“Eu não sabia que ninguém estava interessado. Acho que foi há uns 15 anos que a descobri, até que no ano passado vieram alguns alemães e eu comentei sobre essa caverna e alguns lagos que descobri. Eles disseram que contariam a um amigo. Foi assim que eu soube que merecia tê-lo revelado. Agora vou dizer tudo o que localizar aqui dentro do parque”, disse ele na ocasião.
Naquele ano, o Cecav começou a coletar dados e em setembro ele já está lá. “Acompanhados pela equipe do parque, fomos para a caverna descoberta anos atrás por M. Edson e lá levamos dados sobre a localização e as dimensões da cavidade. Pessoas da rede Pé de Serra também nos acompanharam nessa escala e depois nos levaram para outros pontos onde conhecemos outras 3 cavidades, todas na área do parque, não muito longe de sua sede”, explica o analista ambiental do centro, Mauro Gomes.
O resultado dessa expedição foi relatado em um artigo clínico em abril de 2022. A expedição decolou-se entre os dias 20 e 29 de setembro de 2021, com uma aventura terrestre de aproximadamente 1 hora do concelho de Cruzeiro do Sul até ao concelho de Mâncio Lima e 8 horas de barco, subindo o rio Môa até à rede Pé de Serra, no sopé da Serra do Divisor, onde também está localizada a base operacional da unidade de conservação.
“No total 3 grutas com uma progressão linear que varia entre 35,5 metros e 10,7 metros e um abrigo com uma progressão linear de 5,7 m, todas em arenito”, lê-se no artigo.
O estudo também aponta que as cavidades já haviam sido descobertas por moradores locais, que até ajudaram como guias indicando os locais.
A primeira caverna tem o nome de seu descobridor, Edson. “Foi a primeira caverna do parque e do estado do Acre, cujos estilos de vida eram conhecidos”, diz o artigo.
No dia 24 de setembro de 2021, a equipe subiu o rio Môa até a gruta da Toca da Onça, a mais próxima do local. O início está localizado na margem esquerda do rio Môa.
A gruta da Toca da Paca foi descoberta através de membros da rede de expedição, demonstrando a perspectiva espeleológica da área. No dia seguinte à descoberta (25/09) a equipe subiu o rio Môa até a gruta chamada Toca da Paca. A trilha começa na margem esquerda do rio.
Além das 3 cavernas, a expedição conheceu um refúgio na margem esquerda do rio Môa. Chamado Abri du Serré de l’Heure.
“Ao final da expedição, foi realizada uma assembleia com a rede e lideranças locais para compartilhar os efeitos recebidos e inspirar a busca por cárie para fortalecer o turismo no Parque Nacional da Serra do Divisor. Este exemplo de agfinisha positiva é bem merecido através da população local e nesse sentido a equipa do CECAV está em contacto com esta Unidade de Conservação para o conhecimento inicial sempre que possível”, afirma.
O Anuário Estatístico do Patrimônio Espeleológico Brasileiro 2021 registrou essas 4 cavernas na edição publicada em 2022, com dados de 2021. O relatório anterior veio com o Acre como um estado em que havia cavernas.
“A expedição cumpriu o objetivo de registrar e mapear as primeiras cavernas conhecidas no estado do Acre, no entanto, investigações adicionais são para melhor caracterizar as cavernas já inventariadas, bem como para determinar os estilos de vida de outras cavidades no Parque Nacional da Serra do Divisor. . ” Enfatiza.
Desde 2006, o ICMBio/Cecav oferece conhecimento sistematizado sobre as cavernas brasileiras. Inicialmente a base de conhecimento geoespacial das cavernas do Brasil que, em sua primeira edição, contava com 4. 448 cavernas registradas. O número de cavernas conhecidas no Brasil há mais de um século chegou a 22. 623 em 201, segundo o anuário.
Por Tácita Muniz, g1 a. C. — Rio Branco