Avanços na regulação e tributação de instalações esportivas no Brasil

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Regulação do setor de apostas é percebida como positiva (José Cruz/Agência Brasil)

Publicado em 12 de abril de 2023 às 10:11.

Conforme anunciado pela Câmara dos Deputados no dia 5 de abril, a Comissão de Finanças e Tributação da Câmara realizará uma audiência pública na quarta-feira, 12, para discutir a regulamentação das instalações esportivas.

Entre os presentes à assembleia estão os dirigentes da Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL), do Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR) e da Comissão de Jogos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Devido à importância de sua funcionalidade no mercado esportivo, que envolve, entre outros, marcas, símbolos, nomes e eventos esportivos oficiais, a Confederação Brasileira de Futebol, federações e clubes de futebol também foram convidados a participar da discussão sobre a regulamentação do mercado esportivo, pendente desde 2018.

Desde dezembro de 2018, quando o presidente Michel Temer sancionou a Lei nº 13. 756/2018, a prática de apostas de probabilidades constantes, como é o caso das apostas esportivas, não é mais ilegal no país. No entanto, o dispositivo legal do seu regulamento deve interferir no prazo de dois anos, através do atual Ministério da Economia, que ainda não interveio.

Na prática, é possível, mesmo que você esteja localizado no Brasil, operar com casas de apostas online estabelecidas no exterior, dependendo da regulamentação aplicável naquela jurisdição. De fato, as casas de apostas operam no Brasil por falta de regulamentação.

 

Atualmente, os sites de apostas esportivas estão hospedados em outros países, agregando paraísos fiscais, o que significa que o Brasil perde uma fonte vital de lucro para o Estado, além de outros efeitos positivos derivados de sua regulamentação, como a criação de tarefas, a progressão dos ambientes de apostas e o combate ao jogo ilegal e à lavagem de dinheiro. Todas essas corporações de apostas esportivas que chamamos de “apostas” trabalham no Brasil apenas na progressão do marketing.

Com a regulamentação, as empresas que operam apostas esportivas eletrônicas terão que se identificar no Brasil para promover sua logomarca nos uniformes dos clubes de futebol e obter apostas de endereços IP brasileiros, além de certas medidas contra a manipulação de resultados. O acúmulo de receitas de apostas esportivas nacionais terá sucesso em R$ 15 bilhões.

É neste contexto de ambição de cobrança que a regulamentação foi reforçada no mês passado. Não há certeza, até o momento, sobre como a tributação das apostas esportivas se desenvolverá no Brasil. Segundo dados publicados por meio do ministro da Economia, Fernando Haddad, em veículos de comunicação, o governo ainda estava avaliando qual seria a alíquota que seria imposta a essas empresas, lembrando que provavelmente seria por meio de uma contribuição.

A boa notícia é que as alterações promovidas na Lei nº 13. 756/18, por meio da Lei nº 14. 183/21, indicam que as sociedades esportivas serão tributadas de acordo com o estilo de tributação do lucro bruto da operação (“produtos brutos de jogo”). – GGR), ou seja, sobre a diferença entre a arrecadação bruta e o valor pago aos apostadores, em detrimento do velho estilo de tributação sobre a soma de todas as apostas (“volume de negócios”), o que torna o mercado maior e mais competitivo.

No entanto, especula-se que o governo adote taxas semelhantes às já estabelecidas no mercado externo, entre 15% e 20%. Por sua vez, o preço do prêmio que exceder a diversidade de isenção será tributado à alíquota de 30%. %, já retidos na fonte como fonte de renda sujeita a tributação exclusiva/definitiva, como o estilo existente para os prêmios das loterias oficiais controladas pela Caixa Econômica Federal.

A Inglaterra é considerada o estilo bem-sucedido da lei de apostas e tem parecido aumentar os números relacionados ao jogo desde a Lei de Jogos de Azar de 2005. Tudo indica que o governo a usa como referência e analisa o costume da tributação estrangeira antes de ficar muito ganancioso. No estilo brasileiro, sob pena de desestimular a chegada de corporações a esse setor, bem como o perfil de interação do próprio player que ultimamente mantém suas operações no exterior, somando-se às criptomoedas, apresentando maiores obstáculos a serem pesados pelo brasileiro. Autoridades.

Do ponto de vista esportivo, a estreita relação do setor com os clubes de futebol os colocou em cima da mesa, assim como a Confederação Brasileira de Futebol. Tudo indica que a regulamentação da indústria de apostas é considerada positiva. No entanto, ainda há questões de negociação com o governo que serão discutidas nos próximos dias.

Estes vêm com o percentual que tributa a arrecadação recolhida através do Estado para ser destinada ao sistema esportivo, os parâmetros segundo os quais a licença das marcas de PI das entidades será pintada para ser exibida nos sites, o uso do conhecimento e as estatísticas geradas. através de sociedades anónimas do setor, e os efeitos das regras impostas pelo Governo sobre os contratos de patrocínio existentes.

Por fim, uma medida esperada pelo setor é a implementação de regras para coibir e sancionar casos de manipulação de efeitos envolvendo os jogos em relação aos quais as apostas são feitas. Clubes e corporações de apostas enfatizam o interesse não incomum em construir uma fórmula rigorosa a esse respeito. , semelhante às práticas de mercado já estabelecidas no exterior.

Como próximo passo, os clubes estão se organizando para proporcionar ao Governo uma incidência não incomum semelhante a todas essas questões, buscando garantir que as considerações sejam levadas em conta no texto.

*Danielle Maiolini é advogada do CSMV Advogados, nas áreas de Esportes, Entretenimento e eSports e Livia Ricciotti é advogada sênior do CSMV Advogados em contencioso e assessoria tributária.

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