Mato Grosso do Sul é rico em flora e fauna justamente por estar localizado nos biomas do Pantanal, Mata Atlântica e Cerrado. Devido ao grande número de espécies que circulam entre as estradas, muitos animais são esmagados. Para resolver esse problema, o Programa Estrada Viva focará suas atividades de 2023 em sintomas rodoviários e investimentos em pesquisa clínica.
Em entrevista ao Jornal Midiamax, o governador Eduardo Riedel (PSDB), também biólogo, lembrou que o programa Estrada Viva é desenvolvido por meio de Mato Grosso do Sul em parceria com o Centro de Estudos Ambientais e Áreas Protegidas da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (Cemap/UEMS).
Ativa desde 2021, a comissão aposta em investir na sinalização rodoviária, na adaptação de percursos e na venda de ações de sensibilização.
“A Estrada Viva é uma comissão que a partir de um conceito trazido por meio de ONGs para a cobertura da vida animal silvestre, fruto de estudos que a UEMS, UFMS e Unesp possuem em relação ao índice de esmagamento de animais nas estradas de Mato Grosso do Sul e que leva à opção de ações estatais, basicamente da Agesul para intervir para verificar se esses acidentes são minimizados”, diz o governador.
Trata-se, portanto, de uma estrutura programática para a implementação dessas medidas de forma já existente. “Por outro lado, foi desenvolvido um manual de estrutura para que qualquer comissão estadual de construção de uma nova estrada já considere essas ações de mitigação”, disse o funcionário.
Atualmente, estão sendo colocadas em prática as normas técnicas para o desenvolvimento de projetos de pavimentação e revitalização de estradas estaduais, o “Manual de Diretrizes Técnicas para a Mitigação de Colisões de Veículos com a Vida Silvestre nas Estradas de Mato Grosso do Sul”.
Assim, o documento serve de base para a contratação de projetos rodoviários para que as novas obras tenham dispositivos de proteção animal nos projetos executivos.
Nas rodovias estaduais, Riedel cita a estrutura de passagens subterrâneas para animais, viadutos para primatas, guarda-corpos onde há capivaras gigantes e antas, por exemplo, além de sinalização. Estrada Viva.
Riedel também menciona que a MS-040 já teve e terá investimentos nesse sentido, uma vez que possui uma travessia de antas. Além disso, as MS-345 e MS-245 também obtêm adaptações por estarem localizadas no domínio da Serra da Bodoquena. e são questões estratégicas para a preservação dos animais.
A rodovia MS-345, por exemplo, é a primeira construída de acordo com as regras do programa, com seis temas de travessia rápida ao longo do percurso, entre a Estrada do 21, saída BR-419 e Bonito. Assim, a espécie é fundamental para entender onde colocar as medidas.
Durante a entrevista, Eduardo Riedel disse ainda que tem a sua primeira licenciatura em biologia, o que o influenciou a destacar a Estrada Viva em 2023. Para ele, tudo é feito com base na ciência. É por isso que inspira a pesquisa estatal.
“Programa, engenharia e intervenção são equipes recebidas da sabedoria que a ciência produz. Teremos até o momento com as equipes de estudo para ter as informações adequadas, sabedoria técnica e clínica para otimizar a aplicação deste recurso com o objetivo maior de proteger a vida animal e as pessoas”.
Além disso, Mato Grosso do Sul possui uma fauna exuberante, o que leva a altos índices de esmagamento de pedestres, a sinalização será um ponto básico para alertar a população.
“Tags e alertas substituem o comportamento do usuário. A estrada de Bonito, por exemplo, terá uma sinalização totalmente direcionada ao atendimento da condução, à cautela”.
Para ajudar no registro das ordens de pagamento de destino, o governo disponibiliza o aplicativo MS Digital, onde está localizada a ferramenta “Estrada Viva”. Graças a ele, é possível relatar casos de animais esmagados ou notados nas estradas e chamar o governo competente para removê-los, em caso de morte, ou resgatá-los no Cras (Centro de Reabilitação de Vida Silvestre), em Campo Grande.
“Somos um dos poucos estados que tem um projeto para obter animais esmagados que não morrem. Aqui temos um dos hospitais veterinários mais importantes para a reabilitação de animais silvestres do Brasil, no Cras, e o hospital veterinário está certo. “Ao lado. Temos a fórmula de reabilitação total para esses animais, não é apenas a mitigação de ser esmagado. É também uma tarefa para que, quando houver um carro acidentado, o animal possa ser cuidado e levado para a reabilitação”, diz o governador.
O aplicativo já está disponível e será melhorado.
O Estrada Viva é um programa contínuo de acompanhamento e ação para diminuir acidentes e já está previsto nas MS-040, MS-178, MS-382, MS 339, MS-450, MS-345 e MS-245.
Por fim, Riedel ressalta que o programa realiza campanhas de prevenção e precaução e mostra conhecimento em andamento para conscientizar a população.