Flávio Dino anuncia recursos para o sistema do Rio Grande do Norte

Agência Brasil – O ministro da Justiça, Flávio Dino, chegou na noite deste último domingo (19) a Natal, capital do Rio Grande do Norte, estado que enfrenta uma crise de segurança pública desde a última terça-feira (14). Ao chegar, o ministro indicou que, além de analisar as medidas ainda obrigatórias por envolverem ataques violentos, ele evocará, em sua visita, a estruturação de investimentos no sistema penal.

Dino se reuniu com a governadora Fátima Bezerra e fará um diagnóstico da crise, além do valor a ser investido. são recursos que estarão disponíveis no Ministério da Justiça, seja na caixa de segurança pública e na caixa penitenciária e, neste momento, o Rio Grande do Norte é uma prioridade nacional. Isso será anunciado e o tempo contará com essa colaboração com o governo do Estado”, acrescentou.

Pelo menos 252 ataques foram perpetrados contra a população, prédios públicos, lojas e carros desde a última terça-feira (14), segundo conhecimento divulgado neste sábado por meio da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do RN (18). Para as autoridades estaduais, esses atos são uma retaliação por meio do crime organizado pelas ações repressivas do governo, que resultaram em prisões nas últimas semanas.

O ministro da Justiça destacou que, até o momento, cerca de 700 policiais das diversas forças federais foram enviados, representando um investimento de mais de R$ 5,3 milhões. “O governador é responsável pela segurança pública no Rio Grande do Norte. Respeite que em todos e cada um dos estados do país, independentemente da posição política do governador, por isso aqui nos solidarizamos e reafirmamos que aceitamos como verdadeira a autoridade do governador e a fórmula de segurança pública do estado.

Dino disse ainda que o uso do Mecanismo de Garantia da Ordem Pública (GLO), que inclui a convocação às Forças Armadas, não está sendo feito no momento, basicamente para o alívio de indicadores de crise.

“Se a GLO for necessária, a governadora [Fátima Bezerra] vai pedir e, claro, nós vamos se necessário. Ou seja, não há posição ideológica, nem no sentido de fazê-lo amanhã, nem no sentido de rejeitá-lo. É uma decisão técnica”, disse ele a repórteres. Ele acrescentou que a medida é explicada exclusivamente por meio de cartazes. “Os cartazes desta noite de domingo justificam uma GLO?Não”, disse.

Nesta sexta-feira (17), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), enviou um pedido ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o uso das Forças Armadas no Rio Grande do Norte. Ele atendeu a um pedido do senador Styvenson Valentim (Podemos-RN), que pede o uso das Forças Armadas com base no artigo 142 da Constituição. O artigo prevê operações de garantia da ordem pública. A autorização de ativação das Forças Armadas é dever da Presidência da República.

“Na gestão de crises, você não pode ter uma posição dogmática e inflexível. Um adapta seus planos conforme necessário. O artigo 144 da Constituição Federal define a segurança pública no Brasil, e isso não vem com as Forças Armadas. As Forças Armadas são uma espécie de excessos quando a fórmula de segurança pública federal e estadual desmorona completamente, que não é o cenário que temos aqui no Rio Grande do Norte”, disse.

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