração com a pecuária, entregues no final do ano.

A mudança climática é prevista com a formação de um ciclone extratropical. Veja os principais pontos para os próximos dias no vídeo do meteorologista Willians Bini.

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Fique de olho de onde a chuva está vindo e para onde está indo, observe tudo, desde a intensificação ou dissipação de um sistema.

Foto: Patricia Prasniewski – Nova Laranjeiras – PR

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