Entenda por que a The Ocean Race não tem velejadores do Brasil, a escala na América Latina

A semana do momento da The Ocean Race em Itajaí, litoral norte de Santa Catarina, acabou, mas a funcionalidade brasileira na regata se limita à organização, à imprensa e, claro, à grande presença da população da região que faz o prestígio do evento. Apesar disso, temos velejadores ou membros do setor de equipes nascidos no Brasil. O DE procurou perceber o porquê.

André Fonseca, também conhecido como Bochecha, é um brasileiro nascido em Florianópolis, capital do estado, e já participou de 3 edições da The Ocean Race. Em 2005-2006, o componente da equipe Brasil 1 ainda é lembrado, juntamente com o capitão e medalhista olímpico Torben Grael. Em 2008-2009 representou o holandês Delta Lloyd e finalmente, em 2015, na Mapfre, edição que já tinha Itajaí como uma das etapas.

“É um orgulho maravilhoso ver como Santa Catarina se estabeleceu como uma das etapas da The Ocean Race. Itajaí está fazendo um trabalho maravilhoso. É para muitos uma das etapas mais produtivas de toda a regata, devido a toda a capacidade organizacional, problemas logísticos, além de tornar a ocasião uma festa maravilhosa”, afirma Buchecha.

Apesar de se destacar como anfitrião, o Brasil não tem velejadores na maior regata do mundo. Para Buchecha, com a nova regulamentação e a substituição do tipo de embarque – antes do VO65 e do VO70, agora da Imoca 60 – é difícil para os brasileiros entrarem na prova. O fato de o número de membros da equipe ser tão baixo, apenas 4, também reduz as chances, já que apenas 20 velejadores participam da Ocean Race.

O navegador acredita que o caminho mais fácil para os brasileiros voltarem às corridas seria a criação de uma equipe brasileira, com a fabricação de um barco nacional, maravilhoso do governo estadual e federal, além de patrocinadores com a opção de contribuir para isso. tipo de evento. ” A maior dificuldade é encontrar grandes patrocinadores, porque temos qualificado outras pessoas e velejadores”, disse.

Murilo Novaes, jornalista com longa experiência na cobertura da vela, acredita que a falta de participação brasileira nas últimas edições da The Ocean Race também se deve à renovação na elegância dos barcos. “Não temos uma Imoca no Brasil e não há brasileiros ou estrangeiros navegando nessa elegância. Os anteriores eram mais parecidos com veleiros gerais descobertos em águas brasileiras, enquanto o Imoca é um barco muito rápido”, explica.

Assim como Bochecha, Murilo afirma que o caminho para os brasileiros recuperarem sua posição entre os velejadores é o surgimento de uma equipe nacional com um barco IMOCA de elegância, para participar da próxima edição da The Ocean Race. muito embrionário. “

Embora não houvesse marinheiros brasileiros, a torcida de Itajaí riu muito quando os grupos chegaram à cidade. Para Buchecha, se houvesse um time brasileiro como nas edições passadas, esse público seria ainda maior, pois a conexão das pessoas com o time seria mais intensa.

“Já estamos indo para a 5ª prova em Itajaí. Es melhor momento temos um barco de Santa Catarina na água. O papel principal que eu teria, com a torcida da casa, é muito diferente, especial” – André Buchecha

Longe dos mares, André Bochecha acompanha todas as etapas, basicamente através do site oficial da regata – a que acede várias vezes ao dia – procurando perceber os métodos seguidos pela equipa e, claro, incentivando os seus companheiros de equipa espalhados pelos cinco barcos nos melhores mares.

Em sua visita a Itajaí, reviva memórias da The Ocean Race. “A corrida me cativa muito, me dá vontade de participar. Foi muito gratificante estabelecer o Brasil, não esqueço com um carinho maravilhoso”, finaliza.

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