Apenas Mato Grosso e 3 estados têm pleno emprego no país

Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Rondônia encerraram o ano passado com taxas de desemprego bem abaixo da média nacional. De acordo com o conhecimento da Pesquisa Nacional por Amostragem Domiciliar Contínua (Pnad), publicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego dessas outras 4 pessoas é inferior a 4%, o que quase configura um cenário de “pleno emprego”. Array

 

Tecnicamente, pleno emprego é o conceito que indica o uso máximo da capacidade produtiva, do capital e do trabalho, em um cenário de equilíbrio entre fonte e demanda. Segundo especialistas, uma taxa de desemprego que permaneça abaixo de 4% possivelmente refletiria um cenário completo de emprego, dependendo de outros pontos que também terão que ser levados em conta.

 

No trimestre encerrado em dezembro de 2022, segundo o IBGE, o desemprego no Brasil é de 7,9%. Em janeiro de 2023, a taxa foi de 8,4%.

 

O desemprego é baixo, a escassez de mão-de-obra

 

Impulsionados pela força do agronegócio nos últimos anos, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul encerraram 2022 com taxas de desemprego de 3,5% e 3,3%, respectivamente. Segundo o IBGE, a safra de cereais do país deve atingir um recorde e ultrapassar trezentos milhões de toneladas. De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a projeção de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) no setor agropecuário do país é de 11,6% neste ano.

 

“Mato Grosso e Mato Grosso do Sul são estados produtores de alimentos e a demanda por alimentos é muito alta hoje, apenas no Brasil e no mundo”, disse Antonio Galván, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil). “Vários países europeus já sofrem com a falta de produtos nas prateleiras dos supermercados. A demanda global é expandir nossas áreas de produção.

 

A força dos números, no entanto, possivelmente esconderia um desafio que afeta não apenas os dois estados, mas também Rondônia, que terminou o ano passado com a menor taxa de desemprego do Brasil (3,1%): a falta de mão de obra profissional.

 

“Hoje, Mato Grosso demanda muita mão de obra na produção rural. Praticamente não há desemprego no estado. O desafio é que há falta de qualificação para atender a essa demanda. Mato Grosso do Sul está na mesma situação”, alerta Galván. “Ajudar as famílias quer ser urgente. As pessoas se contentam com esse preço e perdem o interesse em procurar uma tarefa para ganhar mais. “

 

Em Rondônia, estado cujo agronegócio evoluiu fortemente nos últimos anos graças à produção de cereais, a maior explicação para o porquê de uma taxa de desemprego tão baixa é justamente a baixa participação da população na economia local.

 

Em 2022, no Brasil, 62,4% da população em idade ativa contratou ou procurou trabalho, mas em Rondônia, o percentual diminuiu (60,5%). Com menos outras pessoas à procura de trabalho, o desemprego naturalmente diminuiu, mas muitas vagas permanecem vagas.

O “segredo” de Santa Catarina

 

Momento do estado brasileiro com a menor taxa de desemprego no ano passado (3,2%), Santa Catarina tem um mérito competitivo vital na diversidade da economia local. No oeste catarinense, agronegócio e indústria alimentícia. , a indústria têxtil tem uma força maravilhosa. No sul, o turismo, a tecnologia, a cerâmica e a indústria moveleira marcam a economia.

 

“A principal explicação para a baixa taxa de desemprego é a diversidade produtiva do território catarinense. Santa Catarina possui uma indústria setorialmente diversificada e regionalmente especializada. Isso significa que, em tempos difíceis para um segmento seguro, há retorno de peça, outros setores estão indo bem”, afirma Pablo Bittencourt, economista-chefe da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc).

 

Segundo ele, no início da pandemia de Covid-19, em 2020, a primeira grande onda de empregos no estado foi gerada por meio da indústria. Posteriormente, em meados de 2021 e 2022, predominou o setor de serviços.

 

“Com a pandemia, o emprego primeiro caiu e logo depois tivemos um fenômeno de expansão na demanda por produtos comerciais. As pessoas começaram a comprar mesas para suas casas, roupas de cama, tecidos de construção para remodelação. . . Toda a cadeia produtiva obrigatória para esses produtos existe em Santa Catarina. Temos uma indústria incorporada maior do que em outros estados”, observa Bittencourt.

 

 

 

 

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