O governo educacional do PS e MG transferiu o conhecimento das crianças para fins publicitários.

Um relatório da Human Rights Watch (HRW) publicado no último domingo (2) mostrou que a educação brasileira estava rastreando jovens e adolescentes, coletando seu conhecimento não público e repassando os dados para empresas terceirizadas. Duas dessas páginas evoluíram até mesmo pelos estados de Minas Gerais e São Paulo.

As plataformas Estude em Casa, Centro de Mídias da Educação de São Paulo, Descomplica, Escola Mais, explicaê, MangaHigh e Stoodi “não apenas monitoraram os alunos dentro de suas salas de aula virtuais, mas também os acompanharam enquanto navegavam na Internet, fora da sala de aula e do programa de aula, mergulhando em suas vidas pessoais”, descreve o relatório.

O Estudo em Casa, hoje chamado de “Se Liga na Educação”, evoluiu através da Secretaria de Educação do Estado de Minas Gerais e do Centro de Mídia Educacional de São Paulo, através da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. De acordo com o relatório, as secretarias têm uso legal desses sites por meio de agências de publicidade terceirizadas desde a pandemia de covid-19.

De acordo com a advogada de direitos virtuais Flávia Lefèvre, a transferência de conhecimento de jovens e adolescentes nesses casos viola a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).

A lei estabelece que o tratamento de conhecimento não público de jovens e adolescentes “será realizado em seu interesse” e somente com o “consentimento expresso e visual concedido por pelo menos um dos pais ou responsável legal”. Em particular, ao oferecer que as corporações de coleta de conhecimento têm a responsabilidade legal de tornar transparentes os tipos de conhecimento coletados e como ele é usado.

Nesse sentido, Lefèvre considera “muito grave” a situação que é discutida através da Human Rights Watch. irregular”, diz.

“Isso torna jovens e adolescentes vulneráveis de ambos os lados. Primeiro, quando eles não atendem aos requisitos mínimos para coleta e processamento de conhecimento. Então, quando esse conhecimento vai ser usado para explorar a vulnerabilidade de jovens e adolescentes, quando os produtos são apresentados e com base no uso ilícito desse conhecimento”, argumenta Lefèvre.

Todas as páginas educacionais coletaram quantidades significativas de conhecimento de jovens e adolescentes e o repassaram para corporações de publicidade comportamental. Essas corporações usam técnicas que tornam imaginável desenhar um modelo de usuário, a partir do qual podemos qualificar o que esse usuário tem maior probabilidade de fazer. Normalmente, essas equipes são usadas para segmentar conteúdo e expressar anúncios para determinadas equipes de jovens e adolescentes.

O relatório mostrou que cinco locais supostamente usaram equipamentos “invisivelmente e em táticas que devem contornar ou proteger”. O site da Escola Mais, por exemplo, utiliza a técnica de “gravação de sessão”, que permite que terceiros monitorem e registrem o comportamento de um usuário. Adicione cliques e movimentos em sites.

“Esses dados podem ser analisados para adivinhar as características e interesses não públicos de uma criança e eles estão esperando o que uma criança pode fazer a seguir e como eles podem ser influenciados. Alguns coletaram dados não públicos que uma criança inseriu em um formulário, como nomes, números de telefone, endereços de e-mail e seu nível de educação, mesmo antes de a criança clicar em enviar”, disse Hye Jung Han, pesquisadora da Human Rights Watch sobre direitos e geração de crianças.

“Traçar o perfil e segmentar jovens e adolescentes dessa maneira viola inaceitavelmente sua privacidade, pois eles não são proporcionais ou movimentos para que esses sites sirvam ou forneçam conteúdo educacional”, disse o relatório. direitos dos jovens e adolescentes se esses dados forem utilizados para aconselhá-los sobre consequências destrutivas ou contrárias aos seus interesses”.

Após vazar as informações, a Secretaria de Educação de Minas Gerais informou que retirou o conhecimento de rastreamento do site. A Escola Mais, por sua vez, disse que “não vende nem transmite o conhecimento dos alunos a terceiros, ao contrário do que o relatório emite. “Outras empresas, além do governo de São Paulo, não responderam aos pedidos da HRW.

Originalmente em Brasil de Fato

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