Chuvas de março atenuam seca no Rio Grande do Sul

Depois de enfrentar a escassez de chuvas no verão e observar a queda do nível das águas dos rios, o Rio Grande do Sul começa a se recuperar da seca severa de janeiro e fevereiro. As chuvas acima da média registradas em março em algumas regiões podem constituir apenas um lento aumento nos níveis das bacias hidrográficas, mas ainda longe de um cenário ideal.

A hidróloga Ingrid Petry, da sala de vigilância da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), explica que a chegada do outono favorece um maior volume de chuvas no estado. “Em relação a fevereiro, por exemplo, já temos mais chuva do que em fevereiro, que às vezes ficou abaixo da média estadual. Isso representa uma lenta retomada do fator hidrológico no estado”, disse.

Depois de um verão marcado por chuvas pouco frequentes e perdas significativas no campo, espera-se que as classes dos rios aumentem no outono e no inverno. Mesmo com um volume maior de chuvas neste mês, os postos de monitoramento de bacias hidrográficas no domínio metropolitano ainda estão em “graus muito baixos”. como Taquari-Antas, Caí, Sinos e Gravataí”. A maioria tem graus mais seguros em comparação com a seca, alguns na faixa geral, mas variando entre graus gerais e graus de alerta”, observa.

Segundo Ingrid, o Rio Uruguai apresenta uma recuperação lenta, com graus de proteção que vão do geral ao nível de alerta. “O mesmo se observa na bacia do Ibicuí, por exemplo, que também chegará ao Uruguai”, diz, acrescentando que o declínio de Camaquã e Jacuí tem graus críticos. Há bacias que estão se recuperando, outras que ainda estão bastante baixas, mas é muito diferente do que observamos em janeiro e fevereiro, quando o estado total estava em situação crítica”, alerta.

Nesta terça-feira, na estação Cais Mauá, o ponto de água no Guaíba foi de 49 cm, a menor marca desde domingo, quando a marca chegou a 54 cm. Vemos uma melhora lenta. Com temperaturas mais amenas, temos menos evaporação da água, então o solo ficará um pouco mais úmido e as chuvas se acumularão pouco a pouco com a chegada do outono e do inverno”, explica.

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