Ministro MS à marcha nacional de combate à misoginia: “1º convidado”

Durante audiência pública na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul), a ministra da Mulher, Cida Gonçalves, convidou Mato Grosso do Sul para participar de uma marcha nacional contra a misoginia. O estado é o primeiro convidado do evento.

O convite aconteceu na escala da ministra em Campo Grande, onde ela tem agenda lotada nesta quinta (30) e sexta-feira (31).

“Vamos convocar uma marcha nacional para enfrentar a misoginia. A luta contra a misoginia não terá que ser reservada para as mulheres, terá que ser de todos”, disse Cida após o convite.

Durante seu discurso, a ministra disse que os perfis online têm propagadores do machismo e do ódio contra as mulheres, ampliando o número de feminicídios em todo o país.

“Há 30 milhões de brasileiros nesse movimento. É assustador e [eles vão atacar] pessoas influentes, jornalistas”, disse ele sobre casos recentes.

No final do seu discurso, reforçando o convite à marcha nacional para enfrentar a misoginia, a ministra disse que o país quer “mais autarcas e vereadores”.

Também brindando na plateia, a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (Patriota), sob pressão a importância de assumir um cargo para mulheres e altos cargos e carreiras.

“Chegou a hora da nossa capital, do nosso país, de unirmos as forças. Tivemos recentemente a nossa ministra Tereza Cristina, hoje temos a nossa ministra Simone Tebet e a ministra Cida Gonçalves. Estou falando de mulheres que se posicionaram”, disse Adriane.

“Estamos falando de política partidária, estamos falando de mulheres que se posicionaram”, concluiu.

O presidente da Alems, Gerson Claro (PP), disse estar orgulhoso de levar o ministro para a audiência pública e disse que Alems lançará uma “cruzada massiva da mídia para combater a violência contra as mulheres em MS”.

O deputado federal Geraldo Resende (PSDB) ressaltou a importância de discutir políticas de combate à violência contra a mulher indígena e pediu a instalação da nova Casa da Mulher Brasileira, em Dourados.

“Temos muita violência contra as mulheres indígenas. Em Ourados, temos uma das primeiras aldeias”, disse.

A subsecretária de Políticas Públicas para as Mulheres, Cristiane Sant’ Anna de Oliveira, disse que Mato Grosso do Sul possui 54 órgãos de políticas públicas para mulheres.

Em nome das mulheres indígenas, Jaque Kuña tomou a palavra para denunciar a falta de políticas públicas que protejam as mulheres indígenas no Estado.

“A política pública para as mulheres indígenas tem sido um desafio para este estado. Nossos corpos foram silenciados, ainda não notei políticas públicas significativas nas comunidades”, disse ela.

Vereadora Luiza Ribeiro (PT), representante da Comissão Permanente de Políticas e Direitos da Mulher, Cidadania e Direitos Humanos da Câmara de Campo Grande.

A deputada federal Camila Jara (PT) também presta como revisora.

A ministra da Mulher, Cida Gonçalves, revelou que uma nova Casa da Mulher Brasileira será instalada em Mato Grosso do Sul. O conceito do portfólio é construir 40 novas casas em todo o país.

Cida Gonçalves informou que ainda não há uma definição concreta do projeto, que interessa ao governo federal. No entanto, o ministro acrescentou que o fator já está sendo discutido.

“Estamos interessados e não conversamos com nenhum prefeito ou governador. Corremos com essa suposição. O fator da Casa da Mulher Brasileira não é só do ministério, vai ter que ser discutido com o Estado e o município. “ele disse. .

Revelando o interesse do Ministério na instalação de uma nova Casa da Mulher em Mato Grosso do Sul, Cida destacou que o estado é o momento com o número de feminicídios no país e, por isso, tem precedência nas ações.

“Aqui temos um protocolo e o crime de feminicídio é tipificado, se tivermos um estado que o tipifique, ele será avançado. Gostaria que outros estados brasileiros tipificassem isso também”, disse.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *