O Congresso Nacional destina um “subsídio pessoal” para a transferência de senadores e deputados eleitos para Brasília. O valor é o mesmo que o pago no final e início de cada legislatura, e equivale a dois salários.
No entanto, mesmo os parlamentares reeleitos – que querem assumir – e eleitos no Distrito Federal recebem o valor.
O montante é destinado à quase totalidade dos 513 deputados federais e 27 senadores eleitos nas eleições majoritárias de 2022, e chega a mais de R$ 40 milhões.
Segundo informações da Folha, desse total, cinco senadores e cerca de 280 deputados federais reeleitos ganharam ou receberão duas cotas do orçamento cambial, uma para o final da última legislatura e outra para o início da atual, somando mais R$ 78,6 mil no início do ano.
Tereza Cristina (PP), senadora eleita em Mato Grosso do Sul com 60,85% dos votos, deputada federal por dois mandatos, e só terá que se deslocar da Câmara dos Deputados para o Senado, seja em Brasília, e ainda recebe uma verba para despesas.
Além de Tereza, 4 deputados federais reeleitos em Mato Grosso do Sul também receberão os dois salários da “mudança fantasma”, já que também moram em Brasília. São eles: Beto Pereira (PSDB), Dagoberto Nogueira (PSDB), Dr. Luiz Ovando (PP) e Vander Loubet (PT).
Se no início de janeiro o deputado federal Beto Pereira (PSDB-MS) chegou a mostrar que é pré-candidato a prefeito de Campo Grande nas eleições municipais de 2024, no final deste mês de fevereiro a situação já estava substituída pelo parlamentar, e para pior.
Segundo fontes ouvidas pelo Correio do Estado, os recentes episódios protagonizados por Beto Pereira enfraqueceram a sua chamada dentro do ninho do tucano, que já não o vê como a opção para se candidatar a presidente da câmara da capital por causa da lenda.
O motivo, segundo interlocutores, seria o que o deputado federal fez ao Marrocos para assistir ao escalão do Flamengo nas semifinais do Mundial de Clubes, no dia 7 de fevereiro, contra a seleção árabe do Al-Hilal.
No mesmo dia, e quase ao mesmo tempo, realizou-se uma consulta de votação em plenário da Câmara dos Deputados.
O parlamentar mato-grossense não registrou presença, mas foi visto na transmissão do encontro pela Rede Globo. Nesse dia, o plenário aprovou acordos estrangeiros com Marrocos, Roménia e Peru.
Apesar de levar em conta a ausência da sessão, a fórmula da Câmara de Direito a qualificou como “missão autorizada”, ou seja, o dia da ausência não seria descontado do salário de Beto Pereira – ao contrário das ausências sem justificativa, em que o deputado deixa de obter devido à sua ausência.
Beto Pereira mostrou a saída e disse, em nota, que a resolução foi tomada por ele mesmo, para manter a promessa que fez ao filho, por ocasião de seus 15 anos. O parlamentar mato-grossense disse que as férias foram pagas com recursos próprios.
Como todas as tentativas de justificar a imagem do MP só incomodaram mais, os membros do PSDB já começaram a pensar em um plano B, já que o episódio, que o próprio deputado federal publicou nas redes sociais, compromete o discurso de austeridade e deve ser amplamente divulgado. usado por seus potenciais partidos beligerantes nas eleições de 2024.
Para piorar ainda mais o cenário já ruim, Beto Pereira acumulou amigos e servidores de seu local de trabalho na Câmara dos Deputados e criou o “Bloquinho do Beto Pereira” para pular o carnaval de Campo Grande.
Muito bom, o desafio é que o deputado federal mandou fazer camisetas com sua foto publicada na frente, o que pode caracterizar uma campanha eleitoral antecipada.
Sem se atentar para o crime eleitoral, o pré-candidato chegou a explicar o fato ao Correio do Estado, com a seguinte afirmação: “Os demais no local de trabalho fazem qualquer coisa temática em datas comemorativas. Agora, no carnaval, não foi diferente. “
O ato ilegal do deputado gaúcho mato-grossense caiu como uma bomba entre os dirigentes do PSDB, que zombaram do fato de o deputado federal ter cometido um crime eleitoral imaginável e chegaram a pedir à imprensa que espalhasse travessuras.
