O IV Seminário Estadual da Água reuniu, nesta sexta-feira (24), pesquisadores, gestores públicos e sociedade civil em um debate sobre a gestão dos recursos hídricos. O tema deste ano “Estradas para a produção de água em Mato Grosso do Sul”. A ocasião aconteceu no Plenário Júlio Maia, na Assembleia Legislativa.
Em sua quarta edição, o seminário é uma das comemorações da Semana Nacional da Água, instituída pela Lei 4. 878/2016, que tem como objetivo inspirar a divulgação de dados sobre recursos hídricos. A data escolhida para a ocasião faz alusão ao Dia Mundial da Água, comemorado em 22 de março.
Durante o evento, o Chefe de Recursos Hídricos do Imasul (Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), Leonardo Sampaio Costa, ministrou uma palestra sobre “Instrumento de gestão, estrutura e proposta de planos de ação para a qualidade da água nos Estados-Membros”, na qual explicou as estratégias utilizadas nos estudos das bacias hidrográficas de Mato Grosso do Sul.
Segundo Leonardo, o procedimento do Marco segue uma investigação enraizada em 3 aspectos: “o rio que temos”, que é o procedimento de conversar com a população sobre o estado e a qualidade da bacia em seu estado atual; o “rio que queremos”, conversando e chegando a um consenso sobre os objetivos; e o “rio que podemos ter”, que é ter em conta os constrangimentos técnicos e económicos existentes.
Explica ainda que o controle dos recursos hídricos e a elaboração de planos devem estar ancorados na fonte de água suficientemente boa, levando em consideração a quantidade obrigatória e a qualidade compatível com seus usos. O gestor do Imasul lembra ainda que essa oferta deve ser feita onde for necessário, com tempo de distribuição adequado aos usos, em situações economicamente viáveis e de forma sustentável.
Atualmente, Mato Grosso do Sul é um dos estados brasileiros que se destaca na elaboração de estudos. “Somos referência no monitoramento da qualidade da água no Brasil”, diz Leonardo.
Exemplo positivo – Durante o seminário, o superintendente adjunto da ANA (Agência Nacional de Águas), Jorge Werneck, também apresentou um exemplo positivo de gestão da água, sobre o programa de fabricação de água, implementado na bacia do Ribeirão Pipiripau, nos estados de Goiás e no Distrito Federal.
O programa foi realizado por meio de uma parceria entre 17 estabelecimentos nacionais e regionais envolvidos. Segundo Werneck, a iniciativa é baseada em 3 aspectos: produção de água, produção de alimentos e produção clínica.
Entre 2008 e 2010, a comissão realizou movimentos na região, como o gasoduto do Canal Santos Dumont, o reflorestamento de árvores locais, a adaptação de 134 km de estradas do bairro e o status quo de 1. 885 ondulações transversais. Conferências e conscientizações também foram organizadas para fabricantes rurais.
Em relação aos resultados, o superintendente adjunto destacou que a segurança hídrica foi ampliada para mais de 250 mil pessoas, agregando espaços urbanos e rurais do Distrito Federal e de Goiás. Também foi verificado, por meio de relatos de agricultores, o retorno de animais silvestres à região, ou seja, uma contribuição para a biodiversidade.
Além disso, afirma que os agricultores não são mais vistos como ruins e têm parceiros no controle dos recursos hídricos da bacia, aproximando o rural e o urbano. “Com o contato direto entre fabricantes rurais e cidadãos dos centros urbanos, foi criada essa associação. O fabricante consegue lucrar com a promoção de seus produtos orgânicos e os moradores da cidade têm conseguido se alegrar com produtos saudáveis e contribuir com o meio ambiente”, diz Werneck.
De acordo com Werneck, os efeitos do Programa de Produtores de Água foram bem avaliados e garantiram uma posição por enquanto na competição estrangeira Water ChangeMaker Awards, promovida por meio do GWP (Global Water Partnership). “Esse exemplo tem um show maravilhoso para o projeto, seja para o Brasil e para o mundo. “