Por: Agência Estado, 24/02/2023
Campinas, SP, 24 (AFI) – Um país em crise energética é a principal categoria de carros elétricos neste fim de semana. É com essa situação contraditória que a Fórmula E chega à África do Sul para celebrar o E-Prix da Cidade do Cabo.
A África do Sul enfrenta uma grave crise no setor elétrico. Em 9 de fevereiro, o presidente Cyril Ramaphosa declarou um estado de crise no país, em uma tentativa de desbloquear recursos monetários para o número e a duração das quedas de energia que afetam os sul-africanos. Outra A iniciativa proposta é criar uma pasta dentro do governo, nomeando um ministro especial para lidar com o setor de força. As medidas encontraram forte resistência da oposição.
Na reunião anual do Estado da Nação na Cidade do Cabo, o executivo-chefe da África do Sul disse que pretendia acabar com os cortes de força a longo prazo. Milhões da população do país sofrem com o racionamento da força. em um momento sem luz.
A maior parte da fonte de luz na África do Sul (cerca de 90%) é fornecida através de uma empresa pública, a Eskom. No domingo passado, a empresa, que tem quase US$ 26 bilhões (R$ 134 bilhões) em dívidas a serem parcialmente absorvidas pelo governo, disse que continuaria com os cortes até que a agitação estrutural seja resolvida.
A matriz energética da África do Sul é basicamente baseada no carvão e com usinas de energia em deterioração que exigem reparos urgentes. A preocupante crise na África do Sul limitar-se-ia possivelmente à distribuição de electricidade, mas vai mais longe. O país também enfrenta sérios problemas de desemprego, que persistem há anos e cerca de 33% da população. O setor de alimentos é um dos mais afetados pelos cortes de energia, no entanto, há efeitos até mesmo em funerárias. A preservação dos corpos é prejudicada em um país cuja cultura é realizar longas vigílias. . Nessas circunstâncias, os enterros são aconselhados a ocorrer dentro de 4 dias após a morte.
A Fórmula E é uma categoria de automobilismo que se concentra na venda de energia renovável e na redução de emissões poluentes. Num país como a África do Sul, a organização e os promotores do E-Prix da Cidade do Cabo esperam colaborar para encontrar respostas à necessidade de uma transição energética. Abolir a dependência dos combustíveis fósseis.
“Para mim, a ocasião é a Fórmula E e sinaliza o longo prazo, o longo prazo da ecomobilidade, o longo prazo sustentável e a esperança de uma nova potência a longo prazo para o nosso país e a nossa província. Esta semana, a Cidade do Cabo não está acolhendo os “espíritos da essência”, mas os “espíritos da bateria” do mundo. Tenho certeza de que essa corrida influenciará muitas outras pessoas em suas possíveis escolhas de carreira que agora pensarão em veículos elétricos, armazenamento de baterias, eletrônica e engenharia elétrica. Esta corrida é a nossa longa carreira e mal posso esperar”, disse Alan Winde, primeiro-ministro da província do Cabo Ocidental, cuja capital é a Cidade do Cabo. O primeiro-ministro também mostra que a organização de uma corrida da FE mostrará ao país a capacidade de longo prazo de triunfar sobre a crise.
“Acho que a principal explicação para o motivo pelo qual me esforço para sediar a Fórmula E é que as baterias serão um componente do nosso mix de energia a longo prazo. Os carros elétricos também e, em um país tão pobre em energia (como a África do Sul), essa corrida mostrará muitas de nossas possibilidades a longo prazo”, disse ele ao Estadão.
Anton Roux, presidente da Motorgame África do Sul, com o que diz o primeiro-ministro do Cabo Ocidental. Ter a Fórmula E na Cidade do Cabo permite que o país fale sobre a integração do jogo na era do poder em branco.
“A crise de eletricidade existente na África do Sul é um desafio, no entanto, embora nós, como país, estejamos enfrentando essa crise, ainda queremos realizar todos os projetos de longo prazo com referência à sustentabilidade do nosso esporte”, diz Roux.
Alberto Longo, cofundador da Fórmula E, entende que a crise sul-africana não é um temor para a organização da prova, dada a autonomia da categoria, que não utiliza o electritown das localidades que atravessa. Contando com posições críticas, como carregar carros, transmitir corridas ao redor do mundo, em suma. Não posso pensar que a Fórmula E possa ensinar um país ou uma cidade a gerir a sua energia, no entanto, é uma tarefa que os líderes sul-africanos têm neste momento de fazer uma mudança estrutural muito grande.
E-Prix da Cidade do Cabo
Sábado – 25/02
4:05 – Treino livre
6h40 – Treino de Qualificação
11:03 – Corrida
Marcos Antonily