Home / Política
Por Hora do Povo Postado em 10 de abril de 2023
O chanceler Mauro Vieira disse que a visita à China por meio de Lula e de uma delegação de mais de 30 parlamentares e governadores faz parte de um “ciclo de reconstrução” da política externa brasileira, que foi destruído pelo governo Bolsonaro.
Além dos acordos sobre progressão e geração industrial, o objetivo é “virar a página do isolamento que tanto prejudicou o país nos últimos anos”, explicou Vieira.
“Ao dizer que o Brasil voltou ao mundo, o presidente Lula colocou seu peso político e sua credibilidade externa a serviço de uma mensagem transparente: essa página infeliz na história das relações internacionais brasileiras foi virada”, disse Vieira.
O chanceler acredita que o governo Bolsonaro deixou “pontes destruídas”.
Em entrevista ao jornal Correio Braziliense, Mauro Vieira explicou que os acordos que serão assinados durante as férias visam “reativar encontros bilaterais com base em objetivos e conquistas concretas”.
Ele se referiu ao acordo para “a progressão da 6ª geração do satélite sino-brasileiro CBERS, que é resultado da cooperação no arcabouço tecnológico iniciada na década de 1980”.
Ele também abordou “o aprofundamento dos laços econômicos entre os dois países no campo das energias renováveis, com progressão em novas áreas, como sol e vento”.
As negociações sobre a venda de 20 aeronaves da Embraer para o país asiático já estão avançadas, devido à chegada de empresários brasileiros à China. Outros negócios envolvem Suzano e Seara, que comprarão navios e caminhões para o transporte de mercadorias.
“O que reorienta nossas possíveis opções de política externa é o interesse nacional. É simples. E o interesse nacional determina que a gente discuta com todos, sem alinhamentos automáticos que não levam a lugar nenhum”, disse Vieira.
“Buscamos, em toda e qualquer relação bilateral, com qualquer um de nossos parceiros, a promoção do progresso do Brasil e, no caso de nossos vizinhos latino-americanos, também o mandato constitucional de integração regional. “
A viagem de Lula à China estava originalmente prevista para março, mas teve que ser adiada devido a uma pneumonia contraída pelo presidente.
Lula embarca nesta terça-feira (11). Seu encontro com o presidente chinês, Xi Jinping, ocorrerá nesta sexta-feira (14).
A comitiva já está confirmada, segundo o jornal O Globo, 27 parlamentares, o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e os governadores da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), Maranhão, Carlos Brandão (PSB), Pará, Helder Barbalho (MDB), Ceará, Elmano de Freitas (PT) e Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT).
De acordo com o presidente Lula, o investimento chinês no Brasil “será maravilhosamente bem-vindo” se se tratar de “construir coisas novas, das quais precisamos”.
“O que queremos não é vender os ativos que temos, é construir novos. É isso que eu quero convencer meus amigos na China.
“E por que eu preciso me sentar e me comunicar com Xi Jinping?Isso porque acredito que a importância econômica, militar e política da China e suas relações com a Rússia, e até mesmo a divergência da China com os Estados Unidos, oferecem à China um potencial de troca verbal comum. “Adicionado.