Depoimentos perante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) para apurar os atos de vandalismo do dia 8 de janeiro começam nesta quinta-feira (2).
Na primeira sessão, os deputados distritais pretendem ouvir o ex-secretário-executivo de Segurança Pública do DF Fernando de Souza Oliveira, que estava na pasta avaliar os fatos que terminaram com a invasão e depredação do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Tribunal Federal (STF).
Ainda no dia 2, Marília Ferreira Alencar, ex-subsecretária de Inteligência da Secretaria de Segurança, realizará um ataque à Polícia Federal, dizendo que as forças de segurança locais e federais foram avisadas com antecedência sobre o aumento do número de manifestantes acampados. de portas o quartel-general do Exército em Brasília.
A próxima declaração está marcada para 9 de março. O CLDF já pediu ao ministro do STF, Alexandre de Moraes, que ouça o ex-secretário de Segurança do DF, Anderson Torres, que foi preso por suspeita de omissão dos protestos de 8 de janeiro. Torres foi ministro da Justiça no governo do ex-presidente. Jair Bolsonaro e, após terminar seu mandato, o governador do DF o chamou para tomar posse da Secretaria de Segurança Pública.
Anderson Torres apreendeu a carteira, mas depois, apesar dos avisos, viajou de férias para os Estados Unidos. Ele retornou ao Brasil no dia 14 de janeiro com um mandado de prisão já expedido e detido ao entrar no país.
Na próxima sessão, no dia 16 de março, ouvirá os coronéis da PM Jorge Eduardo Naime e Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues. Naime no ritmo do ramo de operações da empresa (DOP), ainda de licença quando os ataques ocorreram. Rodrigues, chefe do 1º Comando Regional de Polícia.
Nos dias 23 e 30 de março, respectivamente, os eurodeputados pretendem receber depoimentos do ex-secretário de Segurança do DF, Júlio Danilo, que na cota da pasta em 1º de janeiro e garantiu a segurança da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e do tenente-coronel Jorge Henrique da Silva Pinto – que alertou o governo sobre os ataques às vésperas dos acontecimentos.
Por fim, o ex-comandante-geral da Polícia Militar, coronel Fábio Augusto Vieira, que estava no comando dos ataques e chegou a confrontar os manifestantes e, embora tenha pedido o reforço de outros grupos da corporação enquanto estava na Esplanada, não foi atendido.