A ministra da Mulher, Cida Gonçalves, revelou que uma nova Casa da Mulher Brasileira será instalada em Mato Grosso do Sul. O conceito do dossiê é construir 40 novas casas em todo o país.
Os dados vieram do ministro de uma agenda em Campo Grande. Nesta quinta-feira (30), ela participa de audiência pública na ALEMS (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) sobre violência contra a mulher e feminicídio.
Cida Gonçalves informou que ainda não há uma definição concreta do projeto, que interessa ao governo federal. No entanto, o ministro acrescentou que o fator já está sendo discutido.
“Estamos interessados e não conversamos com nenhum prefeito ou governador. Corremos com essa suposição. O fator da Casa da Mulher não é só do ministério, vai ter que ser discutido com o estado e o município”, disse. ele disse. .
Revelando o interesse do Ministério na instalação de uma nova Casa da Mulher em Mato Grosso do Sul, Cida destacou que o estado é o momento com o número de feminicídios no país e, por isso, tem precedência nas ações.
“Aqui temos um protocolo e o crime de feminicídio é tipificado, se tivermos um estado que o tipifique, ele será avançado. Gostaria que outros estados brasileiros tipificassem isso também”, disse.
A usuária em taxa de registro também afirmou que a localização de Mato Grosso do Sul é um dos pontos agravantes das existentes em termos de violência contra a mulher. “Isso tem consequências para a vida das mulheres”, disse ela.
Além disso, Cida anunciou que participará de uma assembleia com o Mercosul em maio deste ano para falar sobre problemas semelhantes à cobertura das mulheres na região de fronteira.
“Podemos fazê-lo em maio. Em maio temos uma assembleia com o Mercosul”, disse.
A ministra referiu-se ainda a outros projectos e sistemas que visam melhorar a rede de cobertura das mulheres em todo o país. Sobre o conhecido “botão do pânico”, a ministra revelou que se opõe à medida.
“Eu acho que o botão de pânico deve a mulher apertar o botão, quando ela vê o agressor, já está muito perto, se ela tem uma faca, ela mata. “
Para ela, a tornozeleira eletrônica é a saída do controle, especificando que isso serve como dever do Estado e não das mulheres.
“No caso da tornozeleira, eu coloquei às custas do Departamento de Justiça. A carta estabelece o que cada ministério terá que fazer, no caso do Ministério da Mulher, não é nosso papel comprar veículos”, disse a ministra, explicando que políticas e movimentos são transversais e conversam com outros ministérios.
Por isso, o ministro também vai estabelecer 250 novos patrulhamentos Maria da Penha em todo o país. “Ela [a patrulha] tem um papel estratégico na prevenção do feminicídio”, disse ela.
“Também vamos fortalecer a assistência celular, o cenário de violência contra a mulher, não só no MS, mas no Brasil”, acrescentou.
Da mesma forma, a CIDA indicou que os projetos de prevenção e resposta à violência devem ser nacionais e implementados apenas em certos estados ou municípios.
“Precisamos que o pacto nacional contra o feminicídio seja liberado. Não precisamos de uma atribuição que seja de um estado ou de um município, precisamos de uma política nacional”, disse.
Por fim, o ministro disse que a pasta tem R$ 123 milhões para esses investimentos. “Terei mais recursos no final do ano para gerir políticas públicas em favor das mulheres”, concluiu.
O ministro preenche uma agenda em Mato Grosso do Sul.