Um advogado de Campo Grande denunciou, por meio do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), por ter prestado depoimentos do julgamento que apurou o roubo, seguido da morte, do professor Luciano Soares, de 41 anos, ocorrido na noite de 17 de janeiro. em Nova Alvorada do Sul, a 115 km da capital. Os dados foram repassados a um detento da Penitenciária Estadual de Gameleira, líder da facção criminosa do PCC (Primeiro Comando da Capital).
De acordo com informações recebidas por meio do Jornal Midiamax, investigações sobre o roubo do professor, soube-se que um dos autores presos havia fugido do estado do Paraná porque havia matado a esposa e tinha um mandado de prisão em aberto.
As investigações também constataram que o roubo fazia parte de uma série de crimes supostamente cometidos com o objetivo de arrecadar recursos para uma organização criminosa. O destinatário dos dados é um preso do criminoso Gameleira, em Campo Grande.
Os celulares dos envolvidos foram apreendidos, com a autorização prévia da sentença do responsável. Soube-se que o advogado enviado a Nova Alvorada do Sul para prestar assistência jurídica aos presos por furto havia sido contratado por meio do detento de Campo Grande.
Além de transmitir mensagens ao detido, as investigações indicam que o advogado também teve a função de transmitir os depoimentos dos detidos, para descobrir que não o tinham denunciado. O objetivo de poder acessar os arquivos e transmiti-los ao detento para que ele só acesse os depoimentos de dentro do presídio.
O preso cumpre pena por tráfico de drogas, participação em organização criminosa e homicídio. De acordo com a investigação, o procedimento está localizado no sigilo da justiça e o advogado já foi denunciado, junto com os detentos, por meio do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) e um ofício foi enviado à OAB (Portaria dos Advogados do Brasil) para a abertura de processos administrativos que se opõem a ele.
O advogado faz parte do conselho de administração da Comissão Permanente de Defesa dos Direitos Penais da OAB-MS, como subsecretário, de acordo com a publicação do próprio segmento em seu site oficial. A reportagem entrou em contato com a imprensa da OAB que indicou que “os processos éticos e disciplinares cuidam do sigilo e a OAB não pode dizer por que está no sigilo da justiça”.
Outros sete suspeitos de roubo foram presos. Quatro deles são do estado do Paraná, dois de Campo Grande e um de Nova Alvorada do Sul. Dois deles foram detidos num salão de fumadores no Bairro Zé Pereira, na capital, na manhã do dia 19, através do GOI (Grupo de Operações e Investigações).
Os outros 4 foram detidos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) no distrito de Nova Casa Verde, quando tentavam retornar ao estado vizinho. Durante a investigação, foi constatado que a organização paranaense havia chegado a Mato Grosso do Sul para rastrear o empréstimo de um veículo. O suspeito é que o carro seria roubado e roubado de fazendas, depois o veículo seria levado para o Paraguai.
Diante das informações, na data do crime, um dos americanos pulou o muro e “brigou” com o professor, depois atirou nele, dois no peito e um no pescoço. “Como houve tiros, eles finalmente abandonaram o veículo e fugiram. Nós os encontramos, prendemos dois em Campo Grande e informamos a PRF, que prendeu os outros quatro no distrito de Nova Casa Verde”, disse o delegado local.
Os 4 chegaram a Campo Grande e ficaram na capital por alguns dias. Eles então se dirigiram para Nova Alvora do Sul, onde um vizinho da cidade compartilhou dados sobre o instrutor colocando uma possível vítima. Na ocasião, a Polícia Civil informou que o instrutor tinha um carro e um espaço com muros baixos, o que foi pensado pelos autores para facilitar o crime.
Durante a operação montada para localizar os suspeitos, foram apreendidas 3 armas de fogo, celulares, entorpecentes (cocaína, crack e maconha), documentos e dois celulares usados para o crime.