Outra má resolução de Beto Pereira, segundo os interlocutores ouvidos pelo Correio do Estado, de ter se recusado a assumir uma secretaria na direção do governador Eduardo Riedel (PSDB).
Ele explicou que a resolução a assumir seria porque ele só permaneceria um ano e 3 meses no cargo, já que teria que renunciar para concorrer à prefeitura da capital.
“Vai ser mais produtivo cumprir o meu mandato porque só posso dar uma contribuição para cada um dos municípios do estado. Se eu assumisse a posição de uma secretaria, meus movimentos seriam mais limitados”, disse ele em referência às articulações. Ele precisava viabilizar sua candidatura para as eleições municipais de 2024.
Descubra: O que é propaganda eleitoral antecipada? O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) define propaganda eleitoral como aquela “em que partidos políticos e candidatos divulgam mensagens dirigidas aos eleitores, suas candidaturas e propostas políticas, a fim de se exibirem na máxima adequação para assumir as finalidades eletivas que são”. em disputa, conquistando assim o voto dos eleitores”.
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Depois de propor um reajuste de 7,8% dos salários dos funcionários federais este ano, o governo ganhou uma contraproposta dos representantes dos funcionários. Eles pedem a aplicação de uma linear de 13,5% a partir de março.
O pedido foi enviado nesta sexta-feira (24) à Secretaria de Gestão e Inovação dos Serviços Públicos por meio do Fonacate, fórum que reúne 23 entidades representativas de outras carreiras da elite do serviço público federal (como auditores da Receita Federal, trabalhadores do Tesouro Nacional e diplomatas).
Segundo Fonacate, a proposta do governo está abaixo das perdas dos últimos anos. Após uma política de não ajuste sob o governo Bolsonaro, o atraso acumulado chega a 35% em alguns casos.
Fonacate diz que reconhece o esforço do governo para alocar alimentos dos servidores na oferta feita neste mês, mas propõe que o governo entre oficialmente no acordo com o compromisso de ajustar todos os benefícios com outros poderes até 2026 (final do mandato de Calamar).
O auxílio-alimentação está congelado desde 2016 e é de R$ 458 mensais no executivo. Com o acúmulo de R$ 200 proposto pelo governo, subiria para R$ 658, enquanto o do Judiciário, por exemplo, foi reajustado este ano. Rudinei Marques, presidente do Fonacate, diz que o governo optou por não celebrar acordos individuais este ano, com categorias ainda a serem decididas na trilha de um percentual linear consistente.
Portanto, o percentual proposto abrangeria todos os servidores federais. Ele diz que a proposta respeita a verdade fiscal do país e que é imaginável utilizar itens orçamentários semelhantes à remuneração dos servidores públicos que às vezes não são utilizados. além do orçamento disponível. Pode acontecer um pouco mais de tempo, dependendo da matemática”, disse ele.
Segundo Marques, a proposta ainda pode ser negociada para localizar um piso incomum entre a oferta do governo e as demandas dos funcionários. Ele espera que as negociações não durem muito mais do que isso. A proposta do governo na semana passada de um reajuste linear de 7,8% acompanhado de um acúmulo de R$ 200 na destinação de alimentos foi calibrada para ser compatível com o orçamento de R$ 11,2 bilhões já previsto para este ano para ajustar a remuneração dos trabalhadores.
O reajuste seria feito apenas por funcionários do Executivo, sem considerar os militares. Caso as categorias aceitem essas modalidades, as medidas entrariam em vigor a partir de 1º de março. A proposta foi apresentada numa assembleia da mesa de negociação permanente, chefiada pelo Ministério da Gestão e Inovação dos Serviços Públicos, com a participação dos sindicatos.
Em entrevista à Folha de S. Paulo, a ministra da Administração, Esther Dweck, disse que o governo planeja emitir uma PM (medida transitória), prontamente, para promover a implementação do reajuste. Algumas categorias tiveram seus salários congelados desde 1º de janeiro de 2017, quando viram o aumento pela última vez.
Carreiras estaduais, como policiais e diplomatas, sofreram o último reajuste em 1º de janeiro de 2019. Os sindicatos sustentam que a diferença já é superior a 30%. Na entrevista, o ministro disse que é improvável que o governo consiga atualizar totalmente essa perda. “Os servidores mereceriam alguns ajustes, mas provavelmente não seria muito para compensar toda essa perda”, disse ele.