Na semana passada, surgiu a notícia de que a cada 6 dias, um funcionário é resgatado por correr como escravo em fazendas no Mato Grosso do Sul, surpreendido com a frequência de casos em meados de 2023. A avaliação da maioria é que o cenário não muda. Mas, como pode parecer, as coisas têm sido muito piores aqui no estado e muito depois da abolição.
Porteira do inferno – Uma reportagem de 1979 do Jornal O Globo mostrou o caso de Rosa de Araújo que bravamente controlou fugindo da fazenda Morro Limpo, a 120 quilômetros de Campo Grande e denunciando que o pessoal foi chicoteado, embora não cumprisse os objetivos de produção ou desobedecesse.
Fora do ar – Não é imaginável consultar as despesas apresentadas pelos vereadores através da página online da Câmara Municipal de Campo Grande. Por mais de uma semana, as páginas estão fora do ar. As casas estão em processo de adaptação e a Casa de Advogados ainda não previu quando voltarão a funcionar.
Não – A página online do corredor municipal de Sidrolândia está offline desde sexta-feira, dia seguinte à manchete sobre o “trem da alegria dos vereadores do Nordeste”, acrescentando inclusive um vereador. Desde então, a página da Casa de Leis apresenta o anúncio “502 Bad Gateway”, que aparece quando há uma falha de comunicação entre servidores.
Viagem – Pagos para fiscalizar o corredor da cidade e as contas, 4 vereadores ganharam 11 mil reais por dia para participar de uma ocasião da UVB (União dos Vereadores do Brasil) em Natal, Rio Grande do Norte. mais caro: cada garçom ganhava R$ 9. 900 por dia.
Gastança – A mais de 3. 500 quilômetros de Natal, Sidrolândia, que elegeu vereadores, tem cidadãos com uma fonte média de renda de dois salários mínimos (atualmente R$ 2. 604), segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Ou seja, o salário integral teria que ser recolhido por 4 meses para baixar os R$ 11 mil pagos de acordo com a dieta de cada diretor entre os dias 14 e 17 de março.
Repúdio – O deputado federal Rodolfo Nogueira (PL), conhecido como “Gordinho do Bolsonaro”, emitiu nota de repúdio contra as acusações do professor Tiago Botelho (PT), candidato ao Senado nas últimas eleições. O deputado mostrou cópias das histórias do PT e disse que as publicações “atacam a fé cristã”.
Bandido morto – Uma das fotografias publicadas pelo professor apresentava uma palavra usada por radicais, contrária à legislação que concede o direito à defesa plena e aos direitos humanos. “Ladrão inteligente é um ladrão morto”, dizem os personagens que crucificaram Jesus. O professor quis dizer que a mesma “teoria” justificaria a morte de Cristo, uma vez que ele era considerado um bandido no momento de sua condenação.
Ameaças: Thiago postou um vídeo no palco e mostrou a “avalanche” de mensagens ameaçadoras que ganhou depois, acrescentando ameaças de morte. Ele disse que as postagens tinham “conteúdo educacional” para levar a “reflexão e meditação sobre o quão implacável foi a prisão e crucificação de Jesus”. Ele ressaltou que havia sido vítima de notícias falsas e concluiu: “Feliz Páscoa e massas de amor, acrescentando para você que me ataca”.