Castração é opção para salvar prédio em animais abandonados em Mato Grosso do Sul

O abandono de um animal é um ato cruel e degradante, de acordo com a Declaração Universal dos Direitos dos Animais da ONU de 1978. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil tem 30 milhões de animais vadios, 10 milhões de gatos e 20 milhões de cães.

Nesta terça-feira, 4 de abril, comemora-se o Dia Mundial dos Animais de Rua, data que conscientiza sobre o tema. Uma pesquisa realizada em 2019 por meio do IPB (Instituto Pet Brasil) classificou Mato Grosso do Sul na 3ª posição com menos animais abandonados, ou seja, explicou o pai e sob a capa de uma ONG.

A Midiamax pediu ao município de Campo Grande que estimou a população de animais vadios na capital, sem obter resposta.

Para a veterinária, advogada e presidente da ONG Abrigo dos Bichos, Maria Lúcia Costa Metello, o abandono de animais nas ruas e os maus-tratos cometidos pelos próprios guardas dentro das casas, é reflexo da falta de políticas públicas e, sobretudo, da fiscalização e sanção das leis de proteção existentes.

“A castração é a palavra-chave e é de suma importância para a população em situação de rua e a ameaça de zoonoses”, diz o veterinário.

De acordo com a Lei nº 9. 605/1998, a pena para quem abusa de cães e gatos é de dois a cinco anos de prisão.

Segundo Maria Lúcia Metello, o abandono de animais é mais comum nas periferias, principalmente pela falta de assistência ao animal devido ao dinheiro dos responsáveis.

“Falta força pública para abastecer um SUS animal como os humanos têm”, disse.

A ativista dos direitos dos animais ressalta ainda que tem observado um aumento nos casos de maus-tratos e que a população tem se dado conta nos últimos anos.

“O maior desafio que a ONG enfrenta hoje é a falta de apoio do poder público, apesar de assumir as finalidades impostas pela nossa Constituição Federal, que é cuidar de quem não fala. Pior ainda, assumir todas as despesas com alimentação, esterilização, vacinação, atendimento veterinário, como continua sendo com cães no caso MS-040, sem que o governo, seja em nível municipal e estadual, contribua com um único centavo”, acusa o advogado.

A ONG Abrigo dos Bichos realiza consultas em clínicas veterinárias e acompanha a política global de desamparo e a adoção de políticas públicas para os animais, com foco na conscientização pública.

Os animais resgatados, após sua reabilitação em uma clínica, são encaminhados para Lares Temporários, onde permanecem até sua adoção real.

“Nós que os animais merecemos viver felizmente em um círculo de parentes que cuidam deles com o amor e carinho que merecem”, diz o presidente.

Quem desejar fazer uma doação para a ONG Abrigo dos Bichos pode fazer uma contribuição depositando na seguinte conta:

No último sábado (1º), Midiamax mostrou que um havia ficado preso deixando uma caixa com 4 gatinhos, em Aquidauana. Os animais eram tão jovens que ainda tinham os olhos fechados.

Em janeiro deste ano, um cachorro ferido foi descoberto em uma estrada secundária em Campo Grande.

Em outubro passado, um abrigo de animais da ONG Pedacinho do Céu abandonou 19 filhotes em frente ao portão de sua casa. Os criminosos percebem os lares para situações apropriadas de afeto e abrigos.

Em Campo Grande, a Câmara Municipal cede a UBEA (Unidade de Proteção Animal) que presta assistência médica veterinária aos animais pertencentes a guardas sociais, cadastrados no CadÚnico.

Cuidados médicos veterinários iniciais são fornecidos no local, como exame clínico, microchipagem, vacinação antirrábica, vermifugação, pragas e prescrição veterinária.

Subea/Ubea

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