No primeiro ano da pandemia de covid-19, o Rio Grande do Sul registrou queda no Índice de Desenvolvimento Socioeconômico (Idese). O indicador, que informa o cenário socioeconômico do estado com base na fonte de dados de educação, aptidão e renda, alcançou um índice geral de 0,768 em 2020, em uma escala de 0 (pior resultado) a 1 (resultado mais produtivo). Mesmo assim, Idese alcançou o momento mais produtivo do ano na série histórica iniciada em 2013, apenas 2019 (0,776).
Os números apurados por meio da Diretoria de Economia e Estatística (DEE), vinculada à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), e publicados nesta quarta-feira (25), mostram que os mais importantes da queda foram os sinais do bloco relativo da Renda, referentes à geração e apropriação de riqueza no Estado, que passou de 0,751 em 2019 para 0,723 em 2020, o menor da série antiga. Além do efeito da pandemia na economia gaúcha, a seca registrada no ano também afetou o índice.
Entre as partes do Idese, o bloco Saúde volta a ter o desempenho mais produtivo, passando de 0,830 em 2019 para 0,834 em 2020, enquanto o bloco Educação volta a ter uma melhoria sólida em relação ao ano passado (0,747), ainda sem captar os principais efeitos da pandemia na educação, uma vez que não há aplicação da verificação do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) em 2020. Índices acima de 0,800 ponto são um desenvolvimento maior.
Em 2020, o RS tinha 30,1% da população morando em municípios considerados de alto desenvolvimento, ou seja, com Idese igual ou superior a 0,800, enquanto 69,9% residiam em municípios de médio desenvolvimento, aqueles com Idese entre 0,500 e 0,800. A percentagem de população nas localidades mais evoluídas diminuiu face a 2019, quando era de 31,1%, mas por enquanto ano consecutivo manteve-se acima da barreira dos 30%.
Na classificação dos 496 municípios do estado, encabeçada pelo município de Carlos Barbosa com o Idese 0,896, Santa Rosa ocupa a 166ª posição, com o índice de 0,781.
